A monitorização da profundidade anestésica é uma ferramenta essencial para garantir segurança e eficácia durante os procedimentos cirúrgicos.
Ela permite que o anestesiologista adapte e ajuste o plano anestésico conforme o estado individual de cada paciente, prevenindo complicações como a consciência transoperatória e minimizando o risco de efeitos adversos pós-operatórios.
Com as tecnologias disponíveis atualmente, como o monitor SedLine, a monitorização da profundidade anestésica entrou em uma nova era de precisão e personalização.
Neste artigo, discutiremos como melhorar sua monitorização da profundidade anestésica e quais fatores você deve considerar para otimizar a condução anestésica.
1. Conheça os fatores de risco para consciência transoperatória
Antes de adotar qualquer estratégia de monitorização da profundidade anestésica, é importante reconhecer os cenários em que o risco de consciência intraoperatória é maior.
Isso ajuda a determinar quando a monitorização monitorização da profundidade anestésica deve ser usada como uma prioridade. Os principais fatores de risco incluem:
- Pacientes críticos que recebem doses reduzidas de anestésicos.
- Uso de relaxantes musculares durante o procedimento.
- Anestesia venosa total (TIVA), que necessita de ajuste mais fino dos agentes anestésicos.
- Cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea (CEC).
- Anestesia geral para cesarianas, onde a redução de doses para proteger o feto é comum.
- Operações de emergência, onde o tempo para titulação cuidadosa é limitado.
Esses pacientes se beneficiam particularmente de um monitor cerebral, que auxilia no ajuste fino da profundidade anestésica e reduz as chances de consciência indesejada.
2. Use monitores modernos para uma avaliação mais precisa
Monitores de profundidade anestésica, como o SedLine, oferecem uma avaliação abrangente da atividade cerebral.
Ao invés de depender exclusivamente de índices simplificados, como o PSI, esses dispositivos analisam uma variedade de informações, incluindo:
- Matriz Espectral (DSA): Proporciona uma visão detalhada da atividade cerebral e facilita a interpretação do estado hipnótico.
- Índice de Supressão (SR): Indica a porcentagem de tempo em que o paciente apresentou atividade isoelétrica ou surto-supressão, ajudando a evitar a depressão cerebral excessiva.
- Frequência Espectral Limite (SEF): Informa se a maioria das ondas cerebrais está dentro de uma faixa específica, permitindo ajustes precoces no nível de anestesia.
Esses parâmetros combinados oferecem uma visão completa do estado cerebral, possibilitando intervenções mais precisas.
3. Personalize a anestesia com base na Matriz Espectral
O uso da matriz espectral se tornou uma ferramenta essencial para a condução anestésica moderna.
Cada anestésico possui uma “assinatura” específica no cérebro, e compreender essas variações permite ajustar a anestesia com mais precisão.
De acordo com estudos recentes, como o de Purdon et al., publicado na Anesthesiology, a análise da matriz espectral é fundamental para diferenciar o efeito de anestésicos comumente usados:
- Anestesia Geral: Predominância de ondas delta (0,5–3,5 Hz) e alfa (7–13 Hz).
- Anestesia Balanceada: O aparecimento de ondas teta (3,5–7 Hz) sugere um preenchimento entre as ondas delta e alfa, o que é conhecido como Fill-in.
- Cetamina: Gera um padrão distinto de ondas beta (13–30 Hz), o que pode indicar uma superficialização do plano anestésico se não for interpretado corretamente.
- Dexmedetomidina: Em doses altas, essa droga se destaca por gerar um padrão eletroencefalográfico semelhante ao sono fisiológico, com predominância de ondas delta.
Dominar a interpretação desses padrões ajuda a evitar anestesia superficial e promove uma condução anestésica mais adequada às necessidades do paciente.
4. Monitore relaxamento e analgesia simultaneamente
Um aspecto muitas vezes negligenciado é a importância de uma monitorização integrada.
A profundidade anestésica deve ser sempre avaliada em conjunto com o bloqueio neuromuscular e a analgesia, especialmente em cirurgias que exigem relaxamento profundo ou controle preciso da dor.
Dispositivos como o TOF (Train-of-Four) e o ANI (Analgesia Nociception Index) complementam a avaliação cerebral, fornecendo informações cruciais para manter o paciente em um estado otimizado.
O uso simultâneo desses monitores leva à chamada Anestesia de Precisão, um novo paradigma que busca equilibrar o estado hipnótico, o relaxamento muscular e a analgesia para proporcionar segurança e conforto máximos ao paciente.
5. Use ferramentas como o SedLine para populações especiais
O monitor SedLine, da Masimo, é particularmente eficaz em populações de risco, como idosos e pacientes pediátricos.
Ele possui sensores bilaterais e algoritmos ajustados para EEGs de baixa potência, o que aumenta a precisão e a confiabilidade das leituras em pacientes com características cerebrais mais delicadas.
Além disso, a análise bilateral do SEF permite identificar assimetrias na atividade cerebral, que podem ser um indicador precoce de problemas como isquemia.
Outro recurso importante é a integração do SedLine ao monitor ROOT da Masimo, que permite a combinação de diferentes parâmetros em uma única tela, facilitando a visualização de tendências e a tomada de decisão clínica.
6. Siga as recomendações e regulamentações
O uso de monitores de profundidade anestésica é respaldado por diversas recomendações de sociedades médicas e órgãos regulatórios.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda a monitorização para pacientes de alto risco em anestesia geral e considera seu uso indispensável em anestesias venosas totais, conforme a RESOLUÇÃO CFM N° 2.174/2017.
