Nos últimos anos, avanços significativos têm sido feitos na monitorização da profundidade anestésica durante procedimentos cirúrgicos.
Um desses avanços é o desenvolvimento do SedLine®, um sensor que processa sinais eletroencefalográficos (EEG) brutos e exibe a profundidade da sedação como um Índice de Estado do Paciente (PSI) – por meio de um algoritmo.
Contudo, um desafio enfrentado pelos anestesiologistas é a interpretação incorreta dos dados, especialmente em pacientes idosos, o que pode levar a uma anestesia inadequada e consequências adversas.
Por conta disso, o Dr. Giorgio Pretto, Doutor em Anestesiologia pela Faculdade de Medicina da USP, CMOS Anestech e Embaixador Clínico da MA Hospitalar, analisou o artigo científico “Update on the SedLine® algorithm for calculating the Patient State Index of older individuals during general anesthesia: a randomized controlled trial“, escrito pelos autores Shinju Obara, Rieko Oishi, Yuko Nakano, Yoshie Noji, Hideaki Ebana, Tsuyoshi Isosu, Shin Kurosawa e Masahiro Murakawa.
O estudo
O estudo em questão, conduzido por pesquisadores do Masimo Corporation, teve como objetivo investigar se a utilização do algoritmo atualizado do SedLine poderia reduzir a ocorrência de valores imprecisos do PSi em pacientes idosos durante a anestesia geral.
Trinta e seis pacientes com idades entre 60 e 85 anos foram incluídos no estudo e submetidos à anestesia venosa total.
Principais resultados
Os resultados mostraram uma redução significativa na incidência de PSi anormalmente alto (AHPSi) no grupo que utilizou o algoritmo atualizado do SedLine em comparação com o grupo que utilizou o algoritmo anterior.
Além disso, foi observado que valores mais baixos de Total EEG Power (TP) e o uso do algoritmo antigo tiveram um impacto significativo no aumento dos valores de PSI.
Conclusões
Diante dos resultados apresentados, o Dr. Giorgio Pretto enfatiza a importância desses achados para a prática clínica.
Ele destaca que o novo algoritmo do SedLine demonstrou ser eficaz na redução de artefatos e na melhoria do processamento dos sinais EEG, especialmente em pacientes idosos.
Principais pontos do novo algoritmo do SedLine
- Sensibilidade à Idade: O algoritmo atualizado leva em consideração os efeitos relacionados à idade nos sinais EEG, resultando em uma monitorização mais precisa em pacientes idosos.
- Melhor Filtragem de Artefatos: A nova versão do SedLine apresenta um filtro aprimorado para reduzir a interferência de artefatos nos sinais EEG, garantindo leituras mais confiáveis.
- Comparabilidade com BIS: Os resultados obtidos com o novo algoritmo do SedLine foram comparáveis aos valores do Bispectral Index (BIS), uma medida amplamente utilizada na monitorização da profundidade anestésica.
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Implicações clínicas
Esses achados têm importantes implicações clínicas para os anestesiologistas, fornecendo uma ferramenta mais confiável e precisa para a monitorização da profundidade anestésica, especialmente em pacientes idosos.
A utilização do novo algoritmo do SedLine pode contribuir para uma prática anestésica mais segura e eficaz, reduzindo o risco de complicações pós-operatórias e melhorando os resultados para os pacientes.
Em suma, o estudo destaca o papel crucial da inovação tecnológica na área da anestesiologia e reforça a importância de uma abordagem baseada em evidências na prática clínica.
Espera-se que esses avanços continuem aprimorando a segurança e a qualidade dos cuidados perioperatórios, beneficiando assim os pacientes em todo o mundo.
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Referências
- Obara S, Oishi R, Nakano Y, Noji Y, Ebana H, Isosu T, Kurosawa S, Murakawa M. Update on the SedLine® algorithm for calculating the Patient State Index of older individuals during general anesthesia: a randomized controlled trial. Minerva Anestesiol. 2021 Jul;87(7):774-785. doi: 10.23736/S0375-9393.21.14929-6. Epub 2021 May 3. PMID: 33938673.
Para o profissional anestesiologista, utilizar as tecnologias avançadas, como a eletroencefalografia, é fundamental para garantir os melhores recursos possíveis durante os procedimentos, obtendo sempre os melhores desfechos clínicos.
Pensando nisso, a ciência está sempre evoluindo e trabalhando em cima dos equipamentos disponíveis, a fim de avaliar e promover essa melhoria contínua.
Nesta análise, vamos abordar as observações do Dr. Giorgio Pretto, anestesiologista e embaixador clínico da MA Hospitalar, sobre o artigo científico “Use of Processed Electroencephalography in the Clinical Setting“ pelos autores David A Mulvey e Peter Klepsch.
Publicado em 2020 na revista Current Anesthesiology Reports, este artigo oferece uma visão abrangente sobre o uso e o potencial dos monitores de atividade cerebral processados na prática clínica.
Importância fundamental dos monitores de atividade cerebral processados
Desde a introdução dos primeiros monitores de atividade cerebral processados na década de 1990, houve um interesse crescente em avaliar a profundidade anestésica.
Isso se deve, em parte, à necessidade de reduzir o risco de consciência transoperatória, uma preocupação significativa na anestesiologia.
Destaca-se a importância fundamental dos monitores de atividade cerebral processados na anestesiologia contemporânea, tendo a eletroencefalografia como grande aliada.
- Destaque para o papel crucial desses dispositivos na avaliação da profundidade anestésica e na redução do risco de consciência transoperatória.
- O Dr. Giorgio Pretto ressalta que os monitores de atividade cerebral processados representam um avanço significativo na prática anestésica, oferecendo uma ferramenta valiosa para os anestesiologistas monitorarem e ajustarem a profundidade da anestesia de forma mais precisa do que nunca.
Exploração da complexidade da atividade cerebral
Uma crítica comum aos monitores de atividade cerebral processados é sua simplificação excessiva por meio de um único valor numérico.
O Dr. Giorgio Pretto concorda com essa avaliação e enfatiza a necessidade de explorar além desse índice na eletroencefalografia para obter uma compreensão mais completa da atividade cerebral durante a anestesia.
- Reconhecimento da limitação da simplificação por meio de um único valor numérico.
- Ênfase na necessidade de explorar além desse índice para uma compreensão mais completa da atividade cerebral durante a anestesia.
- Enfatiza-se que a atividade cerebral é complexa e multifacetada, e um único valor numérico não pode capturar totalmente essa complexidade. Portanto, é crucial que os anestesiologistas estejam cientes das diversas métricas disponíveis nos monitores de atividade cerebral processados e as interpretem em conjunto para tomar decisões clínicas informadas.
Implicações clínicas específicas da eletroencefalografia
O Dr. Giorgio Pretto discute as implicações clínicas específicas da eletroencefalografia destacadas no artigo, especialmente em relação a diferentes faixas etárias e estados de saúde.
Ele enfatiza a importância de adaptar a monitorização da atividade cerebral para pacientes idosos e frágeis, levando em consideração fatores como a densidade espectral bilateral e a assimetria do DSA.
- Adaptação da monitorização da atividade cerebral para diferentes grupos, como pacientes idosos e frágeis.
- Consideração de fatores como a densidade espectral bilateral e a assimetria do DSA.
- Destaca-se a importância de adaptar a monitorização da atividade cerebral de acordo com as características individuais dos pacientes, como idade, estado de saúde e medicamentos concomitantes. É enfatizado que a abordagem única não é adequada e que os anestesiologistas devem estar preparados para ajustar as configurações dos monitores de acordo com as necessidades específicas de cada paciente.
Considerações finais e perspectivas futuras na eletroencefalografia
- Ênfase na importância de uma análise detalhada dos dados fornecidos pelos monitores de atividade cerebral processados.
- Necessidade de evitar tanto a anestesia excessivamente profunda quanto a consciência transoperatória.
- Reconhecimento da complexidade da atividade cerebral e importância de não simplificar em excesso os dados obtidos.
