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Sedoanalgesia nos pacientes críticos: quais os cuidados essenciais?

A sedoanalgesia nos pacientes críticos é utilizada a fim de diminuir as dores e a ansiedade do paciente e tornar o tratamento médico menos desconfortável e mais eficaz. Para aplicá-la, no entanto, é preciso estar atento às condições clínicas, aos horários corretos para ministrá-las e aos remédios indicados para cada caso.

Utilizada para trazer mais conforto no tratamento médico, a sedoanalgesia nos pacientes críticos tem o objetivo de sanar – ou pelo menos diminuir – as dores e incômodos relatados por aqueles enfermos que estão internados na UTI.

O tratamento é feito usando a combinação de analgésicos com sedativos, e além de minimizar as dores físicas, ainda ajuda a reduzir a ansiedade tão recorrente em quem está enfrentando um tratamento médico.

Apesar disso, é preciso ter atenção à sedoanalgesia em pacientes críticos, pois esse procedimento pode causar depressão respiratória, sonolência excessiva, confusão mental e até mesmo dependência.

O que é sedoanalgesia e sua aplicação em pacientes críticos?

A sedoanalgesia é um tratamento médico que combina sedativos (medicamentos que atuam no sistema nervoso central), e analgésicos, que têm objetivo de aliviar a dor aguda ou crônica.

De acordo com o Guia de cuidado “Analgesia, sedação e manejo do delirium em pacientes adultos sob ventilação mecânica” do Hospital Albert Einstein, cerca de 50 a 80% dos pacientes internados, em ambiente de terapia intensiva, apresentam dor e/ou desconforto. Nesses pacientes, a dor é semelhante àquela que acomete pacientes clínicos e cirúrgicos. 

Sendo assim, a importância da sedoanalgesia UTI se dá para aliviar, ao máximo, esse desconforto. O guia aponta que pacientes críticos sentem dor em situações que normalmente não ocorreriam em indivíduos saudáveis. O simples fato de fazer a mobilização no leito ou mesmo durante o repouso já causa incômodo.

Além disso, por vezes a dor é tão lancinante que o paciente não consegue falar, se alimentar e passa a ter confusão mental.

E quando aplicar a sedoanalgesia nos pacientes críticos?

De forma geral, a sedoanalgesia profunda é indicada em casos de desconforto respiratório agudo, hipoxemias refratárias, exacerbações graves de asma, controle de hipertensão intracraniana e privação do sono. 

A agitação dos pacientes muitas vezes é resultado da dor e do incômodo constante que os pacientes sentem, por isso, sedar o paciente pode ser o mais eficaz para a continuidade do tratamento.

Quais os analgésicos mais empregados em UTI?

A aplicação da sedoanalgesia inclui analgésicos comuns, opioides e anti-inflamatórios não esteroidais (AINE’s), sendo que estes últimos devem ser usados com precaução devido aos   efeitos colaterais como hemorragia gastrointestinal e insuficiência renal, que são recorrentes no ambiente da UTI.

Também é preciso prestar atenção aos horários de aplicação. Alguns protocolos de sedoanalgesia anestesistas indicam que os medicamentos devem ser ministrados com regularidade precisa (de 6h em 6h, 8h em 8h, etc.) e preferencialmente por via endovenosa. Entre os medicamentos mais usados, estão:

  • Para dor leve: analgésicos simples (dipirona e paracetamol);
  • Para dor moderada: opioides fracos (tramadol ou codeína) ou opióides fortes em doses baixas (morfina ou fentanil). 
  • Para dor intensa: opioides fortes, com monitorização contínua.

Como avaliar se a sedação está correta?

Para que a sedação esteja adequada, utiliza-se algumas escalas como ​​a SAS (sedation-agitation scale) e a RASS (Richmond agitation-sedation scale). Ambas medem o grau de agitação dos pacientes variando em números, sendo “combativo” o estado mais agitado e “coma” estado com menos respostas do paciente.

Na escala RASS, o ideal é que a pontuação oscile entre -2 que indica “sedado leve” até +1 que indica “inquieto”. Já no SAS, o indicado é que a sedação atinja o score 3.

Como o aparelho de anestesia auxilia neste processo? 

A sedoanalgesia depende significativamente do aparelho de anestesia para garantir eficácia e segurança. O equipamento facilita e automatiza a administração controlada e precisa de medicamentos, o que é crucial para ajustar a sedação e o alívio da dor conforme as necessidades específicas de cada paciente. 

Graças às bombas e sistemas de infusão integrados ao aparelho, os profissionais de saúde podem dosar os medicamentos de forma exata, evitando tanto a subdosagem quanto a super exposição a agentes sedativos, que poderiam comprometer a condição do paciente.