Essas diretrizes ajudam a guiar a prática clínica e a garantir que os padrões de segurança sejam seguidos.
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Nele, você encontrará informações completas sobre os parâmetros de monitorização da profundidade anestésica, as assinaturas dos anestésicos e como otimizar a condução anestésica para diferentes tipos de pacientes e cirurgias.
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A qualidade do aparelho afeta a precisão na administração dos agentes anestésicos, ajuda na monitorização dos sinais vitais e permite ajustes conforme as necessidades clínicas. Equipamentos de referência contribuem para minimizar riscos e garantir o bem-estar do paciente.
A escolha apropriada do aparelho e anestesia desempenha um papel fundamental na prática clínica e impacta diretamente na segurança e eficácia dos procedimentos anestésicos.
A evolução tecnológica tem proporcionado dispositivos avançados com capacidades diversificadas, desde a administração precisa de agentes anestésicos até o monitoramento contínuo dos parâmetros fisiológicos do paciente.
A análise criteriosa do aparelho de anestesia não apenas visa otimizar o manejo anestésico intraoperatório, mas também minimiza complicações perioperatórias e aprimoramento dos resultados clínicos pós-operatórios.
Precisa comprar um aparelho de anestesia? Leia o artigo e entenda como as funcionalidades e os padrões elevados de segurança fazem toda a diferença no cuidado ao paciente durante todo o processo cirúrgico.
O que considerar ao escolher um aparelho de anestesia?
Não é novidade, mas vale reforçar: o aparelho de anestesia desempenha um papel crucial no suporte à vida durante o período perioperatório. Avanços tecnológicos têm proporcionado equipamentos cada vez mais sofisticados, capazes de oferecer funcionalidades integradas que facilitam a prática clínica.
Conforme observado no estudo da revista científica Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 2024:
“A tecnologia desempenha um papel significativo na promoção da segurança do paciente durante a administração de anestesia, oferecendo uma variedade de ferramentas e recursos para ajudar os profissionais de saúde a monitorar, prevenir e responder a eventos adversos. Algumas das principais áreas em que a tecnologia tem impactado positivamente a segurança incluem sistemas de monitoramento avançado, simulações virtuais e inteligência artificial (IA)”
Portanto, no momento da escolha, avalie:
As funcionalidades essenciais que o aparelho pode oferecer
Equipamentos hospitalares, em geral, contam cada vez mais com funcionalidades desenvolvidas para proporcionar automatização de tarefas, melhorar performance dos profissionais, e garantir a segurança dos pacientes.
Mas, entre as tecnologias essenciais estão:
Ventilação mecânica adaptativa
Capacidade de ajustar automaticamente os parâmetros de ventilação (como volume corrente e frequência respiratória) com base nas necessidades do paciente, proporcionando suporte respiratório adequado durante todo o procedimento.
Monitorização integrada
Sistemas que permitem monitorar continuamente e de forma integrada os sinais vitais do paciente, como oximetria de pulso, capnografia (monitorização do CO2 expirado), pressão arterial não invasiva, eletrocardiograma (ECG) e temperatura corporal.
Sistemas de segurança
Controle preciso da concentração e da administração de gases anestésicos voláteis e agentes intravenosos, garantindo uma administração segura e ajustável conforme as necessidades do paciente.
Controle de vaporização
Permite uma administração precisa e controlada de agentes anestésicos voláteis, ajustando a concentração de acordo com as demandas anestésicas do paciente.
Integração de Dados
Capacidade de integrar-se a sistemas de informação hospitalar (HIS) e sistemas de registro eletrônico de saúde (EHR), permitindo uma documentação precisa e facilitando a análise de dados para melhoria contínua da prática clínica.
Capacidade de Emergência e Backup
Disponibilidade de recursos para situações de emergência, como sistemas de ventilação manual integrados, reservatórios de oxigênio suficientes e alarmes sonoros e visuais para alertar sobre condições críticas.
Facilidade de uso e manutenção
Dê preferência para sistemas que tenham uma rápida curva de aprendizado e que sejam fáceis de utilizar. Com isso, os profissionais terão mais facilidade para manusear o equipamento no seu cotidiano profissional.
Também opte por equipamentos com manutenção facilitada, pois essa prática ajuda a diminuir o tempo ocioso dos aparelhos e vai deixar o seu trabalho mais produtivo.
Por que a reputação da marca do aparelho de anestesia é importante?
A marca do aparelho importa?
Sim, importa. Afinal, marcas bem estabelecidas têm uma longa história de pesquisa e desenvolvimento, resultando em produtos com tecnologias avançadas e inovações contínuas.
Esse histórico permite que essas empresas incorporem soluções mais atualizadas, desde sistemas de ventilação mecânica adaptativa até sofisticados mecanismos de monitorização integrada.
O compromisso contínuo com a inovação permite às marcas líderes a antecipar e responder às necessidades emergentes da prática clínica, garantindo que seus equipamentos permaneçam atualizados.
Outro aspecto importante é que as marcas referências no mercado são mais propensas a serem adotadas amplamente por anestesiologistas e equipes cirúrgicas, devido à sua reputação de desempenho consistente e segurança comprovada.
Quais são os diferenciais do aparelho de anestesia?
A MA Hospitalar conta com um amplo conjunto de aparelhos disponíveis destinados às anestesias. Em comum, os equipamentos ajudarão os profissionais da saúde a desempenharem bom trabalho no dia-a-dia do profissional.
