Programar a bomba de infusão é uma etapa simples, mas que pode causar dúvidas devido a grande quantidade de modelos TCI.
Se você é anestesiologista, engenheiro clínico ou diretor hospitalar, sabe como a tecnologia pode transformar o dia a dia em ambientes de alta complexidade.
Hoje vamos falar sobre a bomba de infusão, com foco na Bomba HP TCI da Medcaptain, uma solução que une praticidade, precisão e eficiência.
Se você busca otimizar a administração de anestesia e reduzir desperdícios, essa pode ser a solução que você procura.
Por que usar uma bomba de infusão?
A bomba de infusão é uma ferramenta essencial para a administração de medicamentos e fluidos de forma precisa e controlada.
Para anestesistas, ela garante uma dosagem exata, o que é fundamental durante procedimentos delicados.
Já para engenheiros clínicos e gestores hospitalares, a eficiência do equipamento ajuda a economizar recursos e melhorar a segurança dos pacientes.
O modelo HP TCI da Medcaptain foi projetado para oferecer uma experiência intuitiva, com recursos avançados que facilitam a rotina de quem está na linha de frente dos cuidados de saúde.
- Saiba mais: como escolher a melhor bomba de infusão inteligente?
Destaques da HP TCI da Medcaptain
Este modelo se destaca por oferecer soluções específicas para anestesia, como:
- Função TCI avançada: Proporciona precisão na administração de medicamentos.
- Tela sensível ao toque de 3 polegadas: Facilita a operação com comandos diretos e interface amigável.
- Alta precisão de infusão (≤ + 2%): Reduz erros e assegura a concentração exata do medicamento.
- Bolus extra durante o TCI: Permite ajustes rápidos em situações críticas.
- Taxa de fluxo máxima de 2000 mL/h: Flexibilidade para atender a diversas necessidades clínicas.
Além disso, a tela médica de alta qualidade proporciona visibilidade clara das informações, permitindo monitoramento em tempo real.
O que são os modelos TCI?
Os modelos TCI (Target Controlled Infusion) são algoritmos matemáticos que ajudam a calcular e controlar a dosagem de medicamentos anestésicos.
Esses modelos levam em conta fatores como peso, altura, idade e outras características do paciente para garantir que a concentração do medicamento no sangue (ou no efeito desejado) seja a mais adequada.
Como funcionam?
Quando você programa a bomba de infusão, ela usa o modelo TCI escolhido para ajustar automaticamente a taxa de infusão e atingir o alvo (concentração ideal de anestésico).
Cada modelo foi desenvolvido com base em diferentes estudos clínicos e é ajustado para populações específicas ou tipos de medicamentos.
Significado dos nomes dos modelos
Os nomes geralmente vêm dos pesquisadores que desenvolveram o modelo ou do uso pretendido. Aqui vai uma visão rápida dos principais modelos:
- Eleveld: Um modelo mais recente, altamente versátil e ajustado para diversas populações (adultos, crianças, idosos).
- Marsh: Um dos modelos mais usados, desenvolvido para propofol em pacientes adultos.
- Schnider: Focado em adultos, mas ajustado para pacientes mais velhos ou frágeis.
- Kataria: Desenvolvido para propofol em crianças.
- Paedfusor: Específico para infusão em crianças, levando em conta diferenças metabólicas.
- Minto: Criado para remifentanil, usado para calcular analgesia durante cirurgias.
- Gepts: Um dos primeiros modelos TCI desenvolvidos, focado em propofol.
- Maitre: Desenvolvido para infusão de alfentanil.
- Shafer: Outro modelo para remifentanil, com pequenas variações em relação ao Minto.
Esses modelos permitem que a bomba de infusão se adapte a diferentes cenários clínicos, otimizando a segurança e a eficácia do tratamento.
Como programar a bomba de infusão HP TCI da Medcaptain?
Se você já trabalha com bombas de infusão, vai perceber que a HP TCI é extremamente prática. Vamos a um passo a passo simples de como programar a bomba de infusão:
- Configuração inicial: Ligue o equipamento e selecione o modo TCI.
- Seleção do medicamento: Escolha o agente anestésico a ser administrado. O software já vem com opções pré-configuradas.
