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O Sistema de gerenciamento de microclima Microclimate Management™ (MCM) é um sistema de terapia de redistribuição de pressão otimizado que limita os efeitos de temperatura e o acúmulo de umidade, sendo assim, reduzindo o risco de lesões no tecido cutâneo causado pelo calor e/ou umidades excessivos. 

De acordo com a nova diretriz da National Pressure Ulcer Advisory Panel – NPUAP publicada em 2016, Lesão por Pressão (LPP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato.

A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa1.

Sabe-se que o efeito patológico dessa lesão pode ser influenciado por intensidade da pressão, tempo de duração da pressão e a tolerância residual – Fricção, cisalhamento e microclima (umidade e temperatura dos tecidos)2. [Figura 1] 

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Figura 1: Causas frequentes das lesões por pressão. Fonte: Kwon J., 2016. 

Mas o que é MICROCLIMA na lesão por pressão? 

De acordo com CLARK et al. (2010), o microclima se refere à relação entre a temperatura e a umidade na superfície da pele e na interface com a superfície de apoio3.

Recentemente o microclima da pele (temperatura e umidade) foi reconhecido como sendo um dos fatores que reduz a tolerância do tecido à pressão e ao cisalhamento (NPUAP, 2016)1.

Muitos estudos têm mostram que há uma considerável relação entre o microclima da pele e o desenvolvimento de lesão por pressão em indivíduos saudáveis, sendo um importante parâmetro clínico a ser avaliado na prevenção destas lesões. 

Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), nos Estados Unidos a prevalência de LPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7%4.

No Brasil, embora existam poucos trabalhos sobre incidência e prevalência de LPP, um estudo realizado em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%5.

As taxas de incidência e prevalência na literatura apresentam variações que se devem às características dos pacientes e ao nível de cuidado, diferenciando-se em cuidados de longa permanência, cuidados agudos e atenção domiciliar: 

  • Cuidados de longa permanência: as taxas de prevalência variam entre 2,3% e 28% e as taxas de incidência entre 2,2 % e 23,9%6
  • Cuidados agudos: as taxas de a prevalência estão em torno de 10 a 18% e de incidência variam entre 0,4% e 38%6
  • Atenção Domiciliar: as taxas de prevalência variam entre 0% e 29% e as de incidência variam entre 0% e 17%6

Lesões por pressão causam danos consideráveis aos pacientes, dificultando o processo de recuperação funcional, frequentemente causando dor e levando ao desenvolvimento de infecções graves, também têm sido associadas a internações prolongadas, sepse e mortalidade.

Apesar da maioria das lesões por pressão ser evitável, estima-se que aproximadamente 600 mil pacientes em hospitais dos EUA evoluam a óbito a cada ano em decorrência de complicações secundárias à essa condição. O custo total estimado do tratamento de LPP nos EUA é de 11 bilhões de dólares por ano6

De acordo com as diretrizes internacionais de 2019, a maioria dos casos de lesão por pressão pode ser evitada e sugere ainda que dentro das seis etapas essenciais para uma estratégia de prevenção, há a redistribuição da pressão através da mudança de decúbito ou reposicionamento, medidas preventivas de fricção e de cisalhamento (microclima) e utilização de materiais e equipamentos para redistribuição de pressão7

Sendo assim o sistema de gerenciamento de microclima Microclimate Management™ (MCM) das camas Hillrom Baxter podem contribuir e muito com as estratégias de prevenção de LPP pois minimiza a pressão excessiva proveniente da sobrecarga mecânica aplicada nos tecidos moles. 

Como esse sistema funciona? 

O Microclimate Management™ (MCM) é uma tecnologia que foi desenvolvida para eliminar os efeitos de calor e umidade entre a pele e a superfície de apoio. Nela, o tecido da superfície (colchão) tem um papel fundamental para sua eficiência.

Produzidas com um tecido frio, suave, respirável e com costura a laser, as superfícies da Hillrom Baxter permitem que o calor e a umidade passem pela capa e entrem no fluxo de ar contínuo, e consequentemente levados para fora da superfície de apoio. (Figura 2) 

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Figura 2: Microclimate Management™ (MCM) atuando em conjunto com a tecnologia inovadora de tecido das superfícies Hillrom Baxter que permitem a regulação do calor e umidade da pele do paciente.  

O sistema de gestão do microclima Microclimate Management™ (MCM) é ativado automaticamente quando o sistema de terapia da cama é ligado ou de forma manual através do botão específico “MCM”. Ele opera continuamente enquanto o paciente está na cama e ajuda a diminuir o acúmulo de umidade e calor localizados que ocorrem entre o paciente e a superfície (colchão).  

