Como interpretar sinais vitais no monitor multiparâmetro GE Healthcare?

enfermeira ao lado de paciente analisando parâmetro de sinais vitais no monitor da GE Healthcare

Entender como interpretar sinais vitais no monitor multiparâmetro é essencial para uma tomada de decisão segura. Identificar tendências, reconhecer padrões anormais e correlacionar dados entre módulos permite intervenções mais precisas e maior segurança clínica.

Da sala cirúrgica à UTI, o monitor multiparâmetro funciona como o painel de controle que traduz a complexidade fisiológica do paciente em dados. Mais do que exibir números, esses sistemas integram múltiplas leituras, correlacionam tendências e apoiam decisões clínicas.

Neste artigo, trazemos um panorama sobre como interpretar sinais vitais no monitor multiparâmetro, os valores de referência, alarmes e também os diferenciais dos  equipamentos GE Healthcare!

O que é um monitor multiparâmetro e como ele funciona?

O monitor multiparâmetro é um dispositivo utilizado em ambientes hospitalares para monitorar e fazer a leitura de sinais vitais de pacientes. Os dados são importantes para que a equipe médica avalie o estado de saúde, realize diagnósticos e tome decisões clínicas.

O equipamento funciona como um sistema integrado de aquisição, processamento e exibição contínua de sinais fisiológicos, permitindo avaliação em tempo real do estado hemodinâmico, respiratório e metabólico do paciente. 

Principais parâmetros monitorados e funções

Entre os parâmetros fisiológicos mais utilizados no monitor multiparâmetro hospitalar estão:

  • Frequência cardíaca: obtida por meio do eletrocardiograma (ECG) de superfície, detecta arritmias e reconhece padrões de isquemia, contribuindo para segurança intraoperatória e em pacientes críticos.
  • Pressão arterial: monitorada por métodos não invasivos (NIBP) e monitorização invasiva (IBP), utilizada em cirurgias de grande porte, instabilidade hemodinâmica e protocolos de anestesia guiada por metas.
  • Saturação periférica de oxigênio (SpO₂): obtida por oximetria de pulso. As tecnologias, como o TruSignal, reduzem interferências provocadas por movimento, baixa perfusão e variações de temperatura periférica. 
  • Frequência respiratória: medida pela impedância torácica, detecta variações elétricas relacionadas ao ciclo respiratório.
  • Temperatura corporal: monitorada por sensores cutâneos, esofágicos ou nasofaríngeos, dependendo do contexto clínico. O sistema exibe leituras em °C ou °F.
  • Capnografia (EtCO₂): avalia a ventilação em tempo real por meio da concentração de dióxido de carbono no fim da expiração. A análise da curva capnográfica permite identificar hipoventilação, desconexões do circuito, broncoespasmo e reinalação. 

Como interpretar sinais vitais no monitor multiparâmetro?

Os valores de referência dos parâmetros monitorados fornecem um padrão para detecção precoce de alterações fisiológicas, mas devem ser interpretados de acordo com a idade, comorbidades e estado clínico. Para adultos saudáveis, consideram-se:

  • Frequência cardíaca (FC): 60–100 bpm
  • Pressão arterial: 90–120 mmHg (sistólica) / 60–80 mmHg (diastólica)
  • Saturação periférica (SpO₂): ≥ 94% em ar ambiente
  • Frequência respiratória: 12–20 irpm
  • Temperatura corporal: 36,0–37,5 °C
  • EtCO₂: 35–45 mmHg

Diferença entre valores normais e anormais nos sinais vitais

Entenda os valores anormais e o que significam:

  • Taquicardia (FC > 100 bpm): pode refletir hipovolemia, dor, febre, hipóxia, acidose ou resposta adrenérgica ao estresse cirúrgico. 
  • Bradicardia (FC < 60 bpm): associada a bloqueios de condução, efeito de agentes anestésicos (propofol, opioides), aumento do tônus vagal ou hipertensão intracraniana. 
  • Hipotensão arterial: indica hipovolemia, depressão miocárdica, vasoplegia induzida por anestésicos ou sepse inicial. 
  • Hipertensão arterial: pode decorrer de dor, despertares intraoperatórios, hipertensão prévia, hipercapnia ou distúrbios autonômicos. 
  • Hipóxia (SpO₂ < 94%): sugere hipoventilação, desconexão do circuito, atelectasias, broncoespasmo ou falha no aporte de oxigênio.
  • Taquipneia (> 20 irpm): dor, acidose metabólica, hipoxemia, ansiedade ou compensação ventilatória.
  • Bradipneia (< 12 irpm): depressão respiratória por opioides, anestésicos, lesões neurológicas ou fadiga muscular.
  • Hipertermia (> 37,5–38 °C): indica infecção, reação transfusional, resposta inflamatória ou, mais raramente, hipertermia maligna. 
  • Hipotermia (< 36 °C): comum no perioperatório, aumenta risco de coagulopatia, arritmias e atraso no despertar anestésico.
  • EtCO₂ baixo (< 35 mmHg): hiperventilação, queda de débito cardíaco, embolia gasosa ou desconexão do circuito.
  • EtCO₂ alto (> 45 mmHg): hipoventilação, obstrução parcial das vias aéreas, reinalação ou aumento da produção de CO₂.