- Ajuste dos parâmetros: Configure a concentração desejada, a taxa de infusão e outros parâmetros. A tela sensível ao toque facilita esse processo.
- Confirmação e início: Revise os dados e pressione “Iniciar” para começar a infusão.
- Monitoramento contínuo: Acompanhe as informações em tempo real pela tela. Caso seja necessário, ajuste a administração ou adicione bolus extra.
Dica para engenheiros clínicos: Certifique-se de que o equipamento esteja calibrado e atualizado para garantir o máximo desempenho.
Por que apostar na HP TCI?
A HP TCI não é apenas uma bomba de infusão, mas uma ferramenta estratégica para modernizar o setor de anestesia.
Além de ser confiável e fácil de usar, ela oferece recursos que otimizam o trabalho clínico e gerencial, como:
- Melhoria na segurança do paciente com algoritmos avançados.
- Agilidade em situações de emergência.
Se você está buscando um equipamento que combine eficiência, praticidade e precisão, a HP TCI da Medcaptain pode ser a escolha certa.
- Leia também: 7 princípios de segurança no uso da bomba de infusão.
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Investir em tecnologia como a HP TCI significa melhorar a qualidade dos serviços hospitalares, reduzir custos e, acima de tudo, garantir a segurança dos pacientes.
Seja você anestesiologista, engenheiro clínico ou diretor hospitalar, vale a pena conhecer de perto esse equipamento que está revolucionando o setor.
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A escolha de uma bomba de infusão deve ser guiada por critérios rigorosos para garantir a precisão e a segurança na administração de fluidos e medicamentos. É crucial avaliar a precisão e a exatidão da bomba, assegurando que ela ofereça uma entrega consistente dentro das especificações clínicas.
A bomba de infusão desempenha um papel vital na prática médica, garantindo que os pacientes recebam as dosagens corretas e os volumes exatos de terapias intravenosas.
Com a diversidade de modelos e tecnologias disponíveis no mercado, a seleção de uma bomba de infusão não é uma tarefa trivial e requer uma compreensão de suas especificações técnicas e funcionalidades.
Descubra os aspectos que devem ser considerados para escolher o equipamento que melhor atende às necessidades clínicas e assegura a administração segura e eficiente das terapias intravenosas. Boa leitura!
O que é e para o que serve a bomba de infusão?
É um dispositivo médico utilizado para administrar fluidos, medicamentos e nutrientes diretamente na corrente sanguínea de forma controlada e precisa.
Permite a infusão contínua ou intermitente de substâncias, ajustando a taxa e o volume com alta precisão, o que é essencial para tratamentos que exigem dosagens exatas e monitoramento rigoroso.
Por que é tão importante escolher o melhor equipamento?
Considerando todos os fatores citados acima, a escolha adequada da bomba de infusão é fundamental no tratamento médico, uma vez que selecionar um modelo inadequado pode resultar em uma série de problemas e erros.
Aqui estão alguns dos riscos associados a uma escolha incorreta:
1- Dosagem incorreta
As bombas são criadas para ministrar determinado fluxo de líquidos, por isso, uma inadequada pode levar a sobredosagem ou subdosagem, com consequências graves para a saúde do paciente, chegando até mesmo ao óbito.
2- Problemas na segurança
As bombas têm, em sua estrutura, diversos mecanismos de segurança para evitar erros de administração, como alarmes e bloqueios. Por isso, ao pensar em como escolher bomba de infusão adequada, é preciso levar em conta esses recursos a fim de evitar complicações graves.
3- Falta de compatibilidade com os medicamentos
Ao contrário do que muitos pensam, as bombas não são iguais e sendo assim, nem todas são compatíveis com todos os medicamentos. Ao escolher uma, leve em conta o que será ministrado, já que uma bomba inadequada pode levar à degradação do medicamento ou à obstrução do sistema de infusão.
A bomba de infusão para anestesia costuma ser aquela conhecida como infusão de seringa alvo controlada. Ela é dotada de modelos farmacocinéticos para o Propofol, Remifentanil, Sulfentanil e Alfentanil, e permite uma anestesia controlada de hipnóticos e opióides simultaneamente.
