Intubação com videolaringoscópio: como esse recurso transforma a prática clínica

imagem de anestesiologista paramentada manuseando o videolaringoscópio vs10 para acessar via aérea de paciente

A intubação com videolaringoscópio redefiniu o manejo das vias aéreas ao unir precisão, visão ampliada e maior segurança em cenários críticos. É importante entender quando utilizar o equipamento, seus benefícios práticos, técnicas seguras e como essa tecnologia auxilia na rotina hospitalar.

À medida que a intubação evolui, o videolaringoscópio se afirma como um marco tecnológico que redefine prática, segurança e visão clínica. Em um cenário hospitalar orientado por precisão, eficiência e segurança, poucos momentos são tão decisivos quanto o manejo das vias aéreas.

Neste texto, exploramos mais sobre a intubação com videolaringoscópio, porque essa ferramenta mudou a abordagem das vias aéreas e como está moldando o futuro dos cuidados críticos.

O que é intubação com videolaringoscópio?

A intubação com videolaringoscópio é uma técnica de manejo das vias aéreas em que é utilizado um equipamento com uma câmera e fonte de luz na extremidade da lâmina. 

A imagem é transmitida em tempo real para um monitor, permitindo visualização indireta das estruturas glóticas, o que melhora o campo de visão e aumenta a taxa de sucesso em monitoramento.

No laringoscópio convencional, a visualização da glote depende da linha de visão do operador. É necessário realizar movimentação significativa dos tecidos e alinhamento dos eixos anatômicos para obter uma visão adequada. 

Leia também: Desafios em via aérea difícil: o impacto do videolaringoscópio na prática de intubação

Tipos de videolaringoscópio disponíveis no mercado

Existem três tipos de equipamentos médicos para intubação. 

Rígidos

Os modelos rígidos são os mais próximos da laringoscopia convencional, mas equipados com câmera e iluminação distal. Eles permitem a visualização indireta da glote sem necessidade de alinhamento completo dos eixos anatômicos. São utilizados em centros cirúrgicos e rotinas hospitalares.

Flexíveis

Os videolaringoscópios flexíveis têm ponta articulada ou cabo maleável, o que possibilita navegar por anatomias desafiadoras. São ferramentas essenciais em hospitais que atendem casos de alta complexidade.

Portáteis

Já os portáteis combinam design compacto, autonomia por bateria e telas integradas, sendo ideais para emergências, UTIs, pronto-atendimento e transporte intra-hospitalar. Sua leveza e rapidez de preparo os tornam dispositivos de escolha para equipes que precisam de resposta imediata.

Transformação do fluxo de trabalho na prática hospitalar

A adoção do videolaringoscópio impacta na transformação do fluxo de trabalho hospitalar, aumentando a eficácia no manejo das vias aéreas

Como a visualização da glote é mais rápida e previsível, o tempo de intubação diminui. Esse ganho de velocidade, associado à menor necessidade de realinhamento anatômico, reduz interrupções, retrabalhos e atrasos em salas cirúrgicas e emergências.

A tecnologia também melhora a colaboração da equipe multiprofissional. A transmissão da imagem para um monitor externo permite que anestesiologista, enfermagem e demais profissionais visualizem simultaneamente as estruturas aéreas.

Do ponto de vista da tomada de decisão, a qualidade da imagem e a visão ampliada da glote oferecem dados mais confiáveis em tempo real. Os profissionais da saúde conseguem identificar anomalias anatômicas, secreções, sangramentos ou alterações estruturais que impactam diretamente a estratégia de intubação.

Somado a isso, o uso do videolaringoscópio está associado a menores taxas de complicações, incluindo hipóxia por tentativas prolongadas, lesões dentárias, trauma de tecidos moles e falhas de intubação. 

Equipamentos necessários para a intubação com videolaringoscópio

Para uma intubação bem-sucedida, são necessários componentes básicos, como o videolaringoscópio, lâminas compatíveis, tubos endotraqueais, lubrificante (geralmente em gel), além de acessórios para estabilização e higiene. 

O Videolaringoscópio VS-10S Medcaptain, que já vem com monitor full HD e exige lâminas descartáveis específicas para diferentes perfis de pacientes. Para essas lâminas, a MA Hospitalar oferece alternativas como a lâmina descartável M1 (neonatal) ou a M3 para adultos

Além disso, é preciso ter os tubos endotraqueais de tamanhos variados. O gel lubrificante vai facilitar a passagem do tubo. O cabo de alimentação ou sistema de bateria para o videolaringoscópio também são necessários. Caso o modelo não tenha tela integrada, será necessário um monitor ou uma forma de conectar a imagem.

