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A evolução na área de Anestesiologia é marcada pelo avanço de tecnologias cada vez mais inovadoras que auxiliam no melhor cuidado do nosso principal cliente: o paciente.

Você acha possível evitar o consumo excessivo de agentes anestésicos inalatórios, além de preservar e impactar na segurança do paciente?

Para compreendermos melhor o benefício da ferramenta Ecoflow, é importante entender a correlação do impacto do consumo de agentes anestésicos inalatórios versus custos hospitalares e o conhecimento das possíveis complicações pulmonares pós-operatórias.

Entramos no segundo ano consecutivo de enfrentamento da Covid-19, que em comparação ao ano de 2020, os casos atuais de contaminação por esse vírus fatal estão mais graves, prolongados e com alta taxa de mortalidade.

Por consequência, com o elevado número de casos graves, houve um aumento significativo no consumo de medicamentos sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares. Porém, atualmente, existe um outro grande problema: a falta de fármacos para sedar e anestesiar os pacientes.

Considerando que os fármacos essenciais para as técnicas anestésicas estão em falta ou em ameaça de falta em diversas regiões do país, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) recomenda o uso racional de fármacos em anestesia e sedação, principalmente, nos procedimentos cirúrgicos eletivos.

Os principais fármacos envolvidos são os de uso comum pela anestesia e pela terapia intensiva: agentes indutores, tranquilizantes, bloqueadores neuromusculares, opioides, analgésicos, anestésicos locais, anestésicos inalatórios e agonistas dos receptores alfa, entre outros.

O objetivo dessa recomendação da SBA é alertar os anestesiologistas e demais médicos, principalmente neste momento de pandemia, a encontrarem medidas que possam minimizar ou contornar a escassez desses fármacos, devido ao consumo excessivo pela necessidade de tratamento prolongado dos pacientes portadores da Covid-19.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a segurança anestésica é definida como o “conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa a redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia”.

AGENTES ANESTÉSICOS INALATÓRIOS E SUAS PROPRIEDADES

Os anestésicos inalatórios, também denominados de halogenados, são administrados via pulmonar, difundem-se para o sangue e, uma vez diluídos, alcançam as suas zonas de atuação a nível do Sistema Nervoso Central (SNC) através da circulação sanguínea, sendo eliminados posteriormente, na sua maior parte, outra vez por via pulmonar.

A potência anestésica dos gases é dada pela Concentração Alveolar Mínima (CAM). Esta pode ser definida como a concentração mínima de anestésicos nos alvéolos que produz imobilidade em 50% dos doentes expostos a estímulos dolorosos (por exemplo à incisão cirúrgica).

A CAM é, portanto, usada para comparar os diferentes anestésicos voláteis bem como suas respectivas eficácias. A duração da anestesia geral, o tamanho e peso do paciente não influenciam o valor da CAM, mas a idade e a temperatura corporal podem influenciar.

Esses anestésicos também têm importância nos parâmetros provenientes do sistema cardiorrespiratório (concentração e ventilação alveolar, débito cardíaco e perfusão cerebral) pois estes influenciam a absorção, distribuição e eliminação dos anestésicos inalatórios.

Existem vários anestésicos voláteis que podem ser usados para a indução e manutenção da anestesia geral. Os mais utilizados são o Isoflurano e o Sevoflurano.

ISOFLURANO

  • Indicação: Manutenção da anestesia geral (reduz o nível de consciência).
  • Formas de apresentação: Líquido volátil claro, incolor em temperatura ambiente, deve ser armazenado em frasco vedado. Não é inflamável e não é explosivo em misturas de ar e oxigênio. Isoflurano é fornecido em embalagens contendo 1 frasco de 100 ml ou 250 ml de líquido volátil (não contém excipientes).
  • Diluição para infusão: Administração via vaporizador preferencialmente do tipo calibrado, agente específico para Isoflurano ou vaporizador do tipo não calibrado para uso com múltiplos agentes (universal).
  • Pontos importantes: É um anestésico largamente utilizado. Doses: Usualmente, é mantida entre 0,5 e 1 CAM (0,6% – 1,2% – concentração expirada), dependendo dos outros anestésicos utilizados.