A Bomba de Infusão TCI Modelo Eleveld Medcaptain é um ótimo exemplo, já que é um dos equipamentos mais reconhecidos do mercado. Ela minimiza os riscos de super ou sobredosagem, tem alta precisão preditiva dos medicamentos, tem design intuitivo e amigável e ainda auxilia na tomada de decisões informadas e seguras, eliminando a necessidade de ajustes desnecessários.
Além dessas, algumas das melhores bombas de infusão disponíveis no mercado são:
- a de analgesia Controlada pelo Paciente (PCA): comumente usada para administrar medicamentos que aliviam a dor, como a morfina e o demerol.
- a de infusão enteral: usada para dosar o tempo e a quantidade de nutrição que cada paciente recebe durante a alimentação.
- a de insulina: essa bomba é usada por pessoas com diabetes tipo 1 e tem um tamanho pequeno, o que faz com que possa ser transportada facilmente pelos pacientes.
- a infusão de seringa: usada para regular a taxa de administração de fármacos. É formada por componentes mecânicos que controlam uma seringa padrão.
- a infusão elastomérica: comumente chamada de bomba de balão, é usada para a administração de medicamentos líquidos, como anestésicos, analgésicos, antibióticos e citostáticos
- a peristáltica: comumente utilizada para bombear líquidos por meio de seu tubo, essa bomba funciona por meio da pressão e deslocamento e é ideal para quem necessita de fluidos estéreis.
- a infusão multicanais: por ter modelos com canais duplos ou triplos, esse tipo de bomba permite a administração de diferentes tipos de medicamentos e alimentação simultaneamente. É muito usada em UTIs.
- a infusão inteligente: esse tipo de bomba recebe este nome por ser capaz de coletar informações como registros de avisos, disparo de alerta, entre outras e inseri-las em um banco de dados no servidor central.
Capacitação da equipe: por que investir neste aspecto?
O treinamento e a capacitação são essenciais para garantir que a bomba de infusão seja utilizada de forma adequada, maximizando a segurança e a precisão na administração de fluidos e medicamentos.
Um programa de treinamento abrangente deve incluir instruções detalhadas sobre a operação do equipamento, desde a configuração inicial até a programação dos parâmetros de infusão.
É crucial que os profissionais de saúde entendam como ajustar corretamente a taxa de infusão, monitorar as leituras em tempo real e interpretar os alarmes e mensagens de erro que possam surgir durante o uso.
Além disso, a capacitação deve abordar a integração da bomba com outros dispositivos médicos e a realização de manutenção preventiva, como a limpeza e a calibração periódica, para garantir a confiabilidade do equipamento.
O que considerar ao escolher uma bomba de infusão?
Além de entender a diferença de cada equipamento, na hora de pensar em como escolher a bomba de infusão mais adequada é necessário levar algumas questões em consideração como:
Taxa de fluxo
Esse fator diz respeito a quantidade de fluído que deverá ser administrado em cada paciente. Também é importante levar em conta o tipo de infusão que será feita; contínua, intermitente, PCA ou bolus, sendo que esta última diz respeito a uma infusão rápida para medicamentos de dose única.
Portabilidade
Ao escolher uma bomba de infusão também é preciso levar em conta se ela pode ser movida para outros lugares como unidades de terapia intensiva (UTI) ou emergências. Quanto mais fácil for mover o equipamento, melhor será seu custo-benefício.
Interface e facilidade de uso
As bombas de infusão também precisam ter uma boa usabilidade, afinal de contas, o objetivo delas é também facilitar o trabalho do corpo médico. A interface deve ser intuitiva para facilitar que todos os profissionais da saúde consigam usá-la sem dificuldade e a bateria também deve durar por um longo período de tempo.
Avaliação das características técnicas
Por último, mas não menos importante quando for escolher a bomba mais adequada para o seu uso, é preciso avaliar com atenção as características técnicas de cada produto. Entre elas estão os recursos adicionais oferecidos pelo fabricante, como proteção contra choques elétricos, diferentes modos de programação, entre outros.
Também é importante ficar atento às possibilidades de conectividade e integração com diferentes sistemas eletrônicos, e a manutenção e suporte técnico oferecidos pelo fabricante.