- Dr. Giorgio Pretto destaca que a monitorização da atividade cerebral processada está em constante evolução e que novas métricas e técnicas estão sendo desenvolvidas para melhorar ainda mais a precisão e utilidade desses dispositivos na prática clínica.
Considerações sobre o SEDLINE – Patient State Index
Além do conteúdo discutido no artigo, é relevante mencionar o Patient State Index (PSI) da SEDLINE como uma ferramenta adicional para avaliação da hipnose adequada durante a anestesia geral.
- Destaque para o valor do PSI da SEDLINE como uma ferramenta adicional para avaliar a hipnose adequada durante a anestesia geral.
- Vantagens deste índice em relação a filtros de artefatos e seu desempenho em diferentes populações, como idosos.
- Dr. Pretto ressalta que o PSI da SEDLINE representa uma abordagem promissora para avaliar a profundidade anestésica de forma mais precisa e confiável em uma variedade de contextos clínicos. Ele enfatiza a importância de pesquisas futuras para validar ainda mais a eficácia e utilidade deste índice em diferentes populações de pacientes e condições clínicas.
Conheça mais sobre o SEDLINE e o PSI na profundida anestésica em nosso material!
Conclusão
Em conclusão, a análise do Dr. Giorgio Pretto oferece insights valiosos sobre a importância e o potencial dos monitores de atividade cerebral processados na prática clínica anestésica.
Suas observações destacam a necessidade de uma abordagem abrangente e cuidadosa ao utilizar esses dispositivos, reconhecendo a complexidade da atividade cerebral e adaptando a monitorização de acordo com as características individuais dos pacientes.
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Referências
- Mulvey DA, Klepsch P. Use of Processed Electroencephalography in the Clinical Setting. Curr Anesthesiol Rep. 2020;10(4):480-487. doi: 10.1007/s40140-020-00424-3. Epub 2020 Oct 23. PMID: 33110400; PMCID: PMC7581499.
Em um mundo onde a segurança e o bem-estar dos pacientes são prioritários, compreender a atividade cerebral durante a anestesia é crucial. Por isso, a eletroencefalografia clínica é um importante recurso para a prática dos anestesiologistas.
O Dr. Giorgio Pretto, especialista em Anestesiologia formado pela Faculdade de Medicina da USP e atual Embaixador Clínico da MA Hospitalar, analisou recentemente um artigo científico abrangente sobre a monitorização da profundidade anestésica.
Esse trabalho se baseou em um artigo seminal intitulado “Clinical Electroencephalography for Anesthesiologists: Part I: Background and Basic Signatures“¹, escrito por uma equipe de especialistas composta por Patrick L Purdon, Aaron Sampson, Kara J Pavone e Emery N Brown.
Análise de literatura
A revisão realizada do artigo destaca a inadequação de depender exclusivamente de índices padronizados para monitorizar a profundidade da anestesia.
É ressaltada a importância de entender as características únicas de diferentes anestésicos e como eles se manifestam na atividade cerebral.
Ao contrário da crença comum de que um único índice pode definir o nível de inconsciência para todos os anestésicos, a revisão revela que diferentes anestésicos agem em alvos moleculares e circuitos neurais distintos, resultando em estados cerebrais diferentes, claramente identificáveis no eletroencefalograma (EEG).
Conclusões do artigo sobre eletroencefalografia clínica
Os resultados da revisão sugerem que a alteração da consciência durante a anestesia é mais influenciada por oscilações na atividade neural do que por ações em locais específicos.
Também foi observado que a anestesia causa 5 a 20 vezes mais oscilações que a atividade normal.
Além disso, foi observado que a análise detalhada do Density Spectral Array (DSA) parece ser mais útil do que depender apenas de índices padronizados.
Ademais, adjuvantes em baixas doses mostraram ter pouca interferência na monitorização da profundidade anestésica.
Monitor SEDLINE – Patient State Index
O SEDLINE com Patient State Index (PSI) é apresentado como uma ferramenta valiosa na monitorização da profundidade anestésica. Destacam-se os seguintes pontos:
- Faixa de valor de 25 a 50 indicando hipnose adequada durante a anestesia geral.
- Melhor filtro de artefatos, com aplicação bilateral.
- Melhor desempenho em baixas voltagens, o que é especialmente relevante em pacientes idosos.
- Sensor adequado para pacientes acima de 1 ano de idade.
- Utilização do Density Spectral Array (DSA) bilateral com assimetria para uma avaliação mais abrangente.
- Inclusão de parâmetros como SR (Suppression Ratio), SEF (Spectral Edge Frequency) e EMG (Eletromiografia) para uma análise mais completa.
Essa ferramenta, desenvolvida pela Masimo, é uma tecnologia revolucionária no campo da monitorização da profundidade anestésica. Com sua avançada análise de EEG (eletroencefalograma), o SEDLine oferece uma visão abrangente e precisa do estado cerebral do paciente durante o procedimento anestésico.
Uma das características distintivas do SEDLine é o seu Patient State Index (PSI), que fornece uma medida contínua e em tempo real da profundidade da anestesia.
Este índice, baseado em algoritmos sofisticados, permite aos anestesiologistas monitorar de forma precisa e confiável o nível de consciência do paciente, ajudando a evitar a consciência durante a cirurgia e a garantir uma anestesia segura e eficaz.
Além disso, o SEDLine oferece recursos avançados, como filtros de artefatos bilaterais e Density Spectral Array (DSA) bilateral com assimetria, proporcionando uma análise mais detalhada e abrangente da atividade cerebral.
Isso permite uma avaliação mais precisa das oscilações na atividade neural, fornecendo informações valiosas para o ajuste adequado da anestesia.
Outra vantagem do SEDLine é sua capacidade de adaptar-se a uma variedade de cenários clínicos, desde pacientes pediátricos até idosos, e em diferentes tipos de anestesia, como inalatória e intravenosa.
Além disso, sua interface intuitiva e fácil de usar torna a interpretação dos dados simples e acessível para os profissionais de saúde.
Saiba mais sobre a plataforma ROOT no nosso artigo sobre uso da eletroencefalografia em ambiente clínico!
Conclusão
Segundo Dr. Giorgio Pretto, o artigo destaca a importância de uma abordagem abrangente na monitorização da profundidade anestésica.
Ao considerar as características individuais dos anestésicos e utilizar ferramentas como o SEDLINE com PSI, os anestesiologistas podem garantir uma anestesia mais segura e eficaz para seus pacientes.
Essa abordagem, baseada em evidências científicas sólidas, promove avanços significativos na prática clínica e no cuidado ao paciente durante o período perioperatório.
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Mais informações
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Referências
- Purdon PL, Sampson A, Pavone KJ, Brown EN. Clinical Electroencephalography for Anesthesiologists: Part I: Background and Basic Signatures. Anesthesiology. 2015 Oct;123(4):937-60. doi: 10.1097/ALN.0000000000000841. PMID: 26275092; PMCID: PMC4573341.
Nos diversos procedimentos cirúrgicos cardíacos é muito comum a utilização de circulação extracorpórea (CEC), cuja finalidade é proporcionar um campo cirúrgico limpo, preservar as características funcionais do coração e oferecer segurança à equipe cirúrgica.1
Durante a CEC, a função pulmonar é realizada por um trocador de gases extracorpóreo, por isso é uma prática comum interromper a ventilação neste procedimento.
No entanto, a interrupção da ventilação mecânica durante a CEC está associada ao desenvolvimento de microatelectasia, edema pulmonar hidrostático e diminui a complacência pulmonar e a difusão do surfactante.2
Algumas estratégias ventilatórias protetoras, como o uso de baixo volume corrente, pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) e níveis mais elevados de pressão positiva no final da expiração (PEEP) podem ajudar a reduzir as complicações pulmonares e a inflamação no pós-operatório.3
Alguns estudos têm demonstrado que a manutenção da ventilação mecânica (volume corrente de 3 a 4 mL/kg sem PEEP) durante a CEC parece ser a estratégia mais vantajosa em cirurgia cardíaca.4,5
Uso de baixo volume corrente nos equipamentos de anestesia da GE Healthcare
A GE Healthcare disponibiliza o Bypass Cardíaco para auxiliar e facilitar o uso da ventilação protetora em seus equipamentos.