SEVOFLURANO

  • Indicação: Indução e manutenção de anestesia geral em pacientes pediátricos ou adultos, em procedimentos cirúrgicos hospitalares ou ambulatoriais.
  • Formas de apresentação: Líquido volátil claro, incolor em temperatura ambiente, deve ser armazenado em frasco vedado. Não é inflamável e não é explosivo em misturas de ar e oxigênio. Sevoflurano é fornecido em embalagens contendo 1 frasco de 100 ml ou 250 ml.
  • Diluição para infusão: Administração via vaporizador preferencialmente do tipo calibrado, agente específico para Sevoflurano ou vaporizador do tipo não calibrado para uso com múltiplos agentes (universal).
  • Pontos importantes: É um anestésico largamente utilizado e idealmente conveniente para indução de pacientes com dificuldades para abordagem das vias aéreas. Doses: Usualmente, é mantida entre 0,5 e 1 CAM (1% – 2% – concentração expirada), dependendo dos outros anestésicos utilizados.

COMO A ANESTESIA DE BAIXO FLUXO PODE AJUDAR NESSE CENÁRIO?

A introdução de novos agentes anestésicos voláteis com baixa solubilidade e baixa potência anestésica reforçou a necessidade de reduzir o consumo de agente anestésico diminuindo o fluxo de gás fresco (FGF).

Além dos benefícios econômicos ou ambientais, o baixo fluxo pode ter um impacto positivo na qualidade do atendimento ao paciente.

A maior parte dos gases anestésicos, em média mais de 80%, são desperdiçados quando o FGF de 5,0 L/min é utilizado. Vários estudos também comprovam que o uso de técnicas de anestesia com baixo ou mínimo fluxos podem reduzir drasticamente os custos anuais de anestésicos voláteis.

Normalmente, a redução do FGF de 3,0 L/min para 1,0 L/min resulta em uma economia de cerca de 50% do consumo total de qualquer agente anestésico volátil.

Foi realizado um estudo para identificar o perfil e o impacto econômico do consumo dos anestésicos inalatórios no Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória (SAMPE) no período de 2002 a 2012 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Podemos verificar nos gráficos abaixo que o estudo demonstrou um aumento substancial no consumo do anestésico Sevoflurano, refletindo em gastos progressivamente mais elevados com esse fármaco.

E, estratégias para minimizar o custo dos novos anestésicos inalatórios como o uso de técnicas de fluxo basal e redução efetiva do tempo da sala de recuperação são exemplos das medidas sugeridas pelo estudo para reduzir esse índice.

Outro ponto a ser considerado, também, é que nas técnicas anestésicas com fluxos mais altos, geralmente, os gases são secos e úmidos. Já nas de fluxos mais baixos ou mínimos, os gases fornecidos que recirculam no circuito fechado tornam-se mais quentes e úmidos.

E, respirar gases quentes e úmidos durante a anestesia é benéfico para o paciente por vários motivos.

  • Melhora a preservação da temperatura corporal do paciente durante a cirurgia;
  • Prevenção da perda de calor central para a periferia por causa da vasodilatação durante a anestesia;
  • Evita tremores pós-operatórios;
  • Possibilita manter a humidade ideal do paciente;
  • Evita o ressecamento das vias aéreas superiores e inferiores durante a intubação.

A maioria das máquinas de anestesia modernas são equipadas com o sistema circular de reinalação, o que permite uma redução considerável do FGF. Os benefícios disso tornam-se mais evidentes quando o FGF é reduzido para menos da metade do volume-minuto do paciente, geralmente, para menos de 3,0 L/min.