Por isso, escolher produtos de marcas que são referência é sempre a melhor opção. A MA Hospitalar oferece as melhores marcas do mercado para atender os mais variados tipos de necessidades. A bomba de Infusão TCI Modelo Eleveld Medcaptain tem uma tecnologia com diferenciais super importantes para o corpo médico.
Um deles é o fato de que qualquer tipo de seringa pode ser utilizado nela e há diferentes modos de infusão ali, incluindo o Eleveld. Ao escolher esse equipamento você garante tanto a segurança do seu paciente como a precisão do serviço realizado pelos profissionais de saúde. Conheça a nossa loja virtual e descubra as melhores soluções em equipamentos hospitalares para a sua instituição.
A alta prevalência mundial de desnutrição em pacientes internados tem sido amplamente documentada nas últimas quatro décadas.
Estudos mostram que a desnutrição hospitalar está relacionada a consequências como aumento na frequência de complicações clínicas e mortalidade, impacto em custos e tempo de internação.
No Brasil a prevalência é alta e relacionada ao tempo de internação. A perda da massa magra é recorrente no meio hospitalar e responsáveis por consequências indesejáveis, como aumento do tempo de internação e risco de morbimortalidade, que gera impactos negativos na qualidade de vida.
Sendo assim, quanto maior tempo de internamento, mais elevado será o risco de agravar a desnutrição.
A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente de uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais. A desnutrição pode ser de caráter primário ou secundário, dependendo da causa que a promoveu.
- Causas primárias: consumo alimentar inadequado, ou seja, tem uma alimentação quantitativa ou qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes;
- Causas secundárias: A ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades energéticas aumentaram ou por qualquer outro fator não relacionado diretamente ao alimento, mas associada a doenças e/ou tratamento. Exemplos: tratamentos cirúrgicos, câncer, anorexia, digestão e absorção deficiente de nutrientes, alergias e intolerâncias.
A impossibilidade de fornecer nutrientes necessários para atender às exigências metabólicas é uma preocupação séria em se tratando de pacientes clínicos e cirúrgicos.
Pessoas com doenças crônicas, ou ferimentos traumáticos estão particularmente em risco, assim como os idosos, que são especialmente vulneráveis às complicações decorrentes da desnutrição. Quando o trato gastrintestinal está em funcionamento, a nutrição enteral é uma forma de recuperar ou, em casos de danos repentinos, de manter um estado nutricional ótimo.
A terapia nutricional enteral
A terapia nutricional enteral (TNE) se refere à provisão de nutrientes via trato digestório, por meio de uma sonda ou cateter, quando a quantidade de ingestão oral é inadequada ou impossibilitada. Em certas circunstâncias, a nutrição enteral pode incluir o uso de fórmulas, como suplementação oral ou como via exclusiva de alimentação.
A TNE é reconhecida como uma forma bastante segura e satisfatória de prover nutrição para pacientes que apresentam a capacidade de via oral parcial ou totalmente comprometida.
Para a intervenção nutricional, a via enteral é o acesso de escolha devido à manutenção dos efeitos fisiológicos de digestão e absorção, capacidade imune local e sistêmica, segurança bacteriológica e econômica, além de ser facilmente manipulada em ambiente domiciliar, contribuindo para melhora da qualidade de vida do paciente.
Uma vez que o paciente tenha sido avaliado como candidato à nutrição enteral, os membros da equipe multidisciplinar de terapia nutricional, o médico e o nutricionista clínico, selecionam a sonda e a via de acesso apropriada.
A seleção do acesso enteral depende de: previsão da duração da alimentação enteral, grau de risco de aspiração ou deslocamento da sonda, presença ou não de digestão e absorção normais, previsão de intervenção cirúrgica e aspectos que interferem na administração como viscosidade e volume da fórmula.
Complicações
Entre as complicações gastrointestinais, mais frequentes no uso da terapia nutricional enteral, estão diarreia, vômitos, náuseas e constipações, que podem estar relacionadas ao excesso de gordura na dieta, infusão rápida ou intolerância a componentes da fórmula.
Além disso, a gastroparesia, uma dificuldade no esvaziamento gástrico, tornando-o mais lento, também pode ocorrer, podendo ser causada pelo uso de alguns medicamentos, por distúrbios hidroeletrolíticos ou mesmo pela situação clínica do doente.