Vale destacar que a MA Hospitalar oferece os equipamentos da GE Healthcare: empresa líder de mercado e que possui o melhor aparelho de anestesia. Trata-se, portanto, de um investimento relevante para o seu hospital ou clínica.
Agora, pode surgir a seguinte dúvida: afinal, quais são os principais diferenciais dos aparelhos? Primeiramente, as ferramentas contam com controle de ventilação e monitoramento do paciente em uma única tela, facilitando a consulta dessas informações.
Além disso, o sistema respiratório é compacto e conta com o controle digital das válvulas de fluxo e cinética de gases, possibilitando rápida absorção e eliminação para anestesia de baixo fluxo, proporcionando eficiência nas cirurgias.
Vale destacar que os aparelhos contam com diversos modos respiratórios e ainda apresentam fluxômetros digitais para oxigênio, ar e óxido nitroso (N2O). Com isso, os profissionais de saúde vão ter facilidade para ajustar o fluxo de cada gás.
Os equipamentos ainda possibilitam ajustes precisos e rápidos nos parâmetros das anestesias. Isso pode incluir, por exemplo, a frequência respiratória, limite de pressão, entre outras propriedades relevantes.
Por fim, mas não menos relevante, os médicos também terão acesso a informações confiáveis e em tempo real sobre a situação dos pacientes. Desse modo, os profissionais vão ter mais segurança na realização dos procedimentos cirúrgicos e vão proporcionar mais bem-estar para cada paciente, aumentando a chance de sucesso das cirurgias.
No momento da escolha do aparelho, é crucial considerar fatores como as necessidades específicas do seu centro cirúrgico ou consultório, as características técnicas dos diferentes modelos disponíveis e a reputação do fabricante.
Agora que você sabe da importância da escolha do melhor aparelho de anestesia importa, veja como funciona o aparelho de anestesia da MA Hospitalar e entenda como essa ferramenta pode ajudar no seu trabalho cotidiano.
Referência:
Segurança do paciente na administração de anestesia: revisão integrativa , April 2024 Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(4):1509-1533
Imagem de Capa: Freepik – @wavebreakmedia_micro
A aplicação da inteligência artificial na anestesia representa um avanço significativo na prática médica. Algoritmos de IA já ajudam a prever respostas individuais aos agentes anestésicos com base em dados biométricos e históricos do paciente, permitindo uma administração mais precisa e personalizada.
A integração da inteligência artificial (IA) na prática da anestesia tem se destacado como uma área de rápido desenvolvimento e potencial transformador.
Com avanços significativos em aprendizado de máquina e processamento de dados biométricos, a IA está sendo explorada para aprimorar a administração de agentes anestésicos, monitorar sinais vitais durante procedimentos cirúrgicos e otimizar a segurança e o cuidado do paciente.
Conheça as inovações mais recentes na aplicação da IA em anestesia, seus benefícios, desafios e o impacto potencial na prática clínica e na gestão de pacientes. Boa leitura!
O que é a inteligência artificial?
Inteligência Artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana.
Esses sistemas são projetados para aprender com dados, reconhecer padrões, tomar decisões autônomas, resolver problemas complexos e se adaptar a novas situações.
As técnicas fundamentais incluem o uso de algoritmos para processar informações, a aplicação de modelos estatísticos e a construção de redes neurais artificiais que imitam a estrutura e o funcionamento do cérebro humano.
Qual a importância da Inteligência Artificial na anestesia?
A anestesiologia sempre foi uma área inovadora e crucial para o avanço da medicina. Isso não seria diferente com o surgimento da IA, uma tecnologia disruptiva que pode melhorar a visão dos resultados e protocolos clínicos.
Neste contexto, a IA se destaca, principalmente, ao trazer precisão e a segurança dos procedimentos anestésicos. Esses sistemas são capazes de prever respostas individuais com base em históricos clínicos e dados fisiológicos, o que ajuda os anestesistas a ajustar as doses de forma mais precisa e rápida.
De acordo com um artigo da Veja Saúde, um exemplo prático é a predição da hipotensão transoperatória: a inteligência artificial prevê com 20 minutos de antecedência que a pressão arterial do paciente vai cair drasticamente, o que permite uma intervenção mais rápida.
A tecnologia também auxilia na administração das doses, diminuindo a chance de erros humanos, como falhas na dosagem ou administração de medicamentos inadequados. Ou seja, deixa os processos mais seguros e automatizados também.
De acordo com o estudo “Artificial Intelligence in Anesthesiology: Current Techniques, Clinical Applications, and Limitations”, que indica avanços e desafios da aplicação da tecnologia no setor, a IA pode apresentar benefícios importantes, como:
- controle e monitoramento dos níveis anestésicos: por meio das análises de dados fisiológicos, torna-se possível definir níveis adequados de anestesia no momento das cirurgias;
- gestão de dor: com uma dosagem adequada no procedimento anestésico, será possível gerenciar melhor a dor e proporcionar bem-estar aos pacientes;
- prevenção de eventos de risco: por meio da análise dos eventos de risco, as ferramentas de IA podem ajudar os profissionais da saúde a se prevenirem desses eventos, mitigando ou eliminando eventuais impactos;
- logística da sala de cirurgia: a IA pode auxiliar os profissionais a agendar cirurgias de forma eficiente e alocar recursos de forma otimizada.
Mas, por que acompanhar essas inovações?
