Nos últimos anos, sem dúvida nenhuma, a ventilação invasiva ganhou protagonismo no tratamento de pacientes que sofrem de insuficiência respiratória.
Apesar de salvar vidas, o método da ventilação invasiva também pode ser prejudicial aos pacientes que dela necessitam — como, por exemplo, a Pneumonia Associada a Ventilação (PAV), instabilidade hemodinâmica, entre outras comorbidades.
Pacientes que são submetidos a ventilação invasiva precisam, muitas vezes, de uma prótese posicionada nas vias aéreas — que chamamos de tubos endotraqueais.
Estudos comprovam que a PAV acontece entre 48 a 72 horas após a intubação endotraqueal — e pode ser classificada como precoce quando a pneumonia acontece até o quarto dia de internação ou tardia quando ocorre a partir do quinto dia de internação.
VOCÊ SABIA?
Que aproximadamente entre 10 a 15% dos pacientes que são intubados desenvolvem PAV — e que a incidência de mortalidade dentro das UTIs, com pacientes submetidos à ventilação mecânica devido a essa infecção gira em torno de 30 a 60%?
Esta infecção está muito ligada a uma série de fatores, como o desequilíbrio, pela invasão de vias áreas inferiores, contaminando o pulmão.
A PAV é representada por secreções da porção respiratória superior (boca, nariz, faringe) que ficam muitas vezes posicionadas acima dos cuffs, mais conhecidos como balonetes, nos tubos endotraqueais.
O risco de PAV aumenta quando falamos de pacientes com DPOC (Doenças Obstrutivas Crônicas), SDRA (Síndrome do desconforto respiratório).
COMO PODEMOS EVITAR A PAV?
Dentro das unidades de terapia intensiva, devemos contar com alguns fatores bastante relevantes no cuidado com estas infecções que normalmente já fazem parte do dia a dia da equipe clínica, como por exemplo: higienização e assepsia nos procedimentos de intubação, aspiração antes da extubação de pacientes — e um ponto muito importante, porém pouco visto, que é o posicionamento adequado dos pacientes.
O posicionamento, apesar de muito simples, ainda é algo pouco utilizado e estudos comprovam que este tema de fato é muito relevante na minimização da mortalidade de pacientes com PAV.
Segundo o Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, a inclinação de cabeceira se mostra muito eficaz, pois, pode de fato minimizar a incidência tanto de PAV, como pode auxiliar no retorno venoso encefálico.
Este método está logicamente ligado a cada tipo de clínica, ou seja, se o paciente não tiver contra indicações para esse tipo de posicionamento, o mesmo deve ser colocado entre 35° a 45°.
Em estudo, podemos observar vários protocolos/indicações que auxiliam nesta prevenção — ou até mesmo a diminuição dessas ocorrências de PAV como:
- Na ausência de contraindicação médica, deve-se elevar o ângulo de 30 a 45° a cabeceira da cama, incentivar todos os pacientes a deslocar-se da cama e deambular (caminhar).
- A mobilização da posição horizontal para a posição vertical pode provocar melhora na aeração e distribuição do fluxo sanguíneo, reduzindo o risco de aspiração.
- A mobilização precoce do paciente em internamento hospitalar reduz a incidência de PAV e reduz o tempo de internamento hospitalar.
- O posicionamento semi-sentado de todos pacientes que não possuem contra indicação.
- Profilaxia de úlcera de estresse.
- Aspiração de secreções.
A Hillrom é uma empresa que traz consigo grandes pilares como:
- Melhor ergonomia à equipe (cuidado com o cuidador)
- Prevenção de PAV
- Prevenção de lesão por pressão
- Prevenção de quedas
A empresa possui um portfólio bastante completo quando se trata de cuidado com o paciente, pois auxilia a equipe em minimização de PAV, através de angulação de cabeceira indicada nas laterais das camas e também localizada em porção inferior.
Um recurso super necessário é o alarme de angulação de cabeceira — que pode ajudar a equipe, caso o paciente por algum motivo queira manusear os controles da cama.
Estes recursos acontecem através de movimentos funcionais e elétricos com um só toque de elevação de cabeceira, pés, entre outras funcionalidades — estas tecnologias estão presentes em toda a linha Centuris, HR900, Acella e Progressa.
A disponibilidade desta função em camas traz mais segurança e funcionalidade na utilização para toda a equipe clínica, visto que somente de olhar a angulação das camas seria impossível termos uma exatidão desta angulação.
Muitos hospitais não dispõem dessa tecnologia e acabam deixando de lado a prevenção e acarretando piora do quadro dos pacientes sujeitos a VM (Ventilação Mecânica).
A queda de pacientes dentro dos hospitais é um grande e importante problema dentro das unidades. Visando esse problema, a Hillrom traz em modelos de camas, alarmes de saída que possibilitam três níveis de condução como: levantamento do dorso, membro inferior para fora do leito e saída completa do leito.
A luz noturna também é um recurso muito importante, onde técnicos, enfermeiros e médicos, têm visibilidade mesmo de longe da indicação laranja para alturas de risco e verde para altura adequada para o paciente. Outra função significativa também em camas Hillrom é alarme de freio.
Em se tratando de lesão de pele, a empresa oferece grandiosos benefícios através de superfícies e tecnologias anticisalhamento, onde minimiza-se ao máximo a incidência de desenvolvimento de úlcera conhecido também como lesão por pressão.
Essas tecnologias foram desenvolvidas de acordo com a NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel), organização norte-americana dedicada à prevenção e ao tratamento de lesões por pressão.
Além de todos os benefícios que a marca oferece ao paciente na aquisição de segurança, prevenção e conforto aliado a essas ferramentas, outro pilar bastante evidentes são os riscos ergonômicos, que caem aproximadamente zero, visto que se trata de um equipamento totalmente eletrônico onde se evitam esforços e minimiza a lesão da equipe clínica ao posicionar/mobilizar o paciente ou somente ao auxiliá-lo na saída do leito.
Portanto, conclui-se que com algumas medidas simples é possível reduzir expressivamente a incidência de pneumonia associada à ventilação.
Outro diferencial é a equipe entender a importância das ferramentas e o cumprimento de protocolos essenciais para a minimização dos riscos infecciosos dentro das unidades hospitalares.
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REFERÊNCIA
- Prade SS, Oliveira ST, Rodrigues R, Nunes FA, Netto EM, Felix JQ, et al. Estudo brasileiro da magnitude das infecções hospitalares em hospitais terciários. Rev Contr Infec Hosp. 1995;2:11-24.
- Pereira CA, Carvalho CRR, Silva JLP, Dalcolmo MMP, Messeder OHC. Parte II – Pneumonia Nosocomial.Consenso Brasileiro de Pneumonias em indivíduos adultos imunocompetentes. J Pneumol. 2001;27(Supl 1): S22-S40.
- Guimarães MMQ, Rocco JR. Prevalência e prognóstico dos pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica em um hospital universitário. J Bras Pneumol. 2006;32(4):339-46.
- III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Ventilação mecânica: fisioterapia no paciente sob ventilação mecânica. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 33(Supl 2), p. 142-150, 2007.