E, as técnicas de FGF baixo afetam a cinética do gás no sistema, especialmente, quando o FGF é inferior a 1,0 L/min. Para tanto, torna-se necessário o monitoramento das concentrações de gases inspirados e expirados.

Esse monitoramento não garante apenas a segurança do paciente, mas também facilita a administração precisa de gás para o paciente.

QUAIS AS COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS-OPERATÓRIAS DO USO EXCESSIVO DE ANESTÉSICOS E VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA?

Os procedimentos cirúrgicos costumam estar associados a mudanças circunstanciais dos componentes fisiológicos e metabólicos que garantem a homeostasia. Elas variam de acordo com o biótipo do paciente e do tipo de cirurgia e, em situações de trauma, dependem ainda da gravidade e extensão das lesões.

A iatrogenia em procedimentos cirúrgicos abrange uma gama de complicações e sendo de responsabilidade tanto dos cirurgiões quanto dos anestesistas fazerem o que estiver aos seus alcances para evitar uma complicação, buscando sempre o aperfeiçoamento de suas técnicas bem como a utilização de ferramentas que possam auxiliar nesse processo.

Por exemplo, uma anestesia com alto fluxo de gases e muito profunda pode provocar uma série de complicações pulmonares ao paciente.

Dentre essas complicações, podemos destacar:

• Insuficiência respiratória;

• Exacerbação das condições respiratórias pré-existentes;

• Tromboembolismo pulmonar;

• Atelectasia pulmonar (colabamento alveolar);

• Pneumonia;

• Edema pulmonar.

O QUE É ECOFLOW?

É uma ferramenta que auxilia o anestesista a monitorar o “alvo” pré-ajustado de O2 e, no decorrer da cirurgia ou o baixo fluxo de gases, a máquina sugere a FiO2 alvo, permitindo que o médico ajuste ou não esse alvo conforme a necessidade.

Com ela é possível verificar o custo do agente anestésico consumido em tempo real.

A sua utilização monitora a fração inspirada de O2 (FiO2) possibilitando mais segurança ao anestesista e paciente durante a técnica de baixo fluxo para evitar a entrega de mistura hipóxica.

Essa solução está presente nos aparelhos de anestesia da GE Healthcare: Carestation 650, Carestation 750, Avance CS2 e Aysis.

No exemplo 1, para um FGF total de 6 L/min e 4,8 L/min de O2 no circuito, a máquina sugere como alvo 1,6 L/min de O2 para manter uma guarda hipóxica de FiO2 25%.

Já no exemplo 2, para um FGF total de 2 L/min e 1,6 L/min de O2 no circuito, é sugerido como alvo 0,7 L/min para manter uma guarda hipóxica de FiO2 25%. E, no exemplo 3, para um FGF total de 0,8 L/min e 0,56 L/min de O2, sugere-se como alvo 0,36 L/min para manter uma guarda hipóxica de FiO2 25%.

VOCÊ SABIA?

A quantidade de gás que entra no sistema de evacuação de gases é determinada pelo fluxo total de gases frescos (FGF).

Quando o FGF excede o necessário para o paciente, os gases excedentes entram no sistema de evacuação, contaminando o meio ambiente. Por esse motivo, com a utilização de fluxos mais baixos é possível minimizar o impacto ambiental, além de economizar o uso do agente anestésico.

ECOFLOW VERSUS FIO2 SEGURA

Com o EcoFlow, é possível ajustar o O2 necessário ao metabolismo do paciente de acordo com a “FiO2 segura”, sendo monitorado o circuito do paciente e o sistema circular para determinar a precisão de O2 no FGF para atingir o valor ideal para o metabolismo.

Essa ferramenta considera a mistura atual de gases no circuito, incluindo agentes anestésicos e define um sinalizador no FGF total para mostrar o quanto de O2 precisa ser entregue.

A FiO2 segura pode ser ajustada entre 25% e 50%.