Acompanhar o avanço da IA ajuda os profissionais de anestesiologia a se manterem atualizados e aprimorarem seus procedimentos para um nível mais avançado. Isso significa estar na vanguarda das inovações que podem beneficiar diretamente a prática médica.
De acordo com o podcast da Sociedade Brasileira de Anestesiologia dedicado ao tema existem, no entanto, limitações e riscos que demandam cuidado.
Para a instituição: “A transparência das informações e até mesmo as informações disponíveis ainda são um grande desafio. Se o futuro é sem dúvida mais inteligente devido às máquinas, podemos prever que também é mais humano, uma vez que com as máquinas fazendo o trabalho que podem fazer melhor e com mais acurácia, os profissionais podem se dedicar às habilidades humanas, como empatia, segurança e resolução de conflitos.”
Embora os benefícios da IA na anestesia sejam inegáveis, questões éticas e legais devem ser cuidadosamente consideradas. A transparência na utilização de algoritmos, a privacidade dos dados dos pacientes e a responsabilidade clínica continuam sendo desafios importantes à medida que a tecnologia evolui.
Quais são os avanços recentes em inteligência artificial na anestesia?
A IA está aprimorando a cada dia e isso não difere na área da saúde. Por esse motivo, vamos explorar com mais detalhes os avanços mais relevantes dessa tecnologia:
Personalização da anestesia
Cada paciente responde de maneira única aos agentes anestésicos, e a IA ajuda a personalizar os protocolos de anestesia.
Utilizando modelos preditivos baseados em dados clínicos, genéticos e até mesmo em dados de monitoramento em tempo real, os sistemas de IA podem recomendar doses precisas, minimizando os riscos e os efeitos colaterais.
Simulações e treinamentos
Simulações virtuais baseadas em IA oferecem ambientes seguros para praticar diferentes cenários clínicos, permitindo que os profissionais desenvolvam habilidades sem expor pacientes a riscos desnecessários.
Além disso, sistemas de IA podem fornecer feedback imediato e personalizado, acelerando a curva de aprendizado e garantindo práticas mais seguras e eficazes.
Recuperação pós-anestésica
Após o procedimento, a IA continua desempenhando um papel crucial na gestão da dor e na recuperação do paciente. Os algoritmos ajudam a prever o nível de dor pós-operatória com base em dados históricos, permitindo uma administração mais eficaz de analgésicos.
Esses sistemas inteligentes podem monitorar sinais precoces de complicações pós-operatórias, facilitando intervenções rápidas e melhorando os resultados a longo prazo.
Quais são as perspectivas futuras da IA?
Para tal resposta, é interessante uma visão global de como a IA pode impactar as instituições e não apenas o setor da anestesiologia. Afinal, a IA automatiza uma série de processos administrativos e operacionais dentro do hospital, reduzindo a carga de trabalho manual dos profissionais de saúde e aumentando a eficiência.
Isso inclui desde a gestão de agendas e triagem de pacientes até a logística de suprimentos e gestão de leitos. Ao eliminar tarefas repetitivas e propensas a erros humanos, a IA permite que os funcionários se concentrem mais diretamente no atendimento ao paciente, melhorando assim a qualidade do cuidado.
Em termos de diagnóstico e tomada de decisão clínica, a IA utiliza algoritmos avançados para analisar grandes volumes de dados médicos. Isso inclui imagens de diagnóstico, como radiografias e ressonâncias magnéticas, bem como dados de registros médicos eletrônicos.
Os sistemas de IA podem identificar padrões sutis que podem escapar à percepção humana, ajudando os médicos a realizar diagnósticos mais completos. A tecnologia pode, ainda, integrar dados genômicos e epidemiológicos para personalizar o tratamento e prever a resposta do paciente a diferentes terapias.
No monitoramento contínuo de pacientes, prática comum da anestesia, a IA desempenha um papel crucial na detecção precoce de deterioração clínica, em tempo real. Como comentamos, Isso permite intervenções rápidas e preventivas, reduzindo o tempo de resposta e melhorando os resultados clínicos
Este artigo foi útil? Se busca por um equipamento avançado, tecnológico e de referência em procedimentos anestésicos, o aparelho de anestesia Carestation CS650 Prime da GE Healthcare é uma excelente escolha. Ele oferece funcionalidades de ponta que garantem eficiência e segurança durante os procedimentos.
O ultrassom é uma ferramenta diagnóstica essencial em diversas áreas da medicina, incluindo cardiologia, ginecologia e radiologia.
No entanto, a crescente demanda por exames de imagem pode sobrecarregar as clínicas e hospitais, fazendo da produtividade um fator crucial.
Aqui, discutiremos estratégias para aumentar a produtividade nos exames de ultrassom e como o uso do Arietta 65 da FUJIFILM pode ser um diferencial nessa otimização.
Ultrassom no Brasil
Entre 2010 e 2022, a quantidade de equipamentos de ultrassom no Brasil quase dobrou, chegando a 47,7 mil aparelhos, segundo pesquisa da LifesHub.
No entanto, há uma distribuição desigual entre as regiões: Centro-Oeste, Sudeste e Sul foram as mais equipadas, enquanto a região Norte apresentou a menor quantidade.
O Distrito Federal, Santa Catarina e Rio de Janeiro apresentaram cerca de um aparelho para cada 3 mil habitantes, enquanto estados como Maranhão, Amazonas e Rondônia têm um para cada 10 mil habitantes.
Entre 2019 e 2022, houve um aumento no uso de ultrassonografia. Em 2021 e 2022, foram realizados 9,5 milhões de exames de ultrassom no país.