Esta ferramenta pode ser encontrada em toda a linha de equipamento de anestesia Carestation 600, 750 e Aysis.
Existem dois tipos de desvio cardíaco. O bypass cardíaco de ventilação manual que é padrão e o desvio cardíaco de VCV que é opcional. O manual suspende os alarmes para pacientes com circulação extracorpórea quando o ventilador não está ventilando mecanicamente.
Já os sistemas com a opção de Bypass Cardíaco VCV ativada podem ventilar mecanicamente enquanto estão no modo VCV. O modo VCV é o único modo de ventilação disponível ao usar o BC VCV.
Como utilizar a ferramenta Bypass Cardíaco
Usando circulação extracorpórea de ventilação manual:
- Coloque o interruptor Balão / Vent em Balão.
- Selecione a tecla rápida Modo de ventilação.
- Selecione Bypass Cardíaco e, em seguida, selecione “Iniciar Bypass Cardíaco”. A mensagem ” Bypass Cardiaco” é exibida nas formas de onda e no campo geral da mensagem quando o Bypass cardíaco de ventilação manual está ativo.
Usando Bypass Cardíaco VCV (Figura 1):
- Inicie a ventilação mecânica no modo VCV.
- Selecione a tecla rápida Modo de ventilação.
- Selecione Bypass Cardíaco e, em seguida, selecione “Iniciar Bypass Cardíaco”.
- A PEEP está ajustada para 5 cmH20
- As configurações de VC de menos do que 170 ml antes de iniciar o bypass cardíaco permanece na definição da VC.
- As configurações de VC de mais do que 170 ml antes de iniciar o bypass cardíaco altera para 170 ml.
- A mensagem “Bypass cardíaco VCV” aparece em formas de onda e no campo de mensagem geral quando o bypass cardíaco VCV está ativo.
- Obs: As configurações de PEEP e VC podem ser alteradas depois de inserir o modo de bypass cardíaco.
4. Selecione fechar
Entre em contato com a MA Hospitalar
Na MA Hospitalar, destacamos a excelência em nossos serviços ao contar com os equipamentos de anestesia da GE Healthcare. Com a presença do Carestation 600, 750 e Aysis, a sua instituição assegura aos pacientes um ambiente seguro e eficiente durante os procedimentos anestésicos.
Nossos equipamentos oferecem interfaces intuitivas, personalização de parâmetros, monitoramento avançado e, no caso do Carestation 750 e Aysis, uma conectividade aprimorada para uma integração perfeita com outros sistemas hospitalares.
Fale com a MA Hospitalar para garantir o mais alto padrão de cuidado aos seus pacientes!
Referências
- Woods SL, Froelicher ES, Motzer SU. Enfermagem em cardiologia. 4a ed. São Paulo; Barueri (SP): Manole; 2005.
- Bignami E, Guarnieri M, Saglietti F, et al. Different strategies formechanical ventilation during Cardiopulmonary Bypass (CPB-VENT 2014): study protocol for a randomized controlled trial. Trials. 2017;18:264.
- Ferrando C, Soro M, Belda FJ. Protection strategies during car-diopulmonary bypass: ventilation, anesthetics and oxygen. CurrOpin Anaesthesiol. 2015;28:73-80
- Chaney MA, Nikolov MP, Blakeman BP, et al. Protective ven-tilation attenuates postoperative pulmonary dysfunction inpatients undergoing cardiopulmonary bypass. J CardiothoracVasc Anesth. 2000;14:514-8.
- Zupancich E, Paparella D, Turani F, et al. Mechanical venti-lation affects inflammatory mediators in patients undergoingcardiopulmonary bypass for cardiac surgery: a randomized clin-ical trial. J Thorac Cardiovasc Surg. 2005;130:378-83.
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Os monitores de analgesia, como o Monitor ANI, são um tipo de equipamento que está ganhando um destaque crescente em diferentes procedimentos cirúrgicos, mas sua eficácia na administração intraoperatória de opioides ainda é um assunto muito discutido.
O ANI, ou Analgesia Nociception Index, é uma medida normalizada do componente parassimpático (pΣ) do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele é utilizado para avaliar o nível de analgesia (alívio da dor) e nocicepção (percepção da dor) em pacientes.
O índice ANI é calculado com base nas variações rápidas do tono parassimpático durante os ciclos respiratórios, que são expressas no nodo sinusal através do nervo vago proveniente do tronco cerebral.
Neste artigo, exploramos a revisão realizada pelo Dr. Giorgio Pretto sobre o artigo científico “Nociception monitors vs. standard practice for titration of opioid administration in general anesthesia: A meta-analysis of randomized controlled trials“. A revisão centra-se no Monitor ANI (Analgesia Nociception Index).
Avaliação dos monitores de analgesia vs. cuidado padrão
Ao analisar 21 estudos incluídos na revisão, observou-se resultados impressionantes. A analgesia guiada por monitor de nocicepção reduziu significativamente a administração intraoperatória de opioides em 29%, evidenciando seu potencial para otimizar o manejo anestésico.
Consumo de opioides
A análise revelou uma redução expressiva no consumo de opioides durante o procedimento, indicando uma abordagem mais precisa e personalizada proporcionada pelo Monitor ANI.
Tempo de extubação
Uma descoberta crucial foi a redução de 22% no tempo de extubação, destacando a eficiência da monitorização da nocicepção na aceleração da recuperação pós-anestésica.
Dor pós-operatória e consumo de opioides pós-operatório
Contrariando expectativas, não houve diferença significativa na dor pós-operatória nem no consumo de opioides após a cirurgia entre os grupos monitorados e os que receberam cuidado padrão.
Náusea e vômito pós-operatório (NVPO)
Outro benefício notável foi a menor incidência de NVPO em 22%, indicando que o Monitor ANI contribui para a melhoria do bem-estar pós-cirúrgico.
Metodologia e diretrizes PRISMA
A revisão aderiu às diretrizes da PRISMA, garantindo rigor científico na inclusão de 21 estudos variados, abrangendo diversos monitores de analgesia.
Conclusão: rumo ao futuro da anestesiologia
Em pacientes submetidos à anestesia geral, a analgesia guiada pelo Monitor ANI emerge como uma estratégia promissora. A redução significativa no uso de opioides durante a cirurgia, aliada à aceleração da extubação e à diminuição da incidência de NVPO, destaca seu potencial impacto positivo na prática anestésica.
O aumento inevitável do monitoramento de nocicepção intraoperatória
Diante dos resultados favoráveis, antevemos um aumento inevitável na adoção do Monitor ANI e tecnologias similares na anestesiologia. Estamos diante de uma revolução que promete não apenas aprimorar a segurança e eficácia da anestesia, mas também melhorar significativamente a experiência pós-cirúrgica dos pacientes.
Perspectivas futuras e considerações finais
À medida que a analgesia guiada por nocicepção se consolida como uma prática valiosa, futuras pesquisas e implementações clínicas são essenciais.
O Monitor ANI, ao proporcionar uma abordagem personalizada e precisa, sinaliza um futuro promissor para a anestesiologia, marcado por melhores resultados clínicos e uma redução significativa no uso de opioides. O caminho para uma anestesia mais segura, eficiente e compassiva está diante de nós, e o Monitor ANI é um guia crucial nessa jornada.
Fale com a MA Hospitalar e saiba mais sobre o ANI
O monitor ANI V2 é baseado no conceito de ANI (Analgesia Nociception Index), que representa uma medida normalizada do componente parassimpático (pΣ) do sistema nervoso autônomo (SNA).
O ANI é expresso em uma escala de 0 a 100, calculado em uma janela de 64 segundos. Apesar de variar de 0 a 100, o limite inferior atingível é 12. Esse índice indica a proporção do tono pΣ na atividade global do SNA.
O ANI Monitor V2 apresenta duas médias de medição: ANIi (últimos 120 segundos) e ANIm (últimos 240 segundos). Essas médias fornecem uma visão mais detalhada do estado do componente parassimpático do sistema nervoso autônomo ao longo do tempo.
Para mais informações sobre o Monitor ANI V2, entre em contato com a MA Hospitalar!
