A evolução da anestesiologia passa pela incorporação de tecnologias como a eletroencefalografia, que auxiliam na tomada de decisões mais precisas e na busca por desfechos clínicos cada vez melhores.
Para o profissional anestesiologista, utilizar as tecnologias avançadas, como a eletroencefalografia, é fundamental para garantir os melhores recursos possíveis durante os procedimentos, obtendo sempre os melhores desfechos clínicos.
Pensando nisso, a ciência está sempre evoluindo e trabalhando em cima dos equipamentos disponíveis, a fim de avaliar e promover essa melhoria contínua.
Nesta análise, vamos abordar as observações do Dr. Giorgio Pretto, anestesiologista e embaixador clínico da MA Hospitalar, sobre o artigo científico “Use of Processed Electroencephalography in the Clinical Setting“ pelos autores David A Mulvey e Peter Klepsch.
Publicado em 2020 na revista Current Anesthesiology Reports, este artigo oferece uma visão abrangente sobre o uso e o potencial dos monitores de atividade cerebral processados na prática clínica.
Importância fundamental dos monitores de atividade cerebral processados
Desde a introdução dos primeiros monitores de atividade cerebral processados na década de 1990, houve um interesse crescente em avaliar a profundidade anestésica.
Isso se deve, em parte, à necessidade de reduzir o risco de consciência transoperatória, uma preocupação significativa na anestesiologia.
Destaca-se a importância fundamental dos monitores de atividade cerebral processados na anestesiologia contemporânea, tendo a eletroencefalografia como grande aliada.
- Destaque para o papel crucial desses dispositivos na avaliação da profundidade anestésica e na redução do risco de consciência transoperatória.
- O Dr. Giorgio Pretto ressalta que os monitores de atividade cerebral processados representam um avanço significativo na prática anestésica, oferecendo uma ferramenta valiosa para os anestesiologistas monitorarem e ajustarem a profundidade da anestesia de forma mais precisa do que nunca.
Exploração da complexidade da atividade cerebral
Uma crítica comum aos monitores de atividade cerebral processados é sua simplificação excessiva por meio de um único valor numérico.

O Dr. Giorgio Pretto concorda com essa avaliação e enfatiza a necessidade de explorar além desse índice na eletroencefalografia para obter uma compreensão mais completa da atividade cerebral durante a anestesia.
- Reconhecimento da limitação da simplificação por meio de um único valor numérico.
- Ênfase na necessidade de explorar além desse índice para uma compreensão mais completa da atividade cerebral durante a anestesia.
- Enfatiza-se que a atividade cerebral é complexa e multifacetada, e um único valor numérico não pode capturar totalmente essa complexidade. Portanto, é crucial que os anestesiologistas estejam cientes das diversas métricas disponíveis nos monitores de atividade cerebral processados e as interpretem em conjunto para tomar decisões clínicas informadas.
Implicações clínicas específicas da eletroencefalografia
O Dr. Giorgio Pretto discute as implicações clínicas específicas da eletroencefalografia destacadas no artigo, especialmente em relação a diferentes faixas etárias e estados de saúde.
Ele enfatiza a importância de adaptar a monitorização da atividade cerebral para pacientes idosos e frágeis, levando em consideração fatores como a densidade espectral bilateral e a assimetria do DSA.

- Adaptação da monitorização da atividade cerebral para diferentes grupos, como pacientes idosos e frágeis.
- Consideração de fatores como a densidade espectral bilateral e a assimetria do DSA.
- Destaca-se a importância de adaptar a monitorização da atividade cerebral de acordo com as características individuais dos pacientes, como idade, estado de saúde e medicamentos concomitantes. É enfatizado que a abordagem única não é adequada e que os anestesiologistas devem estar preparados para ajustar as configurações dos monitores de acordo com as necessidades específicas de cada paciente.
Considerações finais e perspectivas futuras na eletroencefalografia
- Ênfase na importância de uma análise detalhada dos dados fornecidos pelos monitores de atividade cerebral processados.
- Necessidade de evitar tanto a anestesia excessivamente profunda quanto a consciência transoperatória.
- Reconhecimento da complexidade da atividade cerebral e importância de não simplificar em excesso os dados obtidos.