Capacitação e treinamento da equipe
Um dos primeiros passos para aumentar a produtividade é garantir que toda a equipe esteja bem treinada no uso dos aparelhos de ultrassom. Isso inclui desde médicos até técnicos de imagem.
O conhecimento aprofundado dos recursos e funcionalidades do equipamento pode reduzir significativamente o tempo de cada exame.
Aqui, na MA Hospitalar, você pode solicitar treinamentos para a sua equipe.
Temos um time de especialistas clínicos para auxiliar a sua instituição!
Otimização do fluxo de trabalho
A implementação de um fluxo de trabalho eficiente é essencial. Algumas práticas incluem:
- Agendamento racional: Planejar os horários dos exames de forma que minimize o tempo de espera e maximize o uso do aparelho.
- Preparação do paciente: Ter uma equipe dedicada para preparar os pacientes antes dos exames pode reduzir o tempo ocioso do aparelho.
- Padronização de protocolos: Desenvolver protocolos padronizados para os exames mais comuns pode acelerar o processo e garantir a consistência dos resultados.
Tecnologia de ponta: Arietta 65 da FUJIFILM
O uso de tecnologias avançadas como o Arietta 65 da FUJIFILM pode revolucionar a produtividade em exames de ultrassom.
Com diversos recursos, ele oferece muitas soluções em ultrassonografia para radiologia, cardiovascular, ginecologia e cirurgia. Conta com imagens em 3D e 4D, seleção automática de dados e elastografia em tempo real.
Também apresenta grande variação de transdutores para todos os tipos de aplicação: minimamente invasivas, em cirurgias abertas de HPB e robóticas drop-in.
Este equipamento é projetado para oferecer alta performance e eficiência, trazendo diversas vantagens:
- Qualidade de imagem superior: O Arietta oferece imagens de alta resolução, o que facilita diagnósticos precisos e rápidos. Menos tempo é gasto na captura de imagens adequadas.
- Software intuitivo: A interface do Arietta é projetada para ser intuitiva, reduzindo a curva de aprendizado e permitindo que os profissionais se concentrem mais nos pacientes e menos nos controles do aparelho.
- Modos de exame automatizados: O Arietta possui vários modos de exame automatizados que ajustam as configurações ideais para diferentes tipos de exames, acelerando o processo e garantindo qualidade consistente.
- Portabilidade e ergonomia: O design ergonômico e a portabilidade do Arietta facilitam o manuseio e a movimentação dentro da clínica ou hospital, permitindo a realização de exames em diferentes ambientes de forma ágil.
Integração com sistemas de informação
Integrar o equipamento de ultrassom com os sistemas de informação hospitalar (HIS) e sistemas de arquivamento e comunicação de imagens (PACS) pode acelerar o fluxo de informações.
Com o Arietta da FUJIFILM, essa integração é facilitada, permitindo a rápida transferência e armazenamento de dados, bem como o acesso remoto às imagens para avaliação e consulta.
Manutenção preventiva
A manutenção regular do equipamento é crucial para evitar interrupções inesperadas que possam atrapalhar a produtividade.
Aqui na MA Hospitalar oferecemos programas de manutenção preventiva, corretiva, garantias estendidas e muito mais.
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Aumentar a produtividade em exames de ultrassom é um objetivo alcançável com a combinação de treinamento adequado, otimização do fluxo de trabalho e uso de tecnologia avançada.
O Arietta 65 da FUJIFILM é uma ferramenta essencial para essa otimização, oferecendo qualidade de imagem superior, interface intuitiva, modos de exame automatizados e integração eficiente com sistemas de informação.
Ao adotar essas estratégias, clínicas e hospitais podem atender a uma maior demanda de pacientes com eficiência e precisão, melhorando significativamente o atendimento e os resultados clínicos.
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Referências
1. Bretas EAS, Guimarães RMM, Aihara AY, Leão Filho HM, Chojniak R, Muglia VF, et al.. Estimating the productivity of radiologists in Brazil: the search for a benchmark. Radiol Bras [Internet]. 2020Mar;53(2):73–80. Available from: https://doi.org/10.1590/0100-3984.2019.0081
O O4C é a solução da Dedalus que pode te ajudar a reduzir custos na operação do seu hospital.
Segundo Araújo (2005), o setor de saúde no Brasil está marcado por custos crescentes na assistência, juntamente com uma piora na qualidade dos serviços e restrições crescentes no acesso aos serviços de saúde.
O que é visto é que os custos estão aumentando, não devido à uma maior utilização dos recursos por demanda populacional puramente, mas porque a utilização dos recursos é extremamente ineficiente gerando desperdício.
Gerenciamento, custos e a utilização de recursos são o que causam diversos problemas nos serviços hospitalares.
As salas cirúrgicas representam as maiores receitas para os hospitais, como também os maiores custos.
O centro cirúrgico é um dos setores que mais utiliza recursos materiais, o que gera consumo elevado, sendo assim um grande produtor de desperdícios.
Portanto, esse setor representa um grande desafio para administração de gastos excessivos (Castro, 2012).
O4C é uma solução de gerenciamento e monitoramento para centros cirúrgicos
Para melhor gerenciamento e monitoramento do paciente e do centro cirúrgico como um todo, em todas as fases dos processos no hospital, sejam eles clínicos ou administrativos, o O4C da Dedalus consegue realizar vários processos para que isso aconteça como:
- Planejamento cirúrgico: este processo envolve a organização e preparação de todas as atividades necessárias para a realização de uma cirurgia.
