Entenda como o ultrassom morfológico oferece uma avaliação detalhada do desenvolvimento fetal.
Quando uma anomalia surge em ≈ 1 a cada 20 gestações, o grau de detalhe do exame de imagem pode ser a diferença entre agir cedo e descobrir tarde demais.*
Enquanto a ultrassonografia obstétrica de rotina identifica em média 16 – 44 % das malformações antes da 24ª semana, a varredura morfológica – executada em protocolos de 1º e 2º trimestres – eleva essa taxa para até 93 %.
Uma análise multinacional com mais de 7 milhões de fetos concluiu que realizar dois exames direcionados (11‑14 sem e 20‑24 sem) dobra a chance de detectar anomalias maiores em comparação com apenas o ultrassom de rotina do 2º trimestre. Nesses estudos, o rastreio do 1º trimestre sozinho já alcançou 32 – 60 % de detecção em populações de baixo e alto risco, respectivamente, destacando o ganho de começar cedo.
Esse salto de sensibilidade tem repercussões diretas: diagnósticos intraútero permitem planejar intervenções, definir local de parto e reduzir morbidade neonatal associada a malformações cardíacas, renais ou do SNC – responsáveis por parte expressiva da mortalidade perinatal (prevalência global de anomalias congênitas: 3 – 5 %).
Saber a diferença entre esses dois exames é importante para compreender os momentos em que devem ser realizados e o que cada um é capaz de identificar.
Ultrassonografia obstétrica comum: o básico do acompanhamento pré-natal
A ultrassonografia obstétrica comum é realizada de forma rotineira ao longo da gestação, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento do bebê e verificar aspectos gerais da gravidez. Esse exame pode ser feito em diversos momentos da gestação e serve para:
- Confirmar a idade gestacional;
- Avaliar a vitalidade fetal;
- Medir o crescimento e peso estimado do bebê;
- Verificar a quantidade de líquido amniótico;
- Observar a posição da placenta;
- Detectar batimentos cardíacos.
É um exame simples, rápido e não invasivo, frequentemente realizado em consultórios e clínicas durante o pré-natal.
- Saiba mais: Quais são os tipos de ultrassom?
Ultrassom morfológico: análise detalhada da anatomia fetal
O ultrassom morfológico é um exame mais detalhado, geralmente realizado em dois momentos importantes da gestação:
- Primeiro trimestre (11 a 14 semanas): permite avaliar o risco de síndromes genéticas, como a síndrome de Down, por meio da medida da translucência nucal e outras estruturas.
- Segundo trimestre (20 a 24 semanas): conhecido como “morfológico de segundo trimestre”, é o exame mais completo da gravidez, pois avalia minuciosamente a formação anatômica do feto.
O ultrassom morfológico permite identificar malformações congênitas, avaliar o desenvolvimento dos órgãos internos (cérebro, coração, rins, coluna), membros e face, além da placenta e do cordão umbilical. Essa avaliação é crucial para um diagnóstico precoce de anomalias e para planejar intervenções, quando necessário.
Principais diferenças entre os dois exames
Aspecto | Ultrassom Obstétrico Comum | Ultrassom Morfológico |
Objetivo | Acompanhamento geral da gestação | Avaliação anatômica detalhada do feto |
Momento de realização | Ao longo de toda a gravidez | Entre 11–14 e 20–24 semanas |
Detalhamento | Básico | Alto nível de precisão e análise |
Detecta malformações? | Limitado | Sim, com alto grau de sensibilidade |
Tempo de duração | Cerca de 10–15 minutos | Pode durar até 40 minutos |
Profissional especializado? | Não necessariamente | Sim, médico com treinamento específico |
Por que o ultrassom morfológico é tão importante?
Além de proporcionar maior segurança ao detectar possíveis complicações, o ultrassom morfológico contribui para decisões clínicas estratégicas, como encaminhamentos a centros especializados ou programação de partos de alto risco. Também oferece aos pais mais informações sobre o desenvolvimento do bebê, fortalecendo o vínculo e a tranquilidade durante a gestação.
Esse tipo de exame tem evoluído com a integração de tecnologias avançadas, como Doppler colorido e softwares de reconstrução em 3D, elevando ainda mais a acurácia diagnóstica.
- Leia também: Vantagens e aplicações do ultrassom portátil
Inovação em ultrassonografia: inteligência artificial e tecnologia Edan
A MA Hospitalar está preparada para acompanhar a evolução da ultrassonografia morfológica com tecnologia de ponta. A partir do segundo semestre de 2025, a inteligência artificial estará integrada aos exames morfológicos realizados com equipamentos da marca, promovendo ainda mais precisão nos diagnósticos, com recursos avançados de análise automatizada e suporte à tomada de decisão clínica.

Nossa linha de ultrassons Edan inclui modelos de alto desempenho, como o Ultrassom Estacionário Acclarix LX25, ideal para ambientes hospitalares com alta demanda, e o Ultrassom Portátil Acclarix AX2, perfeito para quem busca mobilidade sem abrir mão da qualidade de imagem. Com essas soluções, a MA Hospitalar reafirma seu compromisso em oferecer o que há de mais moderno em diagnóstico por imagem.
Exames complementares, não substitutos
A ultrassonografia obstétrica comum e o ultrassom morfológico cumprem funções diferentes e complementares. Ambos são indispensáveis no acompanhamento pré-natal, mas é o morfológico que oferece uma avaliação mais criteriosa da anatomia fetal, sendo considerado um marco essencial na rotina gestacional.
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