- Dr. Giorgio Pretto destaca que a monitorização da atividade cerebral processada está em constante evolução e que novas métricas e técnicas estão sendo desenvolvidas para melhorar ainda mais a precisão e utilidade desses dispositivos na prática clínica.
Considerações sobre o SEDLINE – Patient State Index
Além do conteúdo discutido no artigo, é relevante mencionar o Patient State Index (PSI) da SEDLINE como uma ferramenta adicional para avaliação da hipnose adequada durante a anestesia geral.

- Destaque para o valor do PSI da SEDLINE como uma ferramenta adicional para avaliar a hipnose adequada durante a anestesia geral.
- Vantagens deste índice em relação a filtros de artefatos e seu desempenho em diferentes populações, como idosos.
- Dr. Pretto ressalta que o PSI da SEDLINE representa uma abordagem promissora para avaliar a profundidade anestésica de forma mais precisa e confiável em uma variedade de contextos clínicos. Ele enfatiza a importância de pesquisas futuras para validar ainda mais a eficácia e utilidade deste índice em diferentes populações de pacientes e condições clínicas.
- Conheça mais sobre o SEDLINE e o PSI na profundida anestésica em nosso material!
Conclusão
Em conclusão, a análise do Dr. Giorgio Pretto oferece insights valiosos sobre a importância e o potencial dos monitores de atividade cerebral processados na prática clínica anestésica.
Suas observações destacam a necessidade de uma abordagem abrangente e cuidadosa ao utilizar esses dispositivos, reconhecendo a complexidade da atividade cerebral e adaptando a monitorização de acordo com as características individuais dos pacientes.
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Referências
- Mulvey DA, Klepsch P. Use of Processed Electroencephalography in the Clinical Setting. Curr Anesthesiol Rep. 2020;10(4):480-487. doi: 10.1007/s40140-020-00424-3. Epub 2020 Oct 23. PMID: 33110400; PMCID: PMC7581499.
A monitorização anestésica é essencial compreender como diferentes anestésicos afetam o cérebro de maneiras distintas, revelando padrões únicos no EEG que ajudam a guiar a anestesia com mais precisão e segurança.
Em um mundo onde a segurança e o bem-estar dos pacientes são prioritários, compreender a atividade cerebral durante a anestesia é crucial. Por isso, a eletroencefalografia clínica é um importante recurso para a prática dos anestesiologistas.
O Dr. Giorgio Pretto, especialista em Anestesiologia formado pela Faculdade de Medicina da USP e atual Embaixador Clínico da MA Hospitalar, analisou recentemente um artigo científico abrangente sobre a monitorização da profundidade anestésica.
Esse trabalho se baseou em um artigo seminal intitulado “Clinical Electroencephalography for Anesthesiologists: Part I: Background and Basic Signatures“¹, escrito por uma equipe de especialistas composta por Patrick L Purdon, Aaron Sampson, Kara J Pavone e Emery N Brown.
Análise de literatura
A revisão realizada do artigo destaca a inadequação de depender exclusivamente de índices padronizados para monitorizar a profundidade da anestesia.
É ressaltada a importância de entender as características únicas de diferentes anestésicos e como eles se manifestam na atividade cerebral.
Ao contrário da crença comum de que um único índice pode definir o nível de inconsciência para todos os anestésicos, a revisão revela que diferentes anestésicos agem em alvos moleculares e circuitos neurais distintos, resultando em estados cerebrais diferentes, claramente identificáveis no eletroencefalograma (EEG).
Conclusões do artigo sobre eletroencefalografia clínica
Os resultados da revisão sugerem que a alteração da consciência durante a anestesia é mais influenciada por oscilações na atividade neural do que por ações em locais específicos.
Também foi observado que a anestesia causa 5 a 20 vezes mais oscilações que a atividade normal.
Além disso, foi observado que a análise detalhada do Density Spectral Array (DSA) parece ser mais útil do que depender apenas de índices padronizados.
Ademais, adjuvantes em baixas doses mostraram ter pouca interferência na monitorização da profundidade anestésica.
Monitor SEDLINE – Patient State Index
O SEDLINE com Patient State Index (PSI) é apresentado como uma ferramenta valiosa na monitorização da profundidade anestésica. Destacam-se os seguintes pontos:
- Faixa de valor de 25 a 50 indicando hipnose adequada durante a anestesia geral.