Referências
- Ma D, Ma J, Chen H, Mu D, Kong H, Yu L. Nociception monitors vs. standard practice for titration of opioid administration in general anesthesia: A meta-analysis of randomized controlled trials. Front Med (Lausanne). 2022 Aug 25;9:963185. doi: 10.3389/fmed.2022.963185. PMID: 36091708; PMCID: PMC9454957.
Leia sobre outras formas de monitorização disponíveis, como o SedLine e o O3 – NIRS!
O SEDLINE, monitor derivado do eletroencefalograma (EEG), revoluciona a avaliação do grau de sedação e hipnose em anestesias gerais.
A administração precisa de anestesia é uma tarefa complexa, onde a monitorização eficaz da profundidade anestésica desempenha um papel crucial. Enquanto parâmetros hemodinâmicos fornecem informações valiosas, sua precisão muitas vezes é insuficiente.
O SEDLINE e seus parâmetros avançados
No cerne do SEDLINE está o PSI (Patient State Index), um parâmetro fundamental que traduz a atividade cerebral em uma escala compreensível.
Além do PSI, o monitor oferece um conjunto abrangente de indicadores, incluindo o SR (Suppression Ratio), matriz espectral (DAS), assimetria da atividade cerebral, SEF (frequência de borda espectral) e eletromiografia (EMG).
Esses elementos não apenas refinam a condução da anestesia, mas possibilitam uma titulação precisa dos anestésicos, reduzindo significativamente complicações.
A utilização de sensores bilaterais é um marco no aprimoramento da monitorização. Essa abordagem não apenas proporciona um filtro eficaz para artefatos, mas também aumenta substancialmente a confiabilidade da avaliação, garantindo uma abordagem mais segura e precisa.
Adaptação para pacientes específicos
Um avanço notável é o ajuste do novo algoritmo do SEDLINE para pacientes com EEG de baixa potência, uma condição comum em idosos.
Esta adaptação é um testemunho do compromisso em atender às necessidades específicas de diferentes grupos de pacientes, garantindo uma monitorização eficaz em todas as circunstâncias.
Inovação pediátrica
O cuidado pediátrico recebe um impulso significativo com a disponibilidade de sensores pediátricos do SEDLINE, adequados para crianças acima de 1 ano.
Essa adição é crucial, uma vez que monitores de profundidade anestésica têm historicamente enfrentado desafios de validação em pacientes pediátricos. O SEDLINE preenche essa lacuna, assegurando uma abordagem segura e precisa em cirurgias pediátricas.
Integração sinérgica com o Monitor ROOT da Masimo
A integração do SEDLINE ao monitor ROOT da Masimo é uma jogada estratégica que expande as capacidades da monitorização perioperatória.
Não se limitando à profundidade anestésica, essa integração permite a utilização de vários monitores na mesma plataforma, incorporando também oximetria cerebral e avaliação periférica da hemoglobina.
Isso representa um avanço significativo na busca por uma abordagem holística da monitorização em procedimentos cirúrgicos.
- Descubra mais sobre a plataforma ROOT no nosso artigo sobre o algoritmo Sedline para o PSI no uso em idosos!
Revisão crítica do Dr. Giorgio Pretto
A revisão do artigo “Monitoring Anesthesia depth with patient state index during pediatric surgery” pelo Dr. Giorgio Pretto, Doutor em Anestesiologia pela Faculdade de Medicina da USP e Embaixador Clínico da MA Hospitalar, destaca aspectos cruciais da eficácia do SEDLINE.
O estudo, conduzido de forma prospectiva e observacional, envolveu 113 pacientes entre 1 e 18 anos, submetidos a anestesia geral. A comparação dos valores do SEDLINE com a avaliação clínica revelou uma concordância notável, evidenciando a precisão do monitor.
Surto supressão e delírio de emergência em crianças
Uma descoberta intrigante foi o surto supressão no início da anestesia, associado a eventos como delírio de emergência em crianças. Essa observação destaca a importância crítica da monitorização contínua, visando mitigar complicações emergentes.
Conclusões e implicações clínicas
A ausência de monitor cerebral durante a anestesia resulta em PSI médio abaixo do recomendado, com episódios frequentes de surto supressão.
A condução não guiada por monitor cerebral é uma realidade que pode levar a consequências adversas, reforçando a necessidade crescente de ferramentas como o SEDLINE.
O estudo revelou também que crianças menores de 2 anos apresentam PSI mais alto, sem estar diretamente relacionado à consciência transoperatória. Essa observação desafia preconcepções e destaca a complexidade da resposta anestésica em diferentes faixas etárias.
Conclusão final
Em um cenário onde a precisão na administração de anestesia é imperativa, o SEDLINE e o PSI surgem como ferramentas necessárias na monitorização da profundidade anestésica.
Suas características inovadoras, como sensores bilaterais, adaptação para idosos e especificações pediátricas, posicionam essas tecnologias como fundamentais para a segurança e eficácia em procedimentos cirúrgicos.
A integração com o monitor ROOT da Masimo amplia ainda mais o espectro de monitorização perioperatória, oferecendo uma visão abrangente do estado do paciente.
A revisão crítica do Dr. Giorgio Pretto valida e enriquece a compreensão dessas inovações, solidificando sua relevância na prática anestésica contemporânea.
Em síntese, o SEDLINE e o PSI representam uma revolução na monitorização anestésica, proporcionando uma abordagem precisa, adaptável e abrangente para profissionais da saúde.
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Referências
Ricci Z, Robino C, Rufini P, Cumbo S, Cavallini S, Gobbi L, Brocchi A, Serio P, Romagnoli S. Monitoring anesthesia depth with patient state index during pediatric surgery. Paediatr Anaesth. 2023 Oct;33(10):855-861. doi: 10.1111/pan.14711. Epub 2023 Jun 19. PMID: 37334678.
Dois dispositivos frequentemente empregados, o videolaringoscópio e o laringoscópio, destacam-se por suas abordagens distintas e por seus aspectos únicos voltados para uma mesma função.
Na prática médica atual, a seleção criteriosa de instrumentos desempenha um papel vital em procedimentos como a intubação endotraqueal.
Este artigo busca uma análise que considere características, vantagens e desvantagens para orientar profissionais de saúde na escolha entre esses dispositivos.
Definição e funcionamento
O laringoscópio convencional é composto por uma lâmina que permite visualização direta das cordas vocais durante a intubação.
Em contraste, o vídeo laringoscópio possui uma câmera integrada, transmitindo imagens em tempo real para um monitor, oferecendo uma visualização mais abrangente e detalhada.
Vantagens do videolaringoscópio
- Visualização aprimorada: A capacidade de fornecer uma visão mais clara e ampla das vias aéreas é uma característica fundamental, permitindo uma intubação mais precisa e segura.
- Treinamento facilitado: A transmissão de imagens em tempo real torna o videolaringoscópio uma ferramenta valiosa para o treinamento de profissionais de saúde, contribuindo para a aquisição de habilidades técnicas.
Desvantagens do videolaringoscópio
- Custo: Um fator limitante pode ser o custo em comparação ao laringoscópio, o que pode ser um desafio financeiro para algumas instituições de saúde.
- Complexidade de manuseio: O uso do videolaringoscópio pode exigir habilidades técnicas mais avançadas, demandando treinamento adicional para garantir um uso eficaz.
Vantagens do laringoscópio
- Custo acessível: O laringoscópio tradicional é, geralmente, mais acessível no seu preço, tornando-se uma opção viável em contextos com restrições orçamentárias.
- Simplicidade de uso: Devido à ausência de tecnologia avançada, o laringoscópio é mais simples de operar, demandando menos treinamento para sua utilização eficaz.
Desvantagens do laringoscópio
- Visualização limitada: A visualização direta pode ser restrita em determinadas situações, especialmente em casos de anatomia difícil, podendo comprometer a eficácia do procedimento.
- Menos eficiente em condições complexas: Em situações de intubação difícil, o laringoscópio pode não oferecer a mesma eficácia que o videolaringoscópio, exigindo abordagens alternativas.
O que a ciência diz sobre o assunto?
