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O que é ecocardiograma com doppler e como ele melhora o monitoramento cardiovascular

Foto de um ecocardiograma

Pessoas que apresentam dor no peito, falta de ar, palpitações, inchaço nas pernas ou cansaço excessivo precisam entender o que é o ecocardiograma com Doppler, pois esse exame pode ser essencial para investigar doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, valvopatias e cardiopatias congênitas.

Compreender o que é ecocardiograma com Doppler e sua importância na prática clínica é essencial para profissionais da saúde. Este exame de imagem se consolidou como um recurso indispensável para a avaliação detalhada da estrutura e função cardíaca. 

Ao integrar a análise anatômica tradicional da ecografia do coração com a tecnologia de avaliação de fluxo, o exame potencializa o diagnóstico e monitoramento de diversas condições cardiovasculares. 

O que é o ecocardiograma com Doppler? 

O ecocardiograma com Doppler é um exame de imagem que utiliza ultrassom para avaliar a estrutura e o funcionamento do coração, incluindo a circulação sanguínea em tempo real. 

Ele é uma evolução da ecografia cardíaca tradicional ao incorporar a tecnologia de avaliação de fluxo, permitindo observar a direção e a velocidade do sangue nas cavidades cardíacas e vasos.

Como o ecocardiograma com Doppler funciona?

O exame funciona por meio da emissão de ondas de ultrassom, que são sons de alta frequência imperceptíveis ao ouvido humano. Essas ondas são transmitidas por um transdutor colocado sobre o tórax do paciente. 

Ao atingirem as estruturas do coração, elas são refletidas de volta ao aparelho, que transforma esses ecos em imagem cardíaca funcional, em tempo real. 

Assim, é possível visualizar o tamanho das cavidades cardíacas, a espessura das paredes, o movimento das válvulas e a contração do músculo cardíaco.

A tecnologia Doppler, acoplada ao exame, permite avaliar a circulação sanguínea no coração e dos vasos próximos. 

Com base no efeito de alteração na frequência das ondas sonoras refletidas por objetos em movimento, o aparelho consegue identificar a velocidade e a direção do sangue. 

Essa informação é representada por cores (azul e vermelho), facilitando a detecção de alterações como refluxos, estenoses ou turbulência na circulação, comuns em doenças cardíacas.

Leia também: Ultrassom com doppler e sem doppler: comparação técnica e benefícios

Quanto tempo demora para fazer um ecocardiograma com Doppler?

O exame leva entre 30 e 60 minutos para ser realizado, dependendo do tipo e da complexidade do caso. Exames mais simples, como o transtorácico, tendem a ser mais rápidos.

Já as versões mais detalhadas, como o transesofágico ou de estresse, podem exigir mais tempo devido à preparação, sedação ou necessidade de monitoramento contínuo.

Quais são as aplicações clínicas do ecocardiograma com Doppler?

Os profissionais podem aplicar essa modalidade para diversas finalidades, incluindo:

  • Avaliar o tamanho e a espessura das paredes do coração;
  • Verificar o funcionamento das válvulas cardíacas;
  • Identificar sopros cardíacos;
  • Detectar insuficiências ou estenoses valvulares;
  • Observar a circulação sanguínea anormal, como em casos de cardiopatias congênitas;
  • Avaliar a função de bombeamento do coração (fração de ejeção);
  • Diagnosticar hipertensão pulmonar, coágulos ou tumores cardíacos.

Tipos de ecocardiograma com Doppler

Atualmente, temos 4 principais modalidades desse exame, entre elas:

1. Ecocardiograma transtorácico

É o tipo mais comum e não invasivo. Nele, o transdutor é posicionado sobre o tórax, permitindo a visualização das estruturas cardíacas por meio da parede torácica. 

Com o recurso Doppler, a avaliação hemodinâmica com ecocardiograma analisa o fluxo de sangue no coração, identificando problemas como insuficiência ou estreitamento das válvulas, além da função de bombeamento do coração.

2. Ecocardiograma transesofágico

Neste tipo, uma sonda com transdutor é introduzida pelo esôfago, fornecendo imagens mais detalhadas, principalmente das válvulas cardíacas e das câmaras posteriores do coração. 

É indicado quando o ecocardiograma transtorácico não oferece imagens suficientemente claras. O Doppler transesofágico é útil na investigação de trombos, endocardite e alterações em próteses valvulares.

3. Ecocardiograma de estresse

Esse exame combina a ecografia com o esforço físico ou uso de medicamentos que simulam o estresse cardíaco. O objetivo é avaliar o desempenho do coração em situações de sobrecarga. 