SAIBA COMO ESSA SOLUÇÃO PODE OTIMIZAR OS CUSTOS COM SEGURANÇA AO PACIENTE

• Possibilita o ajuste da concentração apropriada de O2 para evitar a entrega de mistura hipóxica ou excessiva para o paciente;

• Possibilita a redução do fluxo de gases sem comprometer a qualidade da entrega de agentes inalatórios para uma economia potencial e proteção ambiental;

• Possibilita que equilibre o FGF com a FiO2 para estarem de acordo com os indicadores de segurança;

• Ajuda os médicos anestesistas a amenizar os riscos de complicação pulmonar pós-operatória e reduzir os riscos de complicações causadas por falhas na entrega dos gases;

• Cuidados sob medida para os pacientes em anestesia;

• Ajuda a reduzir o gasto com agentes anestésicos;

• Ajuda a proteger os investimentos;

• Ajuda na economia dos gases.

Mediante o cenário atual que estamos vivendo, onde o consumo com medicamento anestésico está elevado e, a SBA recomenda o seu uso racional, o Ecoflow é uma solução que pode contribuir muito para amenizar essa situação, evitando o consumo excessivo desnecessário.

E, como já visto, a redução no uso de agentes anestésicos, irá impactar tanto na economia hospitalar e poluição ambiental quanto na preservação da segurança do paciente.

Outro ponto importante, com a utilização da anestesia de baixo fluxo, é a redução da poluição do meio ambiente.

Para saber mais sobre essa solução, entre em contato!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • MARQUES, F. P. Análise do perfil dos consumos de gases frescos e anestésicos, durante a anestesia geral, em circuito fechado. Projeto de Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Coimbra, 2008.
  • BRENNER, C. Q. Q; FELIX, E. A. Perfil de consumo e impacto econômico dos anestésicos inalatórios na última década no Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória (SAMPE) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • FUTIER et al. Perioperative Positive Pressure Ventilation: An Integrated Approach To Pulmonary Care. Anesthesiology. 2014. 121:400-8
  • HUANG, J. Enhanced Recovery After Surgery (ERAS) Protocols and Perioperative Lung Protection. J Anesth and Perioper Med. 2014. 1: 50-56

LINKS

A evolução da anestesia e o desenvolvimento de novos medicamentos e aparelhos deram condições para que as novas técnicas cirúrgicas, que provavelmente seriam letais no passado, hoje sejam realizadas com segurança.

Em anestesiologia, a busca pela segurança e qualidade do controle tanto do adormecer quanto do despertar do paciente, bem como no alívio da dor durante o procedimento cirúrgico, se tornam possíveis devido ao aprimoramento das técnicas, dos medicamentos e das inovações de monitoramento.

Embora sejam comprovadas e amplamente difundidas, as vantagens oferecidas pela técnica do fluxo basal de gases, a propagação do método como rotina entre as técnicas anestésicas, encontra obstáculos diversos, primeiramente pela divergência no conceito de fluxo baixo de gases ou mínimo fluxo de gases e por ser considerada por muitos como complexa na execução.

Vamos entender mais sobre esse assunto e mudar de opinião?

VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA ANESTESIA?

1) Consiste em um “estado não natural, em que a capacidade de reter memória, bem como de discernir e reagir a estímulos lesivos é controlada de forma reversível por meio de uma variedade de medicações e técnicas.”

2) É o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma cirurgia, exame diagnóstico ou curativo. Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial, também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada.

COMO SURGIU A ANESTESIA COM BAIXO FLUXO?

O nascimento da anestesia cirúrgica moderna foi marcado pelo médico inglês John Snow. Dr. Snow ficou muito conhecido por seu trabalho epidemiológico a respeito da cólera e pela introdução da medicina higiênica — mas também poderia ser indicado como o primeiro anestesiologista de verdade.