Vias e Métodos de Administração da TNE
As fórmulas enterais são administradas por meio de bombas de infusão, preferencialmente quando a sonda está posicionada no intestino ou no estômago de pacientes críticos.
Dessa forma, é possível evitar a diarreia osmótica, pois o fluxo pode ser mais lento e constante, e a administração de medicamentos não interrompe o fluxo da infusão. Esta técnica pode ser utilizada com sistema aberto ou fechado, em bolsas ou frascos e função de alimentação e hidratação programadas.
A Bomba de Infusão é um equipamento que garante a programação da alimentação e hidratação por sonda de forma automática, com mínima manipulação, visto que uma vez instalada a dieta irá correr de acordo com a programação realizada diretamente no equipamento.
Sua utilização garante que a água prescrita seja efetivamente administrada, o que por sua vez melhora as condições clínicas do paciente e mantém a sonda livre de obstruções. A mesma pode ser programada para fornecer a quantidade ideal de nutrição e hidratação prescrita, assegurando que os pacientes estejam bem alimentados e hidratados de forma intermitente, contínua e segura.
O suporte nutricional enteral pode ser ofertado por sondas introduzidas pela via nasogástrica, nasoduodenal ou nasojejunal, para terapia em curto prazo (três a quatro semanas), ou, então, por procedimentos cirúrgicos – gastrostomia ou jejunostomia, como a endoscopia percutânea, para alimentação em longo prazo (período superior a quatro semanas). Segue abaixo as técnicas e as sondas mais utilizadas para terapia nutricional enteral:
Sonda Nasoenteral
A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda.
Quanto ao tempo de permanência da sonda, pode ser usada por períodos mais prolongados na prática diária, dependendo das condições de manuseio e de cuidados com a sonda.
Sonda de Gastrostomia, Kit Peg, Sonda Nível Pele com Balão
A gastrostomia é um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do estômago através da parede abdominal. As técnicas empregadas para realização da gastrostomia são: cirurgia através de laparotomia, via endoscópica ou através de laparoscopia. Ambas permitem a alimentação em pacientes que não podem usar a via oral para a sua nutrição diária.
Tipos de Procedimento
- Laparotomia é a abertura cirúrgica da cavidade abdominal para fins diagnósticos e/ou terapêuticos. Em termos populares, é a cirurgia “de barriga aberta”. No caso da gastrostomia o procedimento é classificado como uma mini laparotomia.
- Laparoscopia consiste em que o médico faça uma pequena incisão na região a ser examinada ou tratada, por onde introduz o laparoscópio (aparelho por meio do qual irá visualizar e tratar a região abordada), que consiste em um fino tubo de fibras óticas, através do qual pode visualizar os órgãos internos e fazer intervenções diagnósticas ou terapêuticas.
- Gastrostomia endoscópica percutânea é um método empregado para fornecimento de dieta enteral por tubo colocado no estômago (gastrostomia) por endoscopia (via endoscopia) através da pele (implantação percutânea).
Kit Peg Kangaroo
Portanto, a prevenção e o tratamento da desnutrição constituem uma importante ação. Dentre eles, diagnóstico nutricional adequado e precoce para que permita uma intervenção dietoterápica eficiente.
O monitoramento do estado nutricional é um dever de toda equipe de saúde que atende ao paciente internado. A intervenção nutricional em pacientes com risco de desnutrição leva a um melhor prognóstico, reduzindo os índices de morbidade e mortalidade e melhorando a qualidade de vida de todos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é um método terapêutico utilizado para garantir ou recuperar o estado nutricional de pacientes cuja alimentação oral é insuficiente ou inviável.
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) consiste em um conjunto de procedimentos terapêuticos baseados do fornecimento de nutrição enteral que visa a manutenção/recuperação do estado nutricional, quando a ingestão oral torna-se insuficiente, difícil e/ou impossível de ser estabelecida – como é o caso das dietas enterais.
A nutrição enteral é administrada ao paciente por meio de uma sonda fina, que é um tubo fino, macio e flexível, e que leva a dieta líquida diretamente para o estômago ou intestino.