Por fim, é preciso cuidar da higienização e a conservação desse equipamento: 

  • Para lâminas reutilizáveis, seguir protocolo rigoroso de esterilização (recomendação do fabricante); 
  • Para lâminas descartáveis, fazer o descarte seguro; 
  • Para todo aparelho, limpeza da lente da câmera, manutenção da bateria, verificação periódica dos componentes. 

São esses cuidados que garantem durabilidade, desempenho confiável e reduz risco de infecção cruzada.

Benefícios do uso do equipamento

As vantagens de um videolaringoscópio hospitalar são:

  • Maior taxa de sucesso na primeira tentativa, especialmente em vias aéreas difíceis, intubação endotraqueal, graças à visualização indireta ampliada.
  • Redução de complicações, como trauma de tecidos e episódios de hipóxia por tentativas prolongadas.
  • Melhor ergonomia e menor necessidade de força.
  • Apoio à tomada de decisão clínica, com imagem de alta definição que permite identificar obstáculos anatômicos ou secreções.

Indicações e situações de uso

O videolaringoscópio é indicado sempre que houver complexidade no manejo das vias aéreas. Em pacientes críticos, como aqueles com instabilidade hemodinâmica, trauma facial ou limitação da mobilidade cervical, a visualização indireta reduz o tempo de intubação e aumenta a segurança. 

O equipamento também é utilizado em cirurgias complexas, principalmente aquelas que exigem acesso limitado ou que envolvem regiões cervicais e orofaringe, onde a visão direta pode ser insuficiente. 

Em emergências pré-hospitalares e intra-hospitalares, o dispositivo oferece rapidez de obtenção da imagem e maior taxa de sucesso na primeira tentativa. 

Além disso, é a tecnologia de escolha em cenários de via aérea difícil prevista ou não prevista, como em pacientes obesos, edema de glote ou histórico de intubação difícil, tornando o procedimento mais seguro. 

Boas práticas e técnicas seguras na intubação

As boas práticas de intubação com videolaringoscópio começam pela manutenção de equipamentos médicos, garantindo que ele esteja em perfeito estado antes de cada uso. A confiabilidade do dispositivo depende de inspeção, limpeza correta e processos padronizados de conservação. 

No campo das técnicas avançadas de intubação, o videolaringoscópio permite abordagens mais precisas. Ajustes finos de posicionamento, escolha adequada da lâmina e uso de introdutores ajudam a navegar por anatomias desafiadoras, reduzindo o trauma e o tempo de manipulação.

O treinamento de intubação é outro pilar importante: equipes treinadas aproveitam melhor a visualização ampliada, mantêm maior coordenação multiprofissional e respondem rapidamente a intercorrências. 

Por fim, contar com assistência técnica em videolaringoscópio garante suporte imediato para ajustes, calibrações, reposição de peças e orientações de uso. Esse acompanhamento especializado preserva o desempenho do equipamento, prolonga sua vida útil e assegura que o hospital mantenha padrões elevados de segurança.

Inovação e futuro da intubação com videolaringoscópio

A evolução dos videolaringoscópios acompanha os avanços da tecnologia, com dispositivos cada vez mais leves, portáteis e capazes de oferecer resolução superior mesmo em condições adversas. 

A integração com sistemas digitais, registro automático de imagens e conectividade wireless amplia o potencial de análise e documentação, fortalecendo protocolos de segurança do paciente e suporte à decisão clínica.

No futuro, a intubação com videolaringoscópio deverá incorporar recursos de inteligência artificial, como detecção automática de estruturas anatômicas, alertas de posicionamento inadequado e apoio em vias aéreas complexas. 

Somam-se a isso melhorias em baterias, lâminas descartáveis ecologicamente otimizadas e dispositivos híbridos que combinam visão direta e indireta. 

Conclusão

Como visto, a intubação com videolaringoscópio representa um avanço decisivo em segurança, precisão e eficiência no manejo das vias aéreas. Seu uso aprimora resultados clínicos, reduz complicações e torna o processo mais previsível mesmo em cenários críticos.

À medida que a tecnologia evolui, o videolaringoscópio se consolida como padrão de excelência para profissionais que buscam maior confiabilidade no cuidado ao paciente. Essa ferramenta segue moldando o futuro da prática clínica e elevando protocolos de segurança.

Para conhecer equipamentos confiáveis, lâminas compatíveis e soluções completas para sua instituição, explore o portfólio da MA Hospitalar. Você encontra opções para diferentes rotinas clínicas e níveis de complexidade.

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