No final do século XIX, John Snow iniciou a anestesia inalatória com baixo fluxo de gases com a intenção de reduzir o consumo e evitar a poluição dos anestésicos, conseguindo diminuir bastante o odor do clorofórmio e do éter nas salas de cirurgias.

Ele criou um aparelho experimental de circuito fechado, no qual o paciente respirava oxigênio enquanto o dióxido de carbono exalado era absorvido por hidróxido de potássio.

Como era seu estilo, aprofundou-se no estudo e na compreensão dos anestésicos voláteis. Ao contrário de outros médicos anestesistas, Dr. Snow não estava preocupado com o seu papel e seu possível legado para a medicina, mas com a segurança e a administração correta da anestesia.

Sua atitude calma e atenta na sala de cirurgia — e o foco no bem-estar do paciente, e não no seu orgulho — é um modelo a ser imitado.

John Snow, médico inglês, foi um dos primeiros médicos a estudar e calcular as dosagens para a utilização de éter e clorofórmio enquanto anestésicos cirúrgicos, permitindo que os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos tivessem desconfortos e dores atenuados. Chegou, inclusive, a ministrar pessoalmente clorofórmio à Rainha Vitória durante o parto de dois dos seus nove filhos: Leopold, em 1853 e Beatrice, em 1857. Tal fato levou a anestesia obstétrica a uma maior aceitação pública.

O QUE É ANESTESIA COM BAIXO FLUXO?

A técnica de anestesia inalatória com baixo fluxo consiste na redução do uso de gases e agentes anestésicos durante um procedimento cirúrgico, ou seja, utilizar apenas o necessário para que o paciente seja anestesiado.

Sua utilização ajuda na previsão do volume anestésico usado durante o ato anestésico, além da economia dos agentes.

As anestesias de baixo fluxo e de fluxo mínimo se caracterizam pela vazão de pequenos volumes no fluxo de gás fresco em litros por minuto alimentando o circuito de gases do equipamento de anestesia.

O fator diferencial é que o fluxo de gás fresco é claramente menor que o volume-minuto respiratório do paciente. 

Em 1954, Foldes estabeleceu o conceito de baixos fluxos como sendo o fluxo de admissão de gases (FAG) de 1 L.min-1. Já, Virtue, em 1974, estabeleceu outro importante conceito de fluxos mínimos em que o FAG era de 0,5 l.min-1.

anestesia com baixo fluxo

VOCÊ SABIA?

Você sabia que a redução do fluxo de gás fresco abaixo de 1L/min em circuito fechado está associada a vários benefícios durante a fase de indução anestésica inalatória?

Dentre eles, se torna possível administrar volumes adequados para o paciente ser anestesiado, com a otimização de todo o vapor anestésico gerado pelo sistema de vaporização e sem o desperdício para um sistema de exaustão ou eliminado na própria sala.

O sistema circular fechado durante a manutenção anestésica permite a reinalação quase total de todos os gases e vapores expirados, com exceção do CO2, que é absorvido pela cal sodada.

POR QUE UTILIZAR?

Dentre os benefícios do uso da prática de anestesia com fluxo basal de gases frescos, podemos destacar:

  1. Conserva a umidade e temperatura das vias aéreas
  2. Conserva o calor corporal do paciente
  3. Promove a redução na poluição do ambiente
  4. Permite uma melhor previsão do volume anestésico utilizado
  5. Otimiza o consumo de agentes anestésicos inalatórios
  6. Segurança para o paciente
  7. Reduz o risco das complicações pulmonares no pós operatório
  8. Melhor recuperação do paciente
  9. Possibilita uma melhor monitorização dos parâmetros fisiológicos do paciente
  10. Reduz o custo anual com gases e agentes anestésicos para a instituição.

No estudo de BILGI et al. podemos verificar que a função respiratória na técnica anestésica de baixo fluxo é melhor quando comparada à de alto fluxo. E, também, de acordo com FONSECA et al. nota-se que variações no consumo de oxigênio podem indicar alterações diretas no débito cardíaco.