- Melhor filtro de artefatos, com aplicação bilateral.
- Melhor desempenho em baixas voltagens, o que é especialmente relevante em pacientes idosos.
- Sensor adequado para pacientes acima de 1 ano de idade.
- Utilização do Density Spectral Array (DSA) bilateral com assimetria para uma avaliação mais abrangente.
- Inclusão de parâmetros como SR (Suppression Ratio), SEF (Spectral Edge Frequency) e EMG (Eletromiografia) para uma análise mais completa.
Essa ferramenta, desenvolvida pela Masimo, é uma tecnologia revolucionária no campo da monitorização da profundidade anestésica. Com sua avançada análise de EEG (eletroencefalograma), o SEDLine oferece uma visão abrangente e precisa do estado cerebral do paciente durante o procedimento anestésico.

Uma das características distintivas do SEDLine é o seu Patient State Index (PSI), que fornece uma medida contínua e em tempo real da profundidade da anestesia.
Este índice, baseado em algoritmos sofisticados, permite aos anestesiologistas monitorar de forma precisa e confiável o nível de consciência do paciente, ajudando a evitar a consciência durante a cirurgia e a garantir uma anestesia segura e eficaz.
Além disso, o SEDLine oferece recursos avançados, como filtros de artefatos bilaterais e Density Spectral Array (DSA) bilateral com assimetria, proporcionando uma análise mais detalhada e abrangente da atividade cerebral.
Isso permite uma avaliação mais precisa das oscilações na atividade neural, fornecendo informações valiosas para o ajuste adequado da anestesia.
Outra vantagem do SEDLine é sua capacidade de adaptar-se a uma variedade de cenários clínicos, desde pacientes pediátricos até idosos, e em diferentes tipos de anestesia, como inalatória e intravenosa.
Além disso, sua interface intuitiva e fácil de usar torna a interpretação dos dados simples e acessível para os profissionais de saúde.
Saiba mais sobre a plataforma ROOT no nosso artigo sobre uso da eletroencefalografia em ambiente clínico!
Conclusão
Segundo Dr. Giorgio Pretto, o artigo destaca a importância de uma abordagem abrangente na monitorização da profundidade anestésica.
Ao considerar as características individuais dos anestésicos e utilizar ferramentas como o SEDLINE com PSI, os anestesiologistas podem garantir uma anestesia mais segura e eficaz para seus pacientes.
Essa abordagem, baseada em evidências científicas sólidas, promove avanços significativos na prática clínica e no cuidado ao paciente durante o período perioperatório.
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Mais informações
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Referências
- Purdon PL, Sampson A, Pavone KJ, Brown EN. Clinical Electroencephalography for Anesthesiologists: Part I: Background and Basic Signatures. Anesthesiology. 2015 Oct;123(4):937-60. doi: 10.1097/ALN.0000000000000841. PMID: 26275092; PMCID: PMC4573341.
O SEDLINE, monitor derivado do eletroencefalograma (EEG), revoluciona a avaliação do grau de sedação e hipnose em anestesias gerais.
A administração precisa de anestesia é uma tarefa complexa, onde a monitorização eficaz da profundidade anestésica desempenha um papel crucial. Enquanto parâmetros hemodinâmicos fornecem informações valiosas, sua precisão muitas vezes é insuficiente.
O SEDLINE e seus parâmetros avançados
No cerne do SEDLINE está o PSI (Patient State Index), um parâmetro fundamental que traduz a atividade cerebral em uma escala compreensível.
Além do PSI, o monitor oferece um conjunto abrangente de indicadores, incluindo o SR (Suppression Ratio), matriz espectral (DAS), assimetria da atividade cerebral, SEF (frequência de borda espectral) e eletromiografia (EMG).
Esses elementos não apenas refinam a condução da anestesia, mas possibilitam uma titulação precisa dos anestésicos, reduzindo significativamente complicações.
A utilização de sensores bilaterais é um marco no aprimoramento da monitorização. Essa abordagem não apenas proporciona um filtro eficaz para artefatos, mas também aumenta substancialmente a confiabilidade da avaliação, garantindo uma abordagem mais segura e precisa.