- Pré-reserva cirúrgica: refere-se à etapa inicial onde a cirurgia é agendada preliminarmente. Envolve a verificação da disponibilidade da sala cirúrgica.
- Gestão dos tempos para limpeza de sala: este processo assegura que as salas cirúrgicas sejam adequadamente limpas e desinfetadas entre os procedimentos.
- Gestão das cirurgias em andamento ou finalizadas: envolve o monitoramento contínuo das cirurgias enquanto elas estão ocorrendo, bem como a documentação e análise após a conclusão.
- Prontuário cirúrgico (Cirurgião): é o registro detalhado mantido pelo cirurgião que inclui o planejamento pré-operatório e descrição do procedimento realizado.
- Prontuário cirúrgico (Enfermagem): documento mantido pela equipe de enfermagem que inclui o cuidado pré-operatório, os registros de monitoramento durante a cirurgia e os cuidados pós-operatórios.
- Prontuário cirúrgico (Anestesiologista): registro específico do anestesiologista que inclui a avaliação pré-anestésica, o tipo de anestesia utilizada e outras informações.
- Suporte no pré-operatório: inclui todas as atividades de suporte necessárias antes da cirurgia, como a avaliação médica do paciente e outras condições clinicas.
- Suporte no transoperatório: refere-se ao apoio contínuo fornecido durante a cirurgia como a monitorização dos sinais vitais do paciente.
- Suporte no pós-operatório: envolve os cuidados imediatos após a cirurgia, como a monitorização do paciente na sala de recuperação.
- Apoio obstétrico: abrange os cuidados e suporte específicos para partos e procedimentos obstétricos como por exemplo gestão do trabalho de parto.
- Compartilhamento dos documentos com o PEP: este processo envolve a integração e o compartilhamento de todos os registros e documentos cirúrgicos com o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).
Os objetivos do O4C da Dedalus são:
- Otimizar recursos e insumos para redução de custos
- Reduzir o tempo de espera para a intervenção cirúrgica
- Facilitar a medição de desempenho do centro cirúrgico
- Garantir a padronização de processos clínicos e administrativos
- Operar com facilidade na execução das rotinas
- Realizar conversão de metas internacionais de segurança do paciente
- Trazer maior segurança para o hospital e profissionais seguindo diretrizes da OMS sobre gestão de risco cirúrgico e prevenção de infecções do sítio cirúrgico
Sabe-se que durante uma cirurgia, o paciente está propenso a ser acometido com as mais variadas intercorrências, não somente por meio de uma infecção como por passíveis falhas humanas.
Os sistemas de informação mostram importantes componentes essenciais para garantir a segurança do paciente, com toda essa amplitude de fluxos e processos para serem executados num centro cirúrgico, seria praticamente impossível gerenciar sem tecnologias, com a ausência dela, aumentaria a quantidade de falhas humanas.
Dessa forma destaca-se a solução O4C disponível para o centro cirúrgico para uma maior gerenciamento e monitoramento da gestão de riscos cirúrgicos e prevenção de infecções no sítio cirúrgico.
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Com o O4C da Dedalus, as instituições de saúde podem reduzir o custo dos seus processos no hospital e melhorar a eficiência operacional, proporcionando a melhor experiência para os pacientes.
Na MA Hospitalar, estamos comprometidos em proporcionar as melhores soluções, seja equipamentos, insumos ou softwares, que proporcionem a melhoria dos serviços de saúde na sua clínica ou hospital.
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Referências
- Castro LC. O custo de desperdício de materiais de consumo em um centro cirúrgico [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2012
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Um sistema de chamada de enfermagem IP mais flexível e modular
A comunicação hospitalar é um tema que vem sendo estudado desde a década de 1990.¹ E cada vez mais, demonstra-se que a comunicação é um componente-chave para atendimentos de qualidade no ambiente hospitalar.2,3
Alguns estudos evidenciaram que a chamada de enfermagem foi capaz de reduzir interrupções desnecessárias, otimizar o tempo de atendimento e antecipar as necessidades dos pacientes.4
Percebeu-se também que a implementação dessa forma de assistência em outras instalações clínicas pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias para melhores práticas, aumentando a confiança dos profissionais de enfermagem.5
Você conhece o sistema de chamada de enfermagem da Caretronic?
O NurseCare é um sistema avançado de chamada de enfermagem IP, concebido para otimizar a comunicação entre os pacientes e os prestadores de cuidados de saúde.
Além disso, é um sistema completo, inteligente e interativo que combina documentação de enfermagem e gerenciamento de saúde. É certificado pelos mais altos padrões de segurança (DIN VDE).
O sistema pode incorporar funcionalidades avançadas, como alertas em tempo real, comunicação de voz bidirecional e priorização de chamadas personalizável, para garantir uma resposta rápida e eficiente às necessidades dos pacientes.
NurseCare: o sistema de chamada de enfermagem IP mais flexível e modular
Você pode adquirir apenas a configuração necessária para o seu sistema de chamada de enfermagem, em vez de todos os tipos de recursos desnecessários.
Pode escolher entre o nível básico e avançado, atualizar facilmente seu sistema e ainda adicionar recursos a qualquer momento.
Quais os principais benefícios do NurseCare?
- Facilita o fluxo de trabalho dos profissionais de enfermagem e garante maior segurança ao paciente.
- Sistema integrado que inclui sensores de queda, rastreamento de localização e botões de emergência, entre outros.