Um estudo realizado por VASCONCELOS (2022) proporcionou uma visão aprofundada sobre a eficácia do videolaringoscópio em comparação ao laringoscópio tradicional durante a intubação em adultos.
A pesquisa, conduzida por meio de uma revisão integrativa utilizando bases de dados como Pubmed e Scielo, abrangeu artigos publicados entre 2014 e 2022, totalizando quinze estudos diferentes.
Os resultados revelaram que o videolaringoscópio oferece uma série de vantagens significativas em comparação ao laringoscópio direto.
A visualização indireta proporcionada pelo videolaringoscópio foi destacada como uma ferramenta valiosa em casos de via aérea difícil, minimizando o risco de intubações malsucedidas.
O dispositivo mostrou-se particularmente eficaz ao facilitar o acesso em situações complexas, contribuindo para o aprendizado de profissionais durante o procedimento.
Além de reduzir a chance de falhas na intubação, o videolaringoscópio demonstrou benefícios adicionais, como a minimização da movimentação da coluna cervical e uma visão aprimorada das estruturas das vias aéreas.
A pesquisa também ressaltou que a técnica videolaringoscópica se torna a principal alternativa em situações de intubação malsucedida.
Além disso, a versatilidade do videolaringoscópio em diversas situações clínicas, como cirurgias bucomaxilofaciais, destaca sua importância em contextos além da intubação tradicional.
Então, qual é o melhor?
A escolha entre vídeo laringoscópio e laringoscópio é estritamente vinculada às necessidades específicas de cada procedimento e ao contexto em que são aplicados.
O vídeo laringoscópio, apesar de ter um custo maior, destaca-se pela visualização avançada, enquanto o laringoscópio tradicional oferece simplicidade e acessibilidade financeira.
Profissionais de saúde devem ponderar cuidadosamente os prós e contras de cada dispositivo, priorizando a segurança e eficácia do paciente.
Porém, em um cenário médico em constante evolução, a pesquisa fornece uma base sólida para a preferência do videolaringoscópio em comparação ao laringoscópio tradicional.
Os benefícios identificados têm o potencial de aprimorar significativamente os resultados clínicos, promovendo uma abordagem mais segura e eficaz nas intervenções nas vias aéreas em adultos.
Esta conclusão reforça a importância da atualização constante das práticas médicas para garantir o melhor cuidado possível aos pacientes.
Quer saber mais sobre o videolaringoscópio? Leia nosso material!
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O Videolaringoscópio VLR3 é a opção ideal para profissionais da saúde que almejam uma ferramenta de intubação avançada e versátil, garantindo precisão nas intervenções nas vias aéreas.
Ao priorizar desempenho e segurança, o VLR3 mostra-se um equipamento indispensável para anestesiologistas.
Seu design e funcionalidades foram meticulosamente desenvolvidos para atender às demandas específicas de procedimentos de intubação, proporcionando aos profissionais um aliado confiável e eficaz em diversas situações clínicas.
Com tecnologia de ponta e um enfoque particular na segurança do paciente, o VLR3 da Hugemed oferece uma experiência de intubação aprimorada, minimizando riscos e promovendo resultados mais precisos.
Além disso, sua interface de uso intuitiva contribui para uma adaptação rápida e eficiente por parte da equipe médica, otimizando o tempo durante procedimentos críticos.
A versatilidade e confiabilidade do VLR3 proporcionam uma abordagem abrangente e eficaz para a gestão das vias aéreas, elevando o padrão de cuidado prestado aos pacientes.
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Referências
- VASCONCELOS, Raíssa Meirelles Abreu; TAVARES, Lívia Hygino; VIEIRA, Ana Izabel Aparecida; SILVEIRA, Mayra Dias; FILIPPI, Ana Claudia Zon. BENEFÍCIOS DO USO DO VIDEOLARINGOSCÓPIO FRENTE AO LARINGOSCÓPIO TRADICIONAL EM ADULTOS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 8, n. 4, p. 459–465, 2022. DOI: 10.51891/rease.v8i4.5004. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/5004. Acesso em: 22 jan. 2024.
O EK-Pro é uma ferramenta exclusiva presente nos monitores da GE Healthcare.
Trata-se de um algoritmo de arritmia que utiliza quatro derivações simultâneas para análise, detectando e alertando sobre eventos cardíacos que poderiam passar despercebidos.
Essa ferramenta é projetada para distinguir ruídos e artefatos de batimentos cardíacos reais, reduzindo significativamente alarmes falsos.
Além disso, oferece redundância, garantindo o funcionamento contínuo do monitor mesmo em casos de falha em um único eletrodo.
O que é arritmia?
Arritmia significa qualquer distúrbio ou irregularidade do ritmo cardíaco. Um ritmo cardíaco estável é essencial para manter a contratilidade eficaz e o débito cardíaco adequado.
A manutenção de um débito cardíaco ideal leva à perfusão adequada dos órgãos e pode melhorar os resultados clínicos e a sobrevida do paciente. Portanto, a detecção rápida e precisa de arritmias é crítica.
O monitoramento contínuo de ECG permite visualizações únicas da atividade elétrica do coração em dois planos, frontal e horizontal.
A visualização da atividade elétrica do coração de vários ângulos pode ser muito útil para o médico, especialmente quando aplicada à detecção de arritmia.
Nosso sistema de monitoramento permite que o médico monitore análises de múltiplas derivações ou de derivação única. Em geral, quanto mais derivações forem utilizadas na análise da arritmia, mais confiável será a interpretação da arritmia.
Como a ferramenta EK-Pro pode auxiliar?
O reconhecimento dos batimentos ventriculares pode ser melhorado pela monitorização de múltiplas derivações, e o mesmo se aplica à detecção de QRS.
A decisão entre batimentos normais e ventriculares pode ser mais confiável quando informações de mais de uma derivação estão disponíveis. O algoritmo de arritmia EK-Pro usa I, II, III e a derivação V/VA para detecção de arritmia.
A American Heart Association (AHA) recomendou que duas ou preferencialmente três ou mais derivações sejam exibidas e monitoradas simultaneamente. Excedendo a recomendação mínima da AHA, o distinto algoritmo EK-Pro utiliza quatro derivações simultâneas para análise.
Embora a análise de ECG de múltiplas derivações seja preferida e recomendada, o algoritmo utiliza automaticamente a análise de arritmia de derivação única quando o ECG com fio de 3 derivações é usado.
As análises de derivação única também podem ser usadas com monitoramento de múltiplas derivações. Isso é feito usando a seleção manual na interface do usuário.
O uso de derivação única pode ser considerado, por exemplo, se a maioria das derivações for afetada por sinal ruidoso ou QRS de baixa amplitude, resultando em falsos alarmes de ECG e leituras incorretas de FC.
O algoritmo EK-Pro, no modo de derivação única, usa a derivação II como padrão. Como alternativa, o usuário pode escolher a derivação I, III ou Va como fonte para análise de arritmia de derivação única.
Alguns aspectos práticos em monitoramento de arritmia
Qualidade do Sinal: A preparação cuidadosa da pele e o uso de eletrodos de alta qualidade são essenciais para garantir um bom sinal de ECG, especialmente ao utilizar o monitoramento de arritmia.
Um bom sinal ajuda a garantir a detecção precisa de arritmia e ajuda a diminuir alarmes falsos e incômodos.
Se houver artefatos em todas as derivações de ECG analisadas, o algoritmo EK-Pro fornece uma mensagem de ECG com ruído.
Se a condição persistir, o algoritmo fornecerá uma mensagem “Arritmia pausada” ou “Suspensão de arritmia”, dependendo do monitor GE em uso. Neste ponto, toda a detecção de arritmia será suspensa até que a integridade do sinal de ECG seja restaurada.
Nossa ferramenta também faz a detecção de Marca-passo. A detecção de marca-passo deve ser ativada quando pacientes com marca-passo são monitorados. A detecção de marca-passo é sempre ativada com módulos E (ou seja, E-PSM ou EPRESTN).
Ao utilizar um Módulo de Dados do Paciente (PDM) CARESCAPE™, Módulo Tram™ ou Monitoramento Combinado, a detecção de marca-passo pode precisar ser ativada manualmente.