A mesma pode ser posicionada via nasal (no nariz) ou oral (na boca), ou ainda implantada através de procedimento cirúrgico, realizado pelo médico, no estômago, duodeno ou jejuno (ostomia).
Segundo a portaria SVS/MS nº 337, de 14 de abril de 1999, nutrição enteral fica definida como alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Quanto a forma de administração pode ser contínua (24hrs) ou intermitente (5 a 8 vezes por dia).
INDICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL
São candidatos a Terapia Nutricional os pacientes que não podem ou não devem se alimentar, ou que não ingerem quantidade adequada de nutrientes.
Em geral estes doentes apresentam sinais evidentes de desnutrição, estão ou ficarão sem ingestão oral por mais de cinco dias (pacientes inconscientes, que realizaram algum tipo de procedimento cirúrgico de cabeça/pescoço, esôfago ou estômago.
Também se recomenda TN precoce nos doentes criticamente enfermos, como medida para manter a integridade funcional do trato gastrointestinal e reduzir a incidência de complicações infecciosas.
POR QUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL?
No ano de 2000, o Institute of Medicine (IOM) publicou que no mundo, aproximadamente 98.000 pessoas morriam nos hospitais, vítimas de erros médicos, com taxa de mortalidade maior que a de pacientes com AIDS, câncer de mama ou atropelamentos.
O primeiro erro relatado na literatura ocorreu no ano de 1972, em Glasgow (Escócia), com a administração de leite materno pela via intravenosa com evolução para reação de hipersensibilidade, coagulação intravascular disseminada e embolia gordurosa.
No Brasil, um estudo revelou que em cerca de 3.552 internações, houve 1.065 eventos adversos, sendo destes 45% estavam relacionados com Sonda Nasogástrica (SNG) e Sonda Nasoenteral (SNE).
Embora a alimentação enteral seja benéfica, existem riscos e potenciais eventos adversos inerentes a sua aplicação, entre eles destaca-se: a obstrução de sonda, seja por lavagem inadequada após a infusão de dietas enterais ou medicamentos, saída inadvertida, retirada pelo próprio paciente, delirium, agitação, sedação, manipulação do paciente em procedimentos, além de eventos adversos durante a introdução ou progressão da sonda, erros de via de conexão, incompatibilidade medicamentosa e traumas psicológicos.
Ressalta-se que o evento adverso é provocado por um dano não intencional que resulta na incapacidade ou disfunção, temporária ou permanente, e/ou prolongamento do tempo de permanência ou morte como consequência da assistência de saúde prestada.
Revisores da United States Pharmacopeia (USP) levantaram 24 incidentes com erros de rota na administração das dietas enterais, resultando em 33% de eventos sentinelas (injúria permanente, exposição em risco de morte e ou óbito).
EVOLUÇÃO PARA PREVENÇÃO DE ERROS
Na assistência à saúde, todos os dias são realizadas milhares de conexões em cateteres e sondas para administrar medicamentos, alimentos e soluções. Erros no processo de conexão desses dispositivos terapêuticos podem levar à infusão de soluções em via errada, resultando em eventos adversos graves e até morte.
Percebe-se que, ao longo destes 40 anos, houve muitas iniciativas de forma heterogênea e gradativa, surgidas a partir de 2011, com os primeiros padrões recomendados pela Organização Internacional de Padronização.
Considerando a administração de dietas enterais como procedimentos de alta complexidade, várias inovações têm ocorrido no campo da saúde, especialmente na Terapia Nutricional Enteral (TNE), proporcionando aos profissionais de saúde e pacientes, maior segurança, qualidade e menor riscos de incidentes.
As modificações foram gradativas e heterogêneas para cada dispositivo, iniciando-se pela adoção de cor lilás e alaranjada, seguidas de alteração nas conexões de forma exclusiva ao sistema de administração da TNE, como as bombas de infusão, as pontas em cruz para equipes e saídas dos frascos das dietas enterais, os alertas nas bolsas de dietas enterais.
Recentemente, padronizou-se o sistema ENFit® nos Estados Unidos, um conector que deverá ser utilizado para todos dispositivos envolvidos na TNE.