- Centraliza processos de saúde e sistemas de chamadas de emergência em hospitais e ambientes de cuidados de saúde.
- Otimiza despesas.
- Melhora a qualidade e a eficiência dos cuidados de saúde.
- Oferece a melhor solução para atendimento de pacientes e idosos em hospitais, clínicas e casas de longa permanência.
NurseTab, o terminal do posto de enfermagem
Um display touchscreen interativo que combina o sistema de chamada de enfermagem e toda a gestão de saúde em um único dispositivo. O NurseTab registra informações de cada quarto, como funcionários cadastrados, horário de atendimento, anotações de enfermagem e serviços prestados.
Vantagens do NurseTab
- Gestão simplificada da informação: registra eficazmente as informações essenciais de cada quarto.
- Solução tudo-em-um: integra perfeitamente um sistema de chamada de enfermagem com gestão de cuidados de saúde e documentação de enfermagem.
- Experiência do usuário melhorada: interface de fácil utilização.
- Comunicação e colaboração melhoradas: atualizações e alertas em tempo real mantêm toda a equipe informada.
- Personalizável e escalonável: definições, notificações e níveis de acesso personalizáveis.
- Resultados baseados em dados: relatórios e análises completas sobre os atendimentos.
Botões de chamada
Além dos botões padrão, você pode escolher entre outros sensores e alarmes para melhorar a segurança e o atendimento ao paciente. O sistema permite que você escolha sua própria configuração, dando mais liberdade para adquirir um sistema que caiba no seu orçamento.
Botão de pressão em forma de pera
Cabo de tração
Botão de chamada e reposição, código azul
iNurse, aplicativo móvel para smartphone
Permite que a equipe clínica responda a chamadas de emergência via iNurse mesmo quando não está presente no posto de enfermagem. Em situações de emergência, o iNurse oferece chamada com um toque para a equipe de reanimação.
InfoTab, display para corredor
O inovador display de corredor indica o local da chamada até o leito específico, o atendimento da equipe de saúde no quarto, a chamada de atendimento e oferece conteúdo sob demanda. Quando não há chamada ativa, o display pode mostrar atividades diárias, informações, previsão do tempo, menus e conteúdos opcionais.
Relatórios de atividades
Com o NurseCall, é possível analisar todos os registros de atividades e, assim, adequar a rotina do hospital.
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Na MA Hospitalar, fornecemos soluções médico-hospitalares para diferentes finalidades, juntamente com o suporte necessário para sua unidade de saúde ou instituição.
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Referências
- Coiera E and Tombs V. Communication behaviours in a hospital setting: an observational study. BMJ 1998: 316(7132): 673-676.
- Miller ET, Deets C, and Miller RV. Nurse Call and the Work Environment: Lessons Learned. JNCQ 2001: 15(3): 7-15.
- Toussaint PJ and Coiera E. Supporting communication in health care. Int J Med Inf 2005: 74(10): 779-781.
- Tilka Miller, Elaine DNS, RN; Deets, Carol Ed.D., RN; Miller, Robert V. Ph.D. Nurse Call Systems: Impact on Nursing Performance Journal of Nursing Care Quality11(3):p 36-43, fevereiro de 1997.
- Jane Ciof® RN AppSc(Adv Nurs) GradDipEd(Nurs) MAppSc(Nurs) PhD. Nurses experiences of making decisions to call emergency assistance to their patients. Journal of Advanced Nursing, 2000, 32(1), 108±114
Quando se trata de oferecer um atendimento de qualidade em uma clínica médica, otimizar o tempo de espera dos pacientes é essencial.
Longas esperas podem causar frustração e insatisfação, impactando negativamente a experiência do paciente. Felizmente, existem estratégias eficazes que podem ser implementadas para reduzir o tempo de espera e melhorar a eficiência da sua clínica.
Neste artigo, abordaremos algumas dessas estratégias importantes.
Organize a sua recepção
Quando o paciente chega na clínica, a recepção é o primeiro lugar que encontra. Além de um espaço de espera, o ambiente também é uma oportunidade de trazer uma sensação propícia para que seu paciente se sinta bem e tenha uma boa imagem da sua clínica e do serviço.
Uma recepção bem organizada pode ajudar a reduzir o tempo de espera dos pacientes. Certifique-se de que o espaço seja confortável, oferecendo assentos adequados, área para crianças e uma atmosfera acolhedora.
Além disso, otimize o processo de check-in, implementando sistemas de agendamento eficientes e oferecendo opções de autoatendimento na chegada.
Controle e fluxo de pacientes
Um controle eficaz do fluxo de pacientes é essencial para evitar atrasos e longas esperas. Considere implementar um sistema de triagem para identificar casos urgentes e priorizá-los adequadamente.
Além disso, planeje o tempo de cada consulta com base na sua duração média, evitando sobrecarregar os horários e permitindo tempo suficiente para atender adequadamente cada paciente.
Priorização de casos urgentes
Identifique casos urgentes e priorize-os adequadamente. Ao reservar horários específicos para esses casos, você garante um atendimento rápido e eficiente, evitando que outros pacientes sejam afetados por atrasos não programados.
Nesse sentido, a clínica pode ajustar sua programação e distribuir melhor o tempo e recursos disponíveis. Isso ajuda a evitar atrasos e congestionamentos, otimizando o fluxo de pacientes e garantindo um atendimento mais eficiente.
Além disso, quando os pacientes em espera veem a equipe médica agindo rapidamente para atender casos urgentes, isso pode transmitir uma sensação de eficiência e priorização do bem-estar dos pacientes.
