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O que é a Incontinência urinária? Entenda as causas e tratamentos

Um homem com vontade de ir ao banheiro. Crédito da imagem: Freepik (https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-de-vista-lateral-lidando-com-std_28694260.htm#fromView=search&page=1&position=12&uuid=e1af9244-caec-4cdf-8cc1-0f6829bbe9b0)

A incontinência urinária feminina é a perda involuntária de urina, associada à fraqueza dos músculos do assoalho pélvico. Ela ocorre especialmente durante atividades físicas, risos ou tosse. Já a incontinência masculina é a incapacidade de controlar a micção devido a problemas como hiperplasia prostática ou lesões nervosas.

A incontinência urinária ocorre quando um paciente possui perda involuntária de urina, principalmente em situações como tosse, riso ou esforço físico. Esse tipo de incontinência pode afetar pessoas de todas as idades, sendo mais comum em idosos e mulheres após o parto.

A conscientização sobre a incontinência é extremamente importante, especialmente pelo impacto na qualidade de vida, o que inclui constrangimento social, problemas psicológicos e interferência nas atividades diárias. Entenda mais sobre o tema!

O que é incontinência urinária? 

A incontinência urinária é a incapacidade de controlar a liberação de urina, levando à perda involuntária do líquido. 

Existem vários tipos de incontinência urinária, incluindo incontinência de esforço (associada ao aumento da pressão intra-abdominal, como tossir ou levantar), incontinência de urgência (desejo súbito e incontrolável de urinar) e incontinência mista (combinação de ambos os tipos).

De modo geral, a perda involuntária de urina ocorre devido a vários fatores, como músculos do assoalho pélvico mais fracos, nervos que controlam a bexiga lesionados, aumento da pressão intra-abdominal e disfunção do esfíncter urinário. 

Seja de forma isolada ou com a associação de mais de um fator, essas condições resultam na dificuldade do paciente de reter a urina adequadamente, levando ao escape e exigindo avaliação médica especializada com o urologista.

Quais as causas da incontinência urinária?

Entender o que leva à incontinência urinária é muito importante para o diagnóstico e tratamento da condição. Nesse sentido, as principais causas associadas a perda involuntária de urina, são: 

  • Fraqueza dos músculos do assoalho pélvico: essa fraqueza pode ocorrer devido ao parto, envelhecimento ou cirurgia pélvica.
  • Problemas neurológicos: quando ocorrem danos nos nervos que controlam a bexiga, comuns na esclerose múltipla ou lesões na medula espinhal.
  • Hiperplasia prostática benigna (HPB): aumento da próstata em homens pode comprimir a uretra, causando dificuldade em urinar e, por vezes, incontinência.
  • Infecções do trato urinário (ITU): ITUs frequentes irritam a bexiga e causam incontinência temporária.
  • Cirurgia pélvica: procedimentos como prostatectomia ou cirurgia de reparo de hérnia podem danificar os nervos e músculos do assoalho pélvico, resultando em incontinência.

Existem ainda fatores que contribuem para a aquisição e piora da perda involuntária de urina, sendo eles:

  • Sexo e idade: infelizmente, mulheres têm maior predisposição, especialmente após a gravidez e menopausa. Idosos também têm maior probabilidade de desenvolver incontinência urinária.
  • Obesidade: o peso acima do normal pode pressionar a bexiga e os músculos do assoalho pélvico, causando a incontinência.
  • Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de incontinência têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
  • Tabagismo: fumar pode aumentar a tosse crônica, contribuindo para a incontinência de esforço.

Sintomas da incontinência urinária

Você saberá que está com incontinência urinária ao identificar os sintomas relatados a seguir, pois eles são os principais alertas para a condição:

  • Perda involuntária de urina: é o primeiro sintoma a ser percebido, e ele inclui pequenos escapes de urina durante atividades como tossir, rir, espirrar, levantar peso ou exercitar-se.
  • Urgência urinária: necessidade de urinar súbita e forte, muitas vezes seguida pela perda de controle da bexiga.
  • Micção frequente: urinar com mais frequência do que o habitual, mesmo em pequenas quantidades.
  • Dificuldade em iniciar ou interromper o fluxo urinário: dificuldade em começar a urinar ou parar o fluxo uma vez iniciado.
  • Gotejamento após a micção: perda de urina após urinar e pensar que a bexiga está completamente vazia.

Ao lidar com os sintomas da incontinência urinária, é comum ocorrerem impactos negativos na saúde emocional do paciente, como:

  • Vergonha e constrangimento devido à perda de controle da bexiga em situações públicas.
  • Isolamento social, decorrente do medo de constrangimento ou vazamento de urina.
  • Ansiedade e depressão, que provoca no paciente uma preocupação constante com a possibilidade de incontinência.
  • Impacto nas relações pessoais, com dificuldade em compartilhar a condição com amigos e familiares, resultando em tensão nas relações.
  • Restrições nas atividades físicas, viagens e hobbies devido ao medo de incontinência.

Tratamentos disponíveis para a incontinência urinária 

Existem diversas maneiras de tratar a incontinência urinária com técnicas aprovadas pela medicina, o que inclui terapias mais conservadoras com medicamentos, uso de dispositivos para drenagem, cirurgia, e mudanças no estilo de vida.

Naturalmente, cada caso precisa de uma avaliação de profissionais. Alguns homens com incontinência urinária crônica, por exemplo, podem precisar de um catéter urinário externo que permite mais segurança, conforto e qualidade de vida. 

Dentre as técnicas tradicionais, podemos citar:

  • Exercícios do assoalho pélvico: muito importantes para fortalecer os músculos que suportam a bexiga e o útero, os exercícios da pelve ajudam a controlar o escape de urina.
  • Biofeedback: processo que envolve o uso de dispositivos eletrônicos para monitorar e fornecer feedback visual sobre a incontinência. Durante a sessão de biofeedback, os pacientes acompanham em tempo real a atividade dos músculos do assoalho pélvico e aprendem a contrair esses músculos de forma eficaz. 
  • Estimulação elétrica: causa estímulos nos músculos do assoalho pélvico para melhorar o controle da bexiga.
  • Medicamentos anticolinérgicos: reduzem a urgência urinária e aumentam a capacidade da bexiga de reter urina.
  • Agonistas adrenérgicos: são medicamentos que ajudam a fortalecer os músculos do esfíncter urinário para prevenir vazamentos.
  • Sling uretral: é a implantação de uma faixa para apoiar a uretra e reduzir a incontinência de esforço.
  • Procedimentos de aumento da bexiga: essas cirurgias aumentam a capacidade da bexiga, reduzindo a frequência urinária e a urgência.

Em consonância, o tratamento para incontinência urinária pode ser feito com mudanças no estilo de vida que ajudam na gestão da condição, sendo elas:

  • Gerenciamento do peso: manter um peso saudável reduz a pressão sobre a bexiga e melhora os sintomas.
  • Evitar irritantes da bexiga: certas bebidas e alimentos (como álcool, alimentos picantes, café e alimentos ácidos) podem irritar a bexiga. Nesses casos, o ideal é evitá-los ou diminuir o consumo.
  • Treinamento da bexiga: aprender a programar idas ao banheiro ajuda a reduzir a urgência urinária e aumentar a capacidade da bexiga.

Saiba mais sobre quem trata a doença, o urologista!

Quando o paciente percebe alguns dos sintomas indicados neste artigo, ele deve procurar um urologista, este profissional é especialista nos órgãos e sistemas do trato urinário e reprodutivo masculino e feminino. 

Isso significa que ele é responsável pelo diagnóstico, classificação e tratamento da incontinência, oferecendo uma variedade de opções terapêuticas para ajudar os pacientes a gerenciar e, quando possível, superar essa condição debilitante.

Quando o paciente entra em contato com o urologista, ele é avaliado da seguinte maneira:

  1. Diagnóstico: o especialista começa pela avaliação detalhada do paciente, para determinar a causa subjacente da incontinência, o que envolve histórico médico, exame físico e de imagem, como ultrassonografia, estudos urodinâmicos e outros testes específicos.
  2. Classificação: em seguida, ele determina o tipo de incontinência, seja ela de esforço, urgência ou mista.
  3. Tratamento não cirúrgico: muitos casos de incontinência urinária podem ser tratados inicialmente com medidas não cirúrgicas, como fisioterapia do assoalho pélvico, mudanças no estilo de vida, uso de dispositivos de contenção, medicamentos e terapias comportamentais. Assim, o urologista orienta o paciente sobre essas opções de tratamento e monitora sua eficácia.
  4. Tratamento cirúrgico: em alguns casos, especialmente quando o tratamento não cirúrgico não é eficaz ou quando há uma condição subjacente que requer intervenção cirúrgica, o urologista pode recomendar procedimentos cirúrgicos. Isso pode incluir a colocação de slings uretrais para incontinência de esforço, correção de defeitos anatômicos, implantes de dispositivos de estimulação neuromuscular, entre outros.
  5. Acompanhamento e gestão contínua: O urologista faz o acompanhamento contínuo para pacientes com incontinência urinária, monitorando a eficácia do tratamento e fazendo ajustes conforme necessário.

Prevenção da incontinência urinária

Nem todas as formas de incontinência urinária podem ser prevenidas, especialmente aquelas causadas por fatores como idade avançada, gravidez e parto e predisposição genética. 

No entanto, em alguns casos, o paciente pode seguir medidas preventivas e reduzir o risco de contração da condição, além de melhorar os sintomas quando o quadro já está estabelecido:

  • Realização de atividades físicas e boa alimentação para controle do peso.
  • Aprendizagem e execução de exercícios que trabalham a musculatura do assoalho pélvico.
  • Ficar longe de cigarros, evitando o tabagismo de qualquer classe.
  • Limitar o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína.
  • Evitar segurar a urina por longos períodos e esvaziar a bexiga regularmente.
  • Tratar condições médicas subjacentes do trato urinário, como constipação crônica, diabetes e distúrbios neurológicos.

Como você pode ver, a incontinência urinária é uma condição médica comum, porém muitas vezes subestimada, que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e bem-estar dos indivíduos afetados.

Com abordagens terapêuticas variadas, incluindo terapias conservadoras, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas, é possível gerenciar eficazmente a incontinência, proporcionando uma melhor qualidade de vida para aqueles que sofrem com essa condição. 

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