Em quais camas da Baxter o sistema Microclimate Management™ (MCM) pode ser encontrado? 

O Microclimate Management™ (MCM) pode ser encontrado em todas as Superfícies de Terapia das camas Baxter Accella, Progressa e Compella™.

Nas camas Progressa e Compella™ o sistema é acionado automaticamente em conjunto com outras terapias. No modelo Accella, também pode ser acionado de forma manual através do botão específico para esta função – “MCM”. 

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Referências

  1. National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016; Disponível em: http://www.npuap.org/about-us  
  1. Kwon R. e Janis J.E, Pressure Sores, 2016. Disponível em https://plasticsurgerykey.com/pressure-sores  
  1. CLARK, M. et al. Microclimate in context. In: INTERNATIONAL REVIEW. Pressure ulcer prevention: pressure, shear, friction and microclimate in context. A consensus document. London: Wounds International, 2010. 
  1. Moore Zena EH, Cowman Seamus. Risk assessment tools for the prevention of pressure ulcers. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, 2009. 
  1. Rogenski NMB, Santos VLCG. Estudo sobre a incidência de úlceras por pressão em um Hospital Universitário.Rev Latino-am Enfermagem 2005 julho-agosto; 13(4):474- 80. 
  1. Cuddigan, J., Ayello, E. A., & Sussman, C. (Eds.) (2001). Pressure ulcers in America: Prevalence, incidence, and implications for the future. Reston, VA: National Pressure Ulcer Advisory Panel. Evidence Level I: Systematic Review/Meta-Analysis apud Preventing pressure ulcers and skin tears. In: Evidence-based geriatric nursing protocols for best practice. 
  1. Prevention and treatment of Pressure Ulcers/Injuries: Clinical Practice Guideline, 2019. Disponível em: https://epuap.org/pu-guideline/ 

Nos últimos anos, sem dúvida nenhuma, a ventilação invasiva ganhou protagonismo no tratamento de pacientes que sofrem de insuficiência respiratória.

Apesar de salvar vidas, o método também pode ser prejudicial aos pacientes que dela necessitam — como, por exemplo, a Pneumonia Associada a Ventilação (PAV), instabilidade hemodinâmica, entre outras comorbidades.

Pacientes que são submetidos a ventilação invasiva precisam, muitas vezes, de uma prótese posicionada nas vias aéreas — que chamamos de tubos endotraqueais.

Estudos comprovam que a PAV acontece entre 48 a 72 horas após a intubação endotraqueal — e pode ser classificada como precoce quando a pneumonia acontece até o quarto dia de internação ou tardia quando ocorre a partir do quinto dia de internação.

VOCÊ SABIA?

Que aproximadamente entre 10 a 15% dos pacientes que são intubados desenvolvem PAV — e que a incidência de mortalidade dentro das UTIs, com pacientes submetidos à ventilação mecânica devido a essa infecção gira em torno de 30 a 60%? 

Esta infecção está muito ligada a uma série de fatores, como o desequilíbrio, pela invasão de vias áreas inferiores, contaminando o pulmão.

A PAV é representada por secreções da porção respiratória superior (boca, nariz, faringe) que ficam muitas vezes posicionadas acima dos cuffs, mais conhecidos como balonetes, nos tubos endotraqueais.

O risco de PAV aumenta quando falamos de pacientes com DPOC (Doenças Obstrutivas Crônicas), SDRA (Síndrome do desconforto respiratório).

COMO PODEMOS EVITAR A PAV?

Dentro das unidades de terapia intensiva, devemos contar com alguns fatores bastante relevantes no cuidado com estas infecções que normalmente já fazem parte do dia a dia da equipe clínica, como por exemplo: higienização e assepsia nos procedimentos de intubação, aspiração antes da extubação de pacientes — e um ponto muito importante, porém pouco visto, que é o posicionamento adequado dos pacientes.

O posicionamento, apesar de muito simples, ainda é algo pouco utilizado e estudos comprovam que este tema de fato é muito relevante na minimização da mortalidade de pacientes com PAV. 

Segundo o Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, a inclinação de cabeceira se mostra muito eficaz, pois, pode de fato minimizar a incidência tanto de PAV, como pode auxiliar no retorno venoso encefálico. Este método está logicamente ligado a cada tipo de clínica, ou seja, se o paciente não tiver contra indicações para esse tipo de posicionamento, o mesmo deve ser colocado entre 35° a 45°.