SOLUÇÕES PARA SEGURANÇA DO PACIENTE
COR
A cor lilás tem sido adotada por muitos fabricantes nas embalagens dos frascos das dietas enterais, nas extremidades distal e proximal dos equipos de administração ou em toda sua extensão, assim como nas pontas proximais das sondas enterais, nos conectores e até mesmo nas seringas orais, visando diferenciar das cores de outras linhas de produtos.
BOMBA DE INFUSÃO
A bomba de infusão é um equipamento que garante a programação da alimentação e hidratação por sonda de forma automática, com mínima manipulação, visto que uma vez instalada a dieta irá correr de acordo com a programação realizada diretamente no equipamento. Pode ser utilizada em meio hospitalar e domiciliar.
EQUIPO COM PONTA EM CRUZ
A ponta dos equipos de administração anteriormente se caracterizava pelo formato pontiagudo e, no modelo atual, o formato é em “cruz”. Este formato em cruz foi elaborado a fim de impedir a conexão com os equipos intravenosos tradicionais (pontiagudos).
CONECTORES ENFIT
A conexão ENFit tem o objetivo de assegurar o sistema fechado no processo de administração da solução, na conexão entre dois ou mais dispositivos.
O conector ENFit pode ser do tipo Fêmea ou Macho (veja na imagem abaixo). Este tipo de dispositivo vem aos poucos sendo implementado pela indústria, à medida que os clientes estão homologando novos protocolos de administração de dietas enterais.
SERINGA
Houve uma adequação da seringa utilizada para medicamentos por via oral para sonda enteral, por adaptar-se melhor aos acessos disponíveis no mercado.
Com o novo sistema, houve inovação da seringa, caracterizando-se por uma peça em rosca, diferente do conector liso, impedindo sua saída acidental durante o cuidado prestado ao paciente beira-leito, cujo objetivo é proteger duas vítimas potenciais: o paciente e a equipe de enfermagem ou multiprofissional contra erros.
O QUE É ASPEN E ESPEN?
São Sociedades internacionais (ASPEN = EUA e ESPEN = Europa), que determinam diretrizes mundiais com relação ao suporte nutricional, realizando recomendações que variam desde a avaliação do paciente até o término do da terapia nutricional.
Diante do panorama relatado acima, várias inovações em produtos têm ocorrido no campo da saúde, especialmente na área de terapia nutricional, procurando proporcionar aos profissionais da saúde e pacientes, maior segurança, qualidade e menor risco de incidentes a fim de evitar consequências graves e irreversíveis ao paciente.
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REFERÊNCIAS
- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 337, de 14 de abril de 1999. Regulamento Técnico para Terapia de Nutrição Enteral.
- http://www2.ebserh.gov.br/documents/220938/2471769/Guia+-+Nutri%C3%A7%C3%A3o+Enteral+%282%29.pdf/4b7a7f0c-4547-4a2d-b1de-00601bf9245e
- http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1902608/PRO.NTR.004+-+TERAPIA+NUTRICIONAL+EM+ADULTAS.pdf/ed74bfc1-5ed8-4162-9e3e-1d25c43e6d2d
- Institute of Medicine (US) Committee on Quality of Health Care in America; Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, eds. To err is human: building a safer health care system. Washington: National Academies Press; 2000.
- Wallace JR, Payne RW, Mack AJ. Inadvertent intravenous infusion of milk. Lancet. 1972;1(7763):1264-6.
- Silva AST, Pinto RLG, Rocha LR. Prevenção de eventos adversos relacionados à sonda nasogástrica e nasoenteral: uma revisão integrativa. J. nurs. health. 2020;10(n.esp.):e20104003
- Guenter P, Hicks RW, Simmons D, Crowley J, Joseph S, Croteau R. Enteral feeding misconnections: a consortium position statement. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2008;34(5):285-92.
- https://www.caism.unicamp.br/index.php/assistencia/enfermagem/blog-da-enfermagem/407-erros-de-conexao-praticas-seguras-e-riscos-na-administracao-de-solucoes-por-sondas-enterais-e-cateteres-vasculares
- http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2017/08/15-AA-Movimento-pela-seguran%C3%A7a.pdf
- ASPEN – American Society for Parenteral and Enteral Nutrition: www.nutritioncare.org
- https://diretrizes.amb.org.br/o-que-e-o-projeto-diretrizes/