A qualidade dos monitores da GE Healthcare
Os monitores destacam-se pela sua excelência e inovação, oferecendo soluções avançadas para diversas necessidades clínicas.
Com tecnologia de ponta, como o exclusivo algoritmo de arritmia EK-Pro, esses equipamentos garantem uma monitorização cardíaca precisa e confiável.
A qualidade do sinal de ECG é assegurada por meio de cuidadosa preparação da pele e o uso de eletrodos de alta qualidade, reduzindo alarmes falsos e proporcionando uma detecção eficaz de arritmias.
- Conheça também a ferramenta DINAMAP!
Assim como nós, da MA Hospitalar, a GE Healthcare mantém um compromisso contínuo com a inovação e aprimoramento, garantindo que seus monitores estejam na vanguarda da tecnologia médica.
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O modo ventilatório PSVPro pode simplificar o cuidado com o paciente. Ele representa uma abordagem na ventilação mecânica projetada para proporcionar alivio do esforço respiratório.
Este modo ventilatório é aplicado em pacientes que estão passando pelo processo de desmame ventilatório, ou seja, aqueles que estão se recuperando de condições que os levaram a necessitar de suporte ventilatório.
Na PSVPro, a ciclagem é baseada no fluxo, enquanto o disparo ocorre por meio da pressão ou do fluxo, proporcionando uma participação ativa do paciente.
Ele é uma opção encontrada nos aparelhos de anestesia da GE Healthcare, marca referência em equipamentos hospitalares que ajuda médicos do mundo todo a fornecer terapias personalizadas para uma ampla gama de pacientes.
O que é este recurso presente nos equipamentos da GE Healthcare?
É um modo ventilatório exclusivo da GE Healthcare, no qual o ventilador fornece uma pressão de suporte constante sempre que detecta que o paciente iniciou um movimento inspiratório.
O modo PSVPro (Ventilação com suporte de pressão) simplifica o trabalho em pacientes com respiração espontânea, contando com a segurança de um backup automático em caso de apneia.
- Auxilia na superação da resistência no circuito respiratório e no circuito do paciente, ajudando a diminuir o trabalho respiratório do paciente.
- Evita a redução da capacidade residual funcional do paciente (CRF) e a diminuição do esforço respiratório devido aos anestésicos.
Conheça também a função de ByPass Cardíaco!
Um melhor despertar do seu paciente com o modo PSVPro
A concentração de anestésicos utilizada durante a cirurgia tem grande influência no tempo de inibição da respiração espontânea.
O fornecimento de agentes anestésicos é interrompido pouco antes do final da operação e, ao final, o paciente deve respirar espontaneamente por algum tempo antes de ser realizado o procedimento de extubação, utilizando o modo de pressão de suporte.
No modo PSVPro, é o paciente quem comanda o respirador, além de determinar o tempo de início da respiração espontânea. Com isso, o trabalho respiratório é minimizado.
Atuando em sincronia com o paciente, o ventilador mantém a mobilidade do diafragma de forma espontânea, pois o “respirar do paciente” produz pressão negativa na parte inferior das vias aéreas, e quando associado à utilização do PSVPro, existe a menor incidência de atelectasias.
Caso o equipamento identifique a ausência de respirações espontâneas, um modo de backup de apneia é ativado automaticamente.
O modo PSVPro retorna de forma automática quando os sensores reconhecem um número mínimo de respirações consecutivas do paciente, garantindo assim um maior conforto respiratório durante o despertar.
Como o modo PSVPro funciona e para que é indicado?
Ele é destinado para uso em pacientes com respiração espontânea, em que o responsável clínico define os níveis de pressão de suporte e PEEP.
O paciente inicia respirações espontâneas e determina a frequência respiratória, o tempo e o volume corrente. Caso o paciente pare a respiração, um modo de backup de apneia do SIMV PCV é ativado automaticamente.
- O tempo de backup pode ser definido entre 10-30 segundos.
- O médico define a pressão inspiratória de backup (Pinsp), a frequência respiratória (FR) e o tempo inspiratório (Tinsp).
- O alarme ativo do Modo Backup será exibido até que o PSVPro retorne ou até que outro modo de ventilação seja selecionado.
- O PSVPro é retomado automaticamente quando o ventilador identifica o número de respirações consecutivas do paciente, definidas previamente para Saída de Backup.
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Na MA Hospitalar, fornecemos soluções médico-hospitalares para diferentes finalidades, juntamente com o suporte necessário para sua unidade de saúde ou sua instituição.
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O módulo de transmissão neuromuscular (TNM) da GE Healthcare é utilizado para avaliar o bloqueio neuromuscular no paciente através da administração de bloqueadores neuromusculares durante o procedimento cirúrgico.
O módulo de TNM proporciona impulsos de estimulação elétrica de um nervo periférico e mede sua resposta neuromuscular a este estímulo.
A linha de acessórios TNM GE Healthcare inclui eletrossensores (Figura 1) e mecanossensores (Figura 2) para adultos e para crianças entre 5 e 40 Kg.
O mecanossensor mede o movimento do polegar utilizando um sensor piezoelétrico, que converte o movimento físico em um sinal elétrico e quantifica a resposta mecânica gerada.
Já o eletrossensor mede diretamente a atividade elétrica do músculo com eletrodos, quantificando a resposta à estimulação nervosa. O eletrossensor pode ser utilizado na mão ou no pé do paciente, tanto em pacientes adultos como pediátricos.
Por que utilizar um módulo de transmissão neuromuscular durante o procedimento cirúrgico?
Durante alguns procedimentos cirúrgicos, agentes bloqueadores neuromusculares podem ser utilizados com o objetivo de facilitar a intubação e garantir condições ideais para a cirurgia.
No entanto, o uso desses fármacos pode elevar o risco de efeitos adversos pós-operatórios.
A paralisia residual é uma grande preocupação, pois aumenta a morbidade e mortalidade pós-operatória, o tempo de internação e ainda aumenta os custos concomitantes a essas complicações.1, 2, 3, 4 e 5
Durante todo o procedimento anestésico, o médico deve avaliar continuamente a função neuromuscular do paciente.
Apesar de existirem métodos mais convencionais para avaliar a função neuromuscular em pacientes sob efeito de anestésico, como a capacidade de levantar a cabeça, aperto de mão firme ou ventilação minuto suficiente, há uma grande evidência científica mostrando a superioridade e benefícios do uso da avaliação clínica associada à monitorização neuromuscular quantitativa.
Os monitores de transmissão neuromuscular fornecem medições numéricas de forma automática, indicando a resposta muscular a um estímulo e o nível associado de bloqueio neuromuscular.
Tecnologia que até pouco tempo estava distante, mas que está cada vez mais presente e disponível dentro dos ambientes cirúrgicos.
Portanto, de acordo com Duţu et al. (2019), o uso da monitorização neuromuscular como guia na reversão de agentes bloqueadores ajuda a evitar o bloqueio neuromuscular residual, trazendo mais segurança para o paciente.
- Medição automatizada
- Maior adequação das doses de relaxantes neuromusculares
- Recuperação otimizada
- Maior segurança do paciente diminuindo riscos de complicações
- Orientação quanto ao momento da extubação
- Informação integrada no monitor
Como essa medição é realizada?
Através de um eletrodo e uma estimulação no nervo ulnar ou nervo plantar medial, uma resposta imediata será gerada no monitor. Dessa forma, é possível avaliar a profundidade do bloqueio neuromuscular.
O padrão de monitorização é uma sequência de quatro estímulos, também chamado de Train-of-four (TOF). A estimulação TOF permite a contagem do número de contrações musculares provocadas e o cálculo da proporção da quarta para a primeira resposta de contração.
Quando não são detectadas respostas para a estimulação TOF, a contagem pós-tetânica (CPT) é a única forma de medir o bloqueio neuromuscular.
É gerada uma estimulação tetânica (50 Hz) durante cinco segundos e são contadas as respostas pós-tetânicas para estímulo único. Quanto maior for a CPT (o número de respostas detectadas), mais rápido retornarão as respostas normais de TOF.