Em estudo, podemos observar vários protocolos/indicações que auxiliam nesta prevenção — ou até mesmo a diminuição dessas ocorrências de PAV como:

  • Na ausência de contraindicação médica, deve-se elevar o ângulo de 30 a 45° a cabeceira da cama, incentivar todos os pacientes a deslocar-se da cama e deambular (caminhar).
  • A mobilização da posição horizontal para a posição vertical pode provocar melhora na aeração e distribuição do fluxo sanguíneo, reduzindo o risco de aspiração.
  • A mobilização precoce do paciente em internamento hospitalar reduz a incidência de PAV e reduz o tempo de internamento hospitalar.
  • O posicionamento semi-sentado de todos pacientes que não possuem contra indicação.
  • Profilaxia de úlcera de estresse.
  • Aspiração de secreções.

A Hillrom é uma empresa que traz consigo grandes pilares como:

  • Melhor ergonomia à equipe (cuidado com o cuidador)
  • Prevenção de PAV
  • Prevenção de lesão por pressão 
  • Prevenção de quedas

A empresa possui um portfólio bastante completo quando se trata de cuidado com o paciente, pois auxilia a equipe em minimização de PAV, através de angulação de cabeceira indicada nas laterais das camas e também localizada em porção inferior. Um recurso super necessário é o alarme de angulação de cabeceira — que pode ajudar a equipe, caso o paciente por algum motivo queira manusear os controles da cama. 

Estes recursos acontecem através de movimentos funcionais e elétricos com um só toque de elevação de cabeceira, pés, entre outras funcionalidades — estas tecnologias estão presentes em toda a linha Centuris, HR900, Accella e Progressa.

A disponibilidade desta função em camas traz mais segurança e funcionalidade na utilização para toda a equipe clínica, visto que somente de olhar a angulação das camas seria impossível termos uma exatidão desta angulação. Muitos hospitais não dispõem dessa tecnologia e acabam deixando de lado a prevenção e acarretando piora do quadro dos pacientes sujeitos a VM (Ventilação Mecânica).

A queda de pacientes dentro dos hospitais é um grande e importante problema dentro das unidades. Visando esse problema, a Hillrom traz em modelos de camas, alarmes de saída que possibilitam três níveis de condução como: levantamento do dorso, membro inferior para fora do leito e saída completa do leito. A luz noturna também é um recurso muito importante, onde técnicos, enfermeiros e médicos, têm visibilidade mesmo de longe da indicação laranja para alturas de risco e verde para altura adequada para o paciente. Outra função significativa também em camas Hillrom é alarme de freio.

Em se tratando de lesão de pele, a empresa oferece grandiosos benefícios através de superfícies e tecnologias anticisalhamento, onde minimiza-se ao máximo a incidência de desenvolvimento de úlcera conhecida como lesão por pressão.

Essas tecnologias foram desenvolvidas de acordo com a NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel), organização norte-americana dedicada à prevenção e ao tratamento de lesões por pressão. 

Além de todos os benefícios que a marca oferece ao paciente na aquisição de segurança, prevenção e conforto aliado a essas ferramentas, outro pilar bastante evidentes são os riscos ergonômicos, que caem aproximadamente zero, visto que se trata de um equipamento totalmente eletrônico onde se evitam esforços e minimiza a lesão da equipe clínica ao posicionar/mobilizar o paciente ou somente ao auxiliá-lo na saída do leito.

Portanto, conclui-se que com algumas medidas simples é possível reduzir expressivamente a incidência de pneumonia associada à ventilação.

Outro diferencial é a equipe entender a importância das ferramentas e o cumprimento de protocolos essenciais para a minimização dos riscos infecciosos dentro das unidades hospitalares.

Quer conhecer mais sobre as nossas tecnologias revolucionárias e saber quais são os modelos que oferecemos para auxiliar nos quatro pilares dentro da unidade de saúde? 

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REFERÊNCIA

  • Prade SS, Oliveira ST, Rodrigues R, Nunes FA, Netto EM, Felix JQ, et al. Estudo brasileiro da magnitude das infecções hospitalares em hospitais terciários. Rev Contr Infec Hosp. 1995;2:11-24.
  • Pereira CA, Carvalho CRR, Silva JLP, Dalcolmo MMP, Messeder OHC. Parte II – Pneumonia Nosocomial.Consenso Brasileiro de Pneumonias em indivíduos adultos imunocompetentes. J Pneumol. 2001;27(Supl 1): S22-S40.
  • Guimarães MMQ, Rocco JR. Prevalência e prognóstico dos pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica em um hospital universitário. J Bras Pneumol. 2006;32(4):339-46.
  • III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Ventilação mecânica: fisioterapia no paciente sob ventilação mecânica. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 33(Supl 2), p. 142-150, 2007.