Isso pode aumentar a satisfação geral do paciente em espera e tornar a experiência mais positiva.
Use a teleconsulta e o autoatendimento
Uma maneira eficaz de reduzir a demanda presencial e otimizar o tempo de espera é oferecer a opção de teleconsulta. Consultas virtuais permitem que os pacientes tenham acesso rápido e conveniente aos cuidados médicos, sem a necessidade de deslocamento até a clínica.
Além disso, o autoatendimento por meio de plataformas online permite que os pacientes agendem suas próprias consultas, preencham formulários e atualizem informações pessoais, diminuindo a sobrecarga da recepção.
Comunicação clara
A comunicação clara entre a clínica e o paciente que está em espera é de extrema importância, pois tem um impacto significativo na experiência do paciente e no seu bem-estar emocional durante esse período de espera.
Mantenha uma comunicação clara e transparente com os pacientes. Explique os possíveis atrasos e forneça informações atualizadas sobre o tempo de espera. Isso ajudará a reduzir a ansiedade e a impaciência dos pacientes, demonstrando que você valoriza o tempo deles.
Use um sistema de gestão com análise de dados
A implementação de um sistema de gestão adequado, como as soluções de HCIS da Dedalus, pode ser extremamente útil para otimizar o tempo de espera dos pacientes.
Esses sistemas fornecem uma visão integrada dos processos da clínica. Com base nessas informações, você poderá identificar gargalos e tomar decisões embasadas para melhorar a eficiência da sua instituição.
O HCIS da Dedalus é uma solução inovadora que coloca o paciente no centro de todas as etapas do cuidado de saúde. Com fluxos de trabalho perfeitamente integrados, ele se baseia em princípios essenciais para uma assistência de qualidade:
- Centrado no Paciente: O HCIS prioriza a experiência do paciente, garantindo que suas necessidades sejam atendidas de forma eficiente e personalizada.
- Agnóstico em Relação a Outros Fornecedores: Independentemente dos fornecedores ou sistemas utilizados, o HCIS se adapta e se integra perfeitamente, fornecendo uma visão abrangente e unificada das informações de saúde.
- Cuidados Continuados: Nas organizações de saúde e entre elas, o HCIS permite uma transição suave dos cuidados, garantindo que os pacientes recebam atendimento contínuo e coordenado, independentemente do local onde estejam sendo tratados.
- Integração entre Profissionais de Saúde: O HCIS facilita a comunicação e a colaboração entre os profissionais de saúde, permitindo que compartilhem informações e tomem decisões fundamentadas em conjunto.
- Coordenação de Processos Clínicos e Administrativos: Ao integrar processos clínicos e administrativos, o HCIS otimiza o fluxo de trabalho, reduzindo o tempo e os esforços necessários para realizar tarefas administrativas, possibilitando que os profissionais se concentrem mais nos cuidados aos pacientes.
Com o HCIS da Dedalus, as instituições de saúde podem aprimorar a qualidade do atendimento, melhorar a eficiência operacional e proporcionar uma experiência excepcional para os pacientes, garantindo que eles recebam cuidados completos e bem coordenados em todas as fases de seu tratamento.
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Otimizar o tempo de espera dos pacientes na sua clínica médica é fundamental para proporcionar uma experiência positiva e satisfatória.
Ao utilizar estratégias como o sistema de gestão com análise de dados, você estará no caminho certo para reduzir o tempo de espera e melhorar a eficiência da sua clínica, garantindo a satisfação e fidelidade dos seus pacientes.
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Tradicionalmente, os anestesiologistas administram os gases e os agentes anestésicos (AA) ajustando manualmente as concentrações dos vaporizadores e os fluxos de gases frescos (FGF). Todavia, é tecnicamente possível realizar a anestesia de baixo fluxo de forma automática, através do controle expirado (ET) no final da expiração.
Com a evolução da pandemia, onde todos os recursos estão sendo direcionados de maneira integral na promoção de saúde e tratamento dos pacientes contaminados pela Covid-19 — todas as alternativas e tecnologias que possam vir a contribuir na amenização das consequências serão bem-vindas. E, cada vez mais, as inovações tecnológicas estão sendo implantadas com intuito de oferecer a melhor qualidade no atendimento de todos.
Para a área de anestesiologia, podemos contar com ferramentas que auxiliam no monitoramento seguro da técnica de anestesia de baixo fluxo para possibilitar o uso racional dos medicamentos anestésicos, conforme recomenda a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), principalmente neste cenário atual. Além disso, o custo e a poluição ambiental são duas das principais preocupações com a anestesia geral, que podem estar sendo solucionadas também com esse recurso.
Primeiramente, para trabalhar com segurança, você deve se lembrar dos princípios básicos farmacológicos e fisiológicos subjacentes. É importante entender como as concentrações de gás se comportam em um sistema circular e como elas dependem de diferentes fluxos de gases frescos (FGF).
Na prática, o anestesista precisa conhecer os possíveis riscos e benefícios de uma determinada técnica. E, em especial, na anestesia com baixo fluxo e mínimo, o médico deve compreender a importância do monitoramento da ventilação e da medição das concentrações de gases e agentes anestésicos.
A anestesia geral inalatória é aplicada e monitorada por um anestesista. Comumente, a técnica de baixo fluxo é realizada manualmente, ou seja, o médico define o alvo da concentração de oxigênio, necessitando alterar quando preciso a fração de gás inspirado