Adaptação para pacientes específicos
Um avanço notável é o ajuste do novo algoritmo do SEDLINE para pacientes com EEG de baixa potência, uma condição comum em idosos.
Esta adaptação é um testemunho do compromisso em atender às necessidades específicas de diferentes grupos de pacientes, garantindo uma monitorização eficaz em todas as circunstâncias.

Inovação pediátrica
O cuidado pediátrico recebe um impulso significativo com a disponibilidade de sensores pediátricos do SEDLINE, adequados para crianças acima de 1 ano.
Essa adição é crucial, uma vez que monitores de profundidade anestésica têm historicamente enfrentado desafios de validação em pacientes pediátricos. O SEDLINE preenche essa lacuna, assegurando uma abordagem segura e precisa em cirurgias pediátricas.
Integração sinérgica com o Monitor ROOT da Masimo
A integração do SEDLINE ao monitor ROOT da Masimo é uma jogada estratégica que expande as capacidades da monitorização perioperatória.
Não se limitando à profundidade anestésica, essa integração permite a utilização de vários monitores na mesma plataforma, incorporando também oximetria cerebral e avaliação periférica da hemoglobina.
Isso representa um avanço significativo na busca por uma abordagem holística da monitorização em procedimentos cirúrgicos.
- Descubra mais sobre a plataforma ROOT no nosso artigo sobre o algoritmo Sedline para o PSI no uso em idosos!
Revisão crítica do Dr. Giorgio Pretto
A revisão do artigo “Monitoring Anesthesia depth with patient state index during pediatric surgery” pelo Dr. Giorgio Pretto, Doutor em Anestesiologia pela Faculdade de Medicina da USP e Embaixador Clínico da MA Hospitalar, destaca aspectos cruciais da eficácia do SEDLINE.
O estudo, conduzido de forma prospectiva e observacional, envolveu 113 pacientes entre 1 e 18 anos, submetidos a anestesia geral. A comparação dos valores do SEDLINE com a avaliação clínica revelou uma concordância notável, evidenciando a precisão do monitor.
Surto supressão e delírio de emergência em crianças
Uma descoberta intrigante foi o surto supressão no início da anestesia, associado a eventos como delírio de emergência em crianças. Essa observação destaca a importância crítica da monitorização contínua, visando mitigar complicações emergentes.
Conclusões e implicações clínicas
A ausência de monitor cerebral durante a anestesia resulta em PSI médio abaixo do recomendado, com episódios frequentes de surto supressão.
A condução não guiada por monitor cerebral é uma realidade que pode levar a consequências adversas, reforçando a necessidade crescente de ferramentas como o SEDLINE.
O estudo revelou também que crianças menores de 2 anos apresentam PSI mais alto, sem estar diretamente relacionado à consciência transoperatória. Essa observação desafia preconcepções e destaca a complexidade da resposta anestésica em diferentes faixas etárias.

Conclusão final
Em um cenário onde a precisão na administração de anestesia é imperativa, o SEDLINE e o PSI surgem como ferramentas necessárias na monitorização da profundidade anestésica.
Suas características inovadoras, como sensores bilaterais, adaptação para idosos e especificações pediátricas, posicionam essas tecnologias como fundamentais para a segurança e eficácia em procedimentos cirúrgicos.
A integração com o monitor ROOT da Masimo amplia ainda mais o espectro de monitorização perioperatória, oferecendo uma visão abrangente do estado do paciente.
A revisão crítica do Dr. Giorgio Pretto valida e enriquece a compreensão dessas inovações, solidificando sua relevância na prática anestésica contemporânea.
Em síntese, o SEDLINE e o PSI representam uma revolução na monitorização anestésica, proporcionando uma abordagem precisa, adaptável e abrangente para profissionais da saúde.
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Referências
Ricci Z, Robino C, Rufini P, Cumbo S, Cavallini S, Gobbi L, Brocchi A, Serio P, Romagnoli S. Monitoring anesthesia depth with patient state index during pediatric surgery. Paediatr Anaesth. 2023 Oct;33(10):855-861. doi: 10.1111/pan.14711. Epub 2023 Jun 19. PMID: 37334678.