O ultrassom com avaliação de circulação ajuda a identificar alterações na movimentação sanguínea e na função cardíaca que podem não estar presentes em repouso, fundamental no diagnóstico cardiovascular não invasivo de isquemia e doença arterial coronariana.

4. Ecocardiograma fetal

Realizado durante a gestação, esse tipo de ecografia utiliza o doppler fetal para avaliar a anatomia e o funcionamento do coração do feto. 

O exame permite observar a circulação do sangue nas câmaras cardíacas e nos grandes vasos do bebê, auxiliando na detecção precoce de malformações congênitas. É indicado especialmente quando há suspeita de anomalias ou histórico familiar de cardiopatias.

Interpretação dos dados Doppler e parâmetros quantitativos

A interpretação dos dados envolve a análise da circulação sanguínea nas cavidades e vasos cardíacos, com base na velocidade, direção e padrão de movimento do sangue. 

As imagens podem ser coloridas (ecocardiograma com Doppler colorido), espectrais (pulsado ou contínuo) ou teciduais, permitindo uma avaliação precisa da hemodinâmica cardíaca. 

Alterações nos padrões normais, como fluxos retrógrados ou turbulentos, ajudam a identificar condições como regurgitação valvar, estenoses, comunicações anormais entre câmaras e outras disfunções.

Entre os principais parâmetros quantitativos analisados estão:

  • Velocidade da circulação sanguínea (em m/s): permite estimar a gravidade de estenoses ou insuficiências valvulares;
  • Gradientes de pressão (máximo e médio): calculados a partir da velocidade do fluxo usando a equação de Bernoulli modificada;
  • Área valvar (ex: área da válvula aórtica ou mitral): estimada em casos de estenose para determinar a severidade;
  • Volume de regurgitação e fração de regurgitação: usados para quantificar refluxos valvares;
  • Tempo de desaceleração do fluxo mitral (DT) e tempo de relaxamento isovolumétrico (IVRT): ajudam a avaliar a função diastólica do ventrículo esquerdo;
  • Índice E/e’ (razão entre velocidades do fluxo mitral e do Doppler tecidual): importante na estimativa da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo.

Vantagens do uso do Doppler em comparação a outros métodos

A principal vantagem é que ele permite avaliação em tempo real do fluxo sanguíneo cardíaco. Mas não para por aí, ainda é possível contar com:

  • Uma avaliação não invasiva e indolor;
  • Que não utiliza radiação, sendo seguro inclusive para gestantes;
  • Auxilia na quantificação de estenoses e refluxos valvares;
  • Detecta alterações precoces da função cardíaca;
  • Fornece dados hemodinâmicos precisos (velocidade e direção do fluxo);
  • Pode ser realizado de forma rápida e acessível em ambientes ambulatoriais;
  • Complementa o eco cardíaco estrutural com informações funcionais;
  • Ajuda na monitorização de doenças cardíacas e resposta a tratamentos.

Quais os desafios técnicos? 

Um dos principais desafios é a dependência da janela acústica, que pode ser limitada em pacientes com obesidade, doenças pulmonares ou deformidades torácicas, dificultando a visualização adequada das estruturas cardíacas.

Além disso, a interpretação dos dados requer experiência e conhecimento técnico especializado, pois os resultados podem ser influenciados por fatores como:

  • O ângulo de insonação (entre o feixe de ultrassom e o fluxo sanguíneo);
  • Artefatos de imagem;
  • Movimentação do paciente;
  • Variabilidade na técnica de aquisição. 

A realização de avaliações mais complexas, como a transesofágica ou de estresse, também demanda maior preparo, equipamentos adequados e, em alguns casos, suporte anestésico ou cardiológico.

Após detalhar o que é ecocardiograma com Doppler, é necessário salientar a importância da precisão e a confiabilidade dos resultados, que dependem diretamente da qualidade do equipamento utilizado. 

Para que o exame possa oferecer imagens nítidas, dados hemodinâmicos precisos e permitir diagnósticos seguros, os aparelhos devem ser tecnologicamente avançados, calibrados regularmente e certificados por órgãos reguladores competentes. 

O Ultrassom estacionário Acclarix LX 25 EDAN é um bom exemplo, pois ele oferece tecnologia de ponta e recursos específicos para Doppler colorido avançado, alta qualidade de imagem e tecnologia de processamento que permitem registros nítidos e detalhados.

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