Desta forma, com a técnica de fluxo basal de gases, o anestesiologista mantém a fisiologia corporal e controla com facilidade a função pulmonar e cardiovascular.

Alguns estudos comprovam que há uma redução significativa nos custos anuais de agentes anestésicos com o uso de baixo fluxo. Por exemplo, uma redução de 3L/min para 1L/min resulta em uma economia de aproximadamente 50% no consumo de agentes anestésicos inalatórios.

Segundo o estudo de BORGES e SARAIVA, os principais agentes anestésicos inalatórios foram testados na técnica de baixo fluxo e, excluindo as particularidades voláteis de cada um, foi possível verificar um menor consumo dos gases durante a indução anestésica.

Dessa forma, podemos concluir que a técnica de anestesia com baixo fluxo de gases durante a indução anestésica traz muitos benefícios tanto para o paciente quanto para a instituição hospitalar.

Em destaque, a possibilidade de maior segurança e melhor recuperação para o paciente no pós operatório bem como uma economia significativa no custo anual com os agentes anestésicos.

A MA Hospitalar representa a GE Healthcare — empresa líder global em tecnologia médica, oferecendo um amplo portfólio de soluções completas para o melhor atendimento ao paciente. Dentre elas, destacam-se os aparelhos de anestesia que permitem realizar a técnica de baixo fluxo durante um procedimento cirúrgico.

Os modelos: Carestation 650, Carestation 750, Avance e Aisys são soluções completas em anestesia que possuem uma ferramenta para a realização dessa técnica com qualidade e segurança tanto para o médico anestesista quanto para o paciente.

Gostaria de saber mais sobre o assunto e sobre nossas soluções? Fale conosco!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • BORGES, M. M. J. SARAIVA, R. A. Sequência de Fluxo de Gás Fresco para Início da Anestesia com Baixo Fluxo: Aplicação Clínica do Estudo Teórico de Mapleson. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol. 52, Nº 2, Março – Abril, 2002
  • FONSECA, N. M. LEÃO, D. G. FÉLIX, D. G. FONSECA, G. G. MANDIM, B. L. S. RUZZI, R. A. MARTINS, N. A. COSTA, P. R. R. M. Anestesia com fluxo basal de gases (Quantitativa). Revista Med Minas Gerais. Vol. 21(4 Supl 4): S15-S26. 2011.
  • BRATTWALL, M; MD, PhD. STOMBERG, M. W; PhD. HESSELVIK, F; MD, PhD. JAKOBSSON, J; MD, PhD. Brief review: Theory and practice of minimal fresh gas flow anesthesia. Can J Anesth/J Can Anesth. Vol. 59:785–797. 2012.
  • BILGI, M; GOKSU, S; MIZRAK, A; et al. Comparison of the effects of low-flow and high-flow inhalational anaesthesia with nitrous oxide and desflurane on mucociliary activity and pulmonary function tests. Eur J Anaesthesiol. Vol. 28: 279-83. 2011.
  • BENGTSON, J. P. SONANDER, H. STENQVIST, O. Comparison of costs diferente anaesthethic techniques. Acta Anaesth. Vol. 32:33-2. Scand, 1988.
  • COTTER, S. M. PETROS, A. J. et al. Low flow anaesthesia. Practice, cost implications and acceptability. Anaesthesia. Vol. 46: 1009-1012, 1991.
  • FEISS, P. DEMONTOUX, M. H. COLIN, D. Anaesthetic gas and vapor saving with minimal flow anaesthesia. Acta Anaesthesiol. Belg. Vol. 41: 249-251, 1990.
  • Ortega RA, Mai C. History of anesthesia. In: Vacanti CA, Sikka PK, Urman RD, et al., eds. Essential Clinical Anesthesia. Cambridge: Cambridge University Press; 2011:1–6