O  aparelho de anestesia também oferece monitoramento contínuo dos sinais vitais do paciente, como pressão arterial, frequência cardíaca e níveis de oxigênio. Esse monitoramento em tempo real é vital em situações críticas, pois permite ajustes imediatos na sedoanalgesia com base nas alterações fisiológicas do paciente.

Outro aspecto importante do aparelho de anestesia é sua capacidade de manter a estabilidade hemodinâmica durante o processo de sedoanalgesia. Ao permitir ajustes precisos nas doses, o aparelho ajuda a evitar flutuações indesejadas nos parâmetros vitais.Isso é especialmente relevante em pacientes críticos, onde a estabilidade hemodinâmica é essencial para prevenir complicações e garantir a eficácia do tratamento. 

Quais são os diferenciais do Aparelho de Anestesia Carestation CS650 Prime GE?

O Carestation CS650 Prime da GE é um aparelho de anestesia de última geração que oferece uma série de diferenciais significativos para a prática anestésica, especialmente em ambientes críticos. Dentre as vantagens, vale citar:

Monitoramento avançado

O aparelho é  equipado com uma tecnologia de monitoramento avançada que permite uma visualização clara e precisa dos sinais vitais do paciente. 

Ele inclui monitoramento contínuo de parâmetros críticos como pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio e dióxido de carbono e permite a integração com sistemas de monitoramento  para uma visão abrangente do estado clínico do paciente.

Recursos de segurança e sinalização

A segurança do paciente é uma prioridade no Carestation CS650 Prime. O aparelho inclui uma série de recursos de segurança, como alarmes integrados que notificam a equipe sobre qualquer alteração crítica nos parâmetros vitais ou falhas no sistema. 

O sistema de alarmes é configurável,e permite ajustes conforme a necessidade clínica garantindo que a equipe responda rapidamente a qualquer situação emergencial.

Sistema de ventilação avançado

O aparelho vem com um sistema de ventilação avançado que proporciona uma ventilação mecânica eficiente e ajustável, permitindo a personalização dos modos de ventilação de acordo com as necessidades do paciente. 

A flexibilidade no ajuste dos modos ventilatórios é crucial para pacientes com diferentes perfis clínicos e necessidades respiratórias específicas.

Benefícios da sedoanalgesia nos pacientes críticos

Além de melhorar a ansiedade e, claro, diminuir a dor, as técnicas de sedoanalgesia anestesiologia ajudam em outros aspectos como na facilitação de procedimentos, especialmente os invasivos, como intubação endotraqueal e ventilação mecânica, além de ressonâncias e exames de sangue.

Outros benefícios são a melhora da sincronia ventilatória, reduzindo o risco de complicações como barotrauma, além do controle da pressão intracraniana, especialmente em pacientes com lesão cerebral. Neste caso, ela reduz a atividade metabólica do cérebro e diminui o fluxo sanguíneo do mesmo.

Indo além, a sedoanalgesia também ajuda na proteção de órgãos ao reduzir o metabolismo e as atividades de coração, rins, fígado que podem estar comprometidos em casos críticos.

Quais são os cuidados essenciais?

Ainda que a sedação seja indicada, é preciso ter atenção na monitorização da sedoanalgesia em pacientes graves. Isso porque é importante garantir que ela esteja sendo feita de maneira correta para cada paciente.

Entre os pontos de atenção importantes estão:

  • Avaliar a profundidade da sedação: evitando expor o paciente à sedação excessiva
  • Identificar a presença de dor: detectar com antecipação qual a dor do paciente e como ela pode ser tratada.
  • Monitorar a função respiratória: acompanhar a frequência respiratória e a saturação de oxigênio para evitar possíveis complicações.
  • Avaliar a estabilidade hemodinâmica: monitorar a pressão arterial, frequência cardíaca e débito cardíaco para detectar alterações hemodinâmicas.
  • Detectar o desenvolvimento de complicações: perceber com antecedência possíveis problemas como delírio, infecção e trombose.

A sedoanalgesia responsável e os cuidados hospitalares

De modo geral, a sedoanalgesia em pacientes críticos é um método seguro que pode ajudar muito no tratamento médico e no bem estar de quem está enfermo, mas que para ser eficaz precisa ser administrada com cautela e de forma individualizada para cada paciente.

Além da monitorização constante, a avaliação da dor e a prevenção do estado de delirium (distúrbio agudo da consciência, caracterizado por alterações na atenção e na cognição) são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.

E para que tudo isso seja feito da melhor forma, é preciso contar com um corpo médico e de enfermeiros qualificados e que entendam sobre o assunto, além de produtos e equipamentos médicos de qualidade.

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