Na prática:
São necessários dois eletrodos para a estimulação elétrica de um nervo periférico (Figura 3). A resposta resultante pode ser medida com dois eletrodos e um mecanossensor, que mede os movimentos entre o polegar e o indicador, ou com um eletrossensor, que utiliza três eletrodos de registro.
O monitor procura a corrente de estímulo necessária para ativar todas as fibras dos músculos estimulados (registrados).
A pesquisa é iniciada com um estímulo de 10 mA e a resposta é medida. A corrente aumenta em incrementos de 5 mA até que o aumento da corrente deixe de aumentar a resposta.
Essa corrente máxima é, então, automaticamente aumentada em 15%, resultando em uma corrente supramáxima.
Se não for encontrada a corrente supramáxima ou se a resposta for muito fraca para a pesquisa de uma corrente supramáxima, a corrente será ajustada para 70 mA.
Modos de estimulação
- Train of four, TOF: Recomendado para a maioria dos casos. Também é a definição padrão.
- Estimulação por impulso duplo, DBS: Útil com a utilização do mecanossensor. Permite uma melhor observação visual da diminuição nas respostas.
- Contagem pós-tetânica, PTC: Utilizada para calcular o nível de relaxamento com estimulação tetânica.
- Estímulo único, EstÚni: O modo de estímulo único é prático quando se utilizam relaxantes despolarizantes: nesses casos, a TOF% não fornece informações adicionais sobre o estado do paciente.
Como interpretar os valores de TNM?
No modo de estímulo TOF, são emitidos 4 pulsos de estimulação em intervalos de 0,5 segundos. A resposta é medida após cada estímulo e calcula-se a relação da quarta com a primeira resposta da sequência TOF, o que resulta em TOF% (Figura 4).
Com o eletrossensor, é exibida a T1%. Se a referência for localizada com êxito, uma escala também será incluída.
Os marcadores da escala representam os valores de referência 0%, 30%, 60%, 90% e 120% (Figura 5).
Quando não há qualquer referência disponível, não é apresentado nenhum valor de T1% e as barras não são representadas em escala.
Quando o relaxamento se aprofunda, a TOF% desce até a quarta resposta desaparecer e não existir qualquer TOF% disponível.
O grau de bloqueio neuromuscular é, então, calculado a partir do número de respostas, a contagem, que representa o número de respostas detectadas para os quatro estímulos. Quanto menor for o número de respostas, mais profundo será o relaxamento.
Passo a passo do uso do TNM
Passo 1
Coloque adequadamente o sensor de sua escolha (Figura 6). Pressione início da medição. O monitor iniciará a medição definindo automaticamente a corrente de estímulo e realizando uma medição de referência. Com o paciente não relaxado, TOF% é 100 (Figura 7).
Passo 2
Os relaxantes não despolarizantes causam um desaparecimento das respostas, indicado por um TOF% mais baixo e uma inclinação no gráfico de barras. Os relaxantes despolarizantes resultam em uma queda igual em todas as quatro respostas, sem desaparecimento.
Passo 3
O bloqueio neuromuscular pode ser utilizado para facilitar a intubação endotraqueal. O médico pode usar o tempo em que todas as respostas desaparecem (ou seja, a contagem TOF é 0) como um guia para determinar quando intubar.
Passo 4
Durante a cirurgia e em cuidados intensivos, a contagem TOF (Count) é usada para manter um nível ideal constante de bloqueio neuromuscular. Quando a contagem TOF excede um nível definido pelo usuário, o monitor GE exibirá uma mensagem de “Bloco de recuperação”.
Passo 5
Com base no tipo de agente de reversão que deseja utilizar, você pode cronometrar a administração usando TOF% e contagem de contrações. Para uma extubação segura, o TOF% deve ser superior a 90.7
Onde encontrar TNM nos monitores da GE Healthcare?
É possível realizar a monitorização da Transmissão Neuromuscular em todos os monitores da GE Healthcare (B105, B125 e B155 a partir da versão 3 e B450, B650 e B850) através do módulo E-NMT.
Fale conosco para saber mais
NA MA Hospitalar, trabalhamos com diversos modelos de monitores e aparelhos de anestesia da GE Healthcare. Nossas soluções ainda contam com outras funções valiosas, como o oxicardiorrespirograma e o monitoramento de gases.
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Referências
- 1. Herbstreit F, Peters J, Eikermann M. Impaired upper airway integrity by residual neuromuscular blockade: increased airway collapsibility and blunted genioglossus muscle activity in response to negative pharyngeal pressure. Anesthesiology 2009;110:1253-60.
- 2. Eikermann M, Groeben H, Husing J, Peters J. Accelerometry of adductor pollicis muscle predicts recovery of respiratory function from neuromuscular blockade. Anesthesiology 2003;98:1333-7.
- 3. Eriksson LI, Sato M, Severinghaus JW. Effect of a vecuronium-induced partial neuromuscular block on hypoxic ventilatory response. Anesthesiology 1993;78:693-9.
- 4. Murphy GS, Szokol JW, Marymont JH, Greenberg SB, Avram MJ, Vender JS. Residual neuromuscular blockade and critical respiratory events in the postanesthesia care unit. Anesth Analg 2008;107:130-7.
- 5. Berg H, Roed J, Viby-Mogensen J, Mortensen CR, Engbaek J, Skovgaard LT, Krintel JJ. Residual neuromuscular block is a risk factor for postoperative pulmonary complications. A prospective, randomised, and blinded study of postoperative pulmonary complications after atracurium, vecuronium and pancuronium. Acta Anaesthesiol Scand 1997;41:1095-103.
- 6. Duţu M, Ivaşcu R, Tudorache O, et al. Neuromuscular monitoring: an update. Rom J Anaesth Intensive Care. 2018;25(1):55–60.
- 7. Naguib M, Brull SJ, Kopman AF, et al. Consensus Statement on Perioperative Use of Neuromuscular Monitoring. Anesth Analg 2018; 127:71-80.
Conheça também nossa linha de aparelhos de anestesia e suas funções, como o Modo PSV Pro!
Sabemos que os pacientes neonatais são frágeis e propensos à instabilidade, e qualquer sinal de alteração é crucial para o acompanhamento desses pacientes.
Recém-nascidos prematuros e nascidos a termo são propensos a um padrão de respiração chamado respiração periódica, no qual ocorrem apneias curtas recorrentes em intervalos aproximadamente regulares, ou seja, respiração periódica (1).
A respiração periódica está associada à fragmentação do sono, hipoxemia intermitente e ativação do sistema nervoso simpático, bem como oscilações da frequência cardíaca e da pressão arterial (2).
Diante dessa fragilidade, precisamos encontrar ferramentas que nos auxiliem a monitorar essas variáveis e identificar o evento primário, uma vez que uma alteração na frequência respiratória pode afetar a frequência cardíaca e assim por diante.
Pensando nisso, o Oxicardiorespirograma é a ferramenta capaz de verificar qual evento desencadeou uma instabilidade clínica apresentada pelo paciente neonatal.
MAS AFINAL, O QUE É O OXICARDIORESPIROGRAMA?
O Oxicardiorespirograma é uma ferramenta não invasiva que avalia o paciente neonatal de maneira completa, combinando a frequência cardíaca (FC), a frequência respiratória (FR) e a oxigenação de pulso (O2).
Figura 1
Essa ferramenta está presente em nossa linha de monitores GE B105, B125 e B155, que oferecem desempenho clínico premium em todas as áreas de tratamento.
Eles possibilitam o monitoramento dos sinais vitais essenciais e ainda permitem o armazenamento de até 70 curvas gravadas, com dados de tendências de 6 minutos antes e 2 minutos após o evento apresentado.
Isso garante a confiabilidade da monitorização do paciente e auxílio na resolução clínica apresentada.
Figura 2
Figura 3
Sua usabilidade é muito fácil e intuitiva. Basta seguir os passos no monitor GE:
- Selecione o modo recém-nascido.
- Acesse o menu principal.
- Clique em OxyCRG.
- Você terá acesso às configurações e tendências (figura 1 e figura 3).
Figura 4
Conclui-se que o Oxicardiorespirograma viabiliza a monitorização completa do paciente neonato, permitindo verificar a causa primária de uma instabilidade, facilitando o diagnóstico e garantindo maior segurança ao paciente por meio de uma monitorização eficaz.
Entre em contato conosco e saiba mais sobre os monitores da GE Healthcare!
REFERÊNCIAS
1. Barrington KJ, Finer NN, Wilkinson MH. Progressive Shortening of the Periodic Breathing Cycle Duration in Normal Infants. Vol. 21, International Pediatric Research Foundation, Inc. 1987.
2. Schreib AW, Arzt M, Heid IM, Jung B, Böger CA, Stadler S. Periodic breathing is associated with blood pressure above the recommended target in patients with type 2 diabetes. Sleep Med X. 2020 Dec 1;2.
O contexto para a hipotermia
O organismo humano possui um sistema termorregulador que mantém a temperatura corporal em torno de 37°C a fim de manter o metabolismo basal eficaz através do equilíbrio na produção de calor (termogênese) e da dissipação de calor (termódise).
A termogênese depende da reserva de calor e do oxigênio necessário para a metabolização das reservas de energia diminuída em pessoas exaustas, hipóxicas ou traumatizadas.
A termódise depende de vestimentas e fatores ambientais.
Termólise
- Irradiação: A pele irradia calor para o meio ambiente e este esfria a pele.
- Condução: Perda de calor por contato. Depende da temperatura das substâncias que entram em contato e sua capacidade condutora. Ex.: mesa cirúrgica.
- Convecção: É uma forma especial de condução que se refere ao movimento do ar. Quanto maior a velocidade do ar, maior a transferência de calor.
- Evaporação: Perda de calor quando um líquido passa ao estado gasoso. Tem dois componentes, pele e respiração. Em cirurgias com exposição visceral pode aumentar de forma considerável a perda de temperatura.
Se tratando de ambiente hospitalar, durante um procedimento anestésico cirúrgico, foi constatado que 20% dos pacientes apresentam hipotermia no período perioperatório, principalmente causada pela ação direta das drogas anestésicas e pelo resfriamento do ambiente cirúrgico, e que 60% evoluem para hipotermia no período pós-operatório.
Causas para hipotermia
As drogas anestésicas atuam no centro de termorregulação, inibindo respostas ao frio como vasoconstrição e tremores musculares. Além de possuírem ação vasodilatadora.
Quando ocorre o fim da anestesia, a interrupção da infusão das drogas e a diminuição da concentração das mesmas no sistema nervoso central faz com que o mecanismo de termorregulação tenda a voltar ao normal, porém muitas drogas possuem efeito residual e meia vida longa, fazendo com que se prolongue a eficácia do mecanismo de regulação.
A hipotermia é considerada quando se atinge temperaturas abaixo de 36°C e pode ser leve (34°C -36°C), moderada (30°C-34°C) ou grave (abaixo de 30°C). E leva a diversas complicações pós-operatórias como alterações cardiovasculares, coagulopatias, aumento do risco de infecção, alterações hidroeletrolíticas, entre outras.
Apesar de todas essas evidências, ainda não é de costume utilizar rotineiramente monitorização para aferição de temperatura durante os procedimentos cirúrgicos. O diagnóstico precoce e utilização de medidas de aquecimento durante o ato cirúrgico é fundamental para que se evite complicações futuras.
Fatores de risco
Dentre os fatores de risco para a hipotermia os mais importantes estão relacionados à própria técnica anestésica.
Estudos demonstraram que técnicas combinadas como anestesia geral e bloqueio de neuroeixo concomitante são mais propícias a desencadear hipotermia do que técnicas isoladas. Sendo a anestesia geral a de menor risco.
Isso se deve à combinação dos efeitos diretos das drogas no centro termorregulador somado a ação vasoconstritora dos bloqueios espinhais.
O uso de opioides também tem íntima relação com a hipotermia intraoperatória, uma vez que agem no hipotálamo, quando administrados por via venosa, exercendo efeitos farmacológicos nos receptores mu do centro termorregulador assim como através dos receptores kappa periféricos da medula espinhal em bloqueios de neuroeixo.
A idade também é um fator de risco para a hipotermia. Pacientes idosos possuem uma resposta ineficaz ao calor, resposta vasoconstritora diminuída, menos massa muscular assim como menor capacidade de produzir calor.
Fatores relacionados a cirurgia como tempo cirúrgico prolongado, cirurgias abertas, sangramento, maior exposição ao ambiente frio e mecanismos de irrigação contínua no pós-operatório, contribuem para o estabelecimento de hipotermia e sua perpetuação no período pós-operatório.
Sendo assim, a diminuição dos fatores de risco somados à aferição de rotina da temperatura nos pacientes cirúrgicos, principalmente durante a primeira hora do procedimento cirúrgico é fundamental para se evitar a queda da temperatura durante a cirurgia e consequentemente evitar as complicações pós-operatórias relacionadas a hipotermia.
Uso de mantas e colchões térmicos, infusões aquecidas e aumento da temperatura do ambiente cirúrgico são medidas de suporte eficazes para manter o paciente aquecido.
Essas medidas também devem ser mantidas durante o tempo em que o paciente permanece na recuperação pós anestésica4, uma vez que grande parte dos pacientes apresenta queda da temperatura no período pós-operatório também.
Vale muito ressaltar que a Hipotermia no paciente cirúrgico é:
Comum:
- Os pacientes perdem em média 3ºC durante a anestesia6,8.
- A maior perda é durante a primeira hora de anestesia8.
- A incidência de hipotermia é de 60 a 85% no pós-operatório dos pacientes que não utilizaram sistema de aquecimento por ar, por convecção9,11.
Custosa:
- Pacientes com hipotermia custam em média US$ 7.000 ao hospitais12.
- Apresentam 2,6 dias a mais de permanência hospitalar13.
Debilitante:
- Infecção de feridas aumentam 19% nos pacientes hipotérmicos13.
- Aumento de taxa de mortalidade em 31% nos pacientes hipotérmicos14,15.
Diante de todos estes pontos críticos, o conselho federal de medicina através da resolução 2174/17 dispõe sobre a prática do ato anestésico, definindo as condições de segurança correlacionadas à utilização de materiais e condutas que garantam uma anestesia segura.
Dentre suas considerações, é determinado:
“Art. 3º Entende-se por condições mínimas de segurança para a prática da anestesia a disponibilidade de:
I – Monitorização do paciente, incluindo:
c) Determinação da temperatura e dos meios para assegurar a normotermia em procedimentos com duração superior a 60 (sessenta) minutos e nas condições de alto risco, independentemente do tempo do procedimento (prematuros, recém-nascidos, história anterior ou risco de hipertermia maligna e síndromes neurolépticas).”15
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Referências bibliográficas
- Horn EP, Bein B, Broch O, et al. Warming before and after epidural block before general anaesthesia for major abdominal surgery prevents perioperative hypothermia: a randomised controlled trial. Eur J Anaesthesiol. 2016;33:334-340. doi: 10.1097/EJA.0000000000000369
- Gurunathan U, Stonell C, Fulbrook P. Perioperative hypothermia during hip fracture surgery: An observational study. J Eval Clin Pract. 2017;23:762-766.
- Mendonça FT et al. Fatores de risco para hipotermia pós‐operatória em sala de recuperação pós‐anestésica: estudo piloto prospectivo de prognóstico. Brazilian Journal of Anesthesiology. 2019 Mar-Abr; 69(2):122-130.
- Horosz B, Malec-Milewska, Małgorzata. Inadvertent intraoperative hypothermia. Anaesthesiology Intensive Therapy 2013, vol. 45, no 1, 38–43.
- Torossian, A. Thermal management during anaesthesia and thermoregulation standards for the prevention of inadvertent perioperative hypothermia. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology Vol. 22, No. 4, pp. 659–668, 2008.
- Matsukawa T, Sessler DI, Sessler, AM et al. Heat flow and distribution during induction of general anesthesia. Anesthesiology 1995; 82: 662–673.
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