Monitor GE Healthcare: interpretação de sinais vitais

Os monitores da GE Healthcare foram projetados para monitorização clínica precisa, intuitiva e confiável em ambientes hospitalares de média e alta complexidade.  

A interpretação dos sinais vitais envolve a análise integrada dos dados hemodinâmicos, respiratórios e metabólicos, o que permite uma avaliação contínua do estado clínico. 

Esses equipamentos utilizam algoritmos avançados de filtragem e detecção de eventos para oferecer leituras estáveis, curvas de alta resolução e identificação precoce de anormalidades.

A visualização simultânea de múltiplos parâmetros, como ECG com análise de arritmias, SpO₂ com compensação de artefatos, pressão arterial invasiva e não invasiva, capnografia e variáveis ventilatórias, permite que o profissional correlacione tendências e reconheça padrões fisiológicos relevantes.

Os monitores também apresentam tendências gráficas e numéricas, permitindo avaliar evolução clínica, resposta a fármacos e adequação do plano anestésico. 

Além disso, o sistema é compatível com a plataforma CARESCAPE™, o que traz conectividade hospitalar e interoperabilidade com outros dispositivos da linha, como é o caso dos modelos Monitor Multiparâmetro B105M, Monitor Multiparâmetro B125M e Monitor Multiparâmetro B125 FIT

Alarmes e alertas: níveis, significados e respostas adequadas

Fique atento aos alarmes e alertas:

Fisiológicos

Indicam que um parâmetro vital ultrapassou o limite configurado.

  • Cor amarela: alteração moderada.
  • Cor vermelha: alteração grave.
  • Som: tons rápidos e repetitivos, com aumento de frequência conforme a gravidade.

Para resposta adequada é necessário verificar se o dado é fidedigno, confirmar clinicamente a alteração e intervir conforme protocolo (exemplo: manejo de hipotensão, correção de hipóxia, ajuste de ventilação).

Críticos

São eventos fisiológicos potencialmente fatais ou desconexões relevantes do sistema, por exemplo, perda de sinal arterial invasivo e queda abrupta de SpO₂.

  • Cor vermelha intensa, geralmente associada a mensagens em destaque.
  • Som característico de alta prioridade, contínuo ou com ritmo acelerado.

A resposta deve ser a interrupção de qualquer atividade não essencial, seguida da  checagem imediata do paciente e do equipamento e aplicação de conduta emergencial (reanimação, reconexão do circuito, estabilização hemodinâmica).

Técnicos

Relacionam-se ao funcionamento do equipamento e não ao estado fisiológico do paciente.
Incluem desde falhas de sensor até necessidade de calibração.

  • Cor azul ou branca (dependendo do modelo).
  • Som de menor prioridade ou apenas alerta visual.

É importante verificar o módulo, cabos e sensores, mas também reposicionar ou substituir o componente e garantir que o evento técnico não compromete a leitura de parâmetros críticos.

Recursos avançados e diferenciais da GE Healthcare

Os monitores multiparamétricos da GE Healthcare se diferenciam por integrar tecnologias de alta precisão nos dados clínicos, mas também:

  • Algoritmos avançados: utiliza filtros capazes de reduzir interferências por movimento, baixa perfusão e ruído eletromagnético, mantendo a integridade das curvas e leituras numéricas.
  • Capnografia de alta confiabilidade: permitindo diagnóstico mais detalhado de broncoespasmo, hipoventilação e outros eventos.
  • Análise avançada de ECG: além da frequência cardíaca, o sistema realiza detecção automática de arritmias, análise de segmento ST e identificação de padrões de isquemia. 
  • Integração com dados, sistemas e pronto atendimento clínico: os monitores são compatíveis com plataformas de TI hospitalar, prontuários eletrônicos e sistemas de telemetria, permitindo rastreabilidade dos sinais, auditoria e suporte à tomada de decisão.

Benefícios de uma interpretação correta dos sinais vitais

Entenda quais as vantagens de fazer uma leitura correta dos dados: 

  • Detecção precoce de alterações clínicas, permitindo intervenção imediata.
  • Maior precisão diagnóstica em alterações hemodinâmicas, respiratórias e metabólicas.
  • Redução de eventos adversos relacionados.
  • Aprimoramento da condução anestésica.
  • Melhor tomada de decisão clínica.
  • Aumento da segurança do paciente.

Entender como interpretar sinais vitais no monitor multiparâmetro é essencial para uma assistência mais segura e eficiente. A precisão dessas leituras depende não apenas da tecnologia, mas também da capacidade de integrar dados e reconhecer alterações relevantes no contexto clínico.

A confiabilidade diagnóstica também está ligada a boas práticas institucionais, como manutenção preventiva, calibração regular dos equipamentos e treinamentos contínuos da equipe. Esses cuidados garantem monitorização consistente e reduzem riscos durante o atendimento.

Para conhecer soluções que elevam o padrão de monitorização no seu serviço, confira o portfólio completo de monitores e acessórios da MA Hospitalar. Caso queira mais informações, entre em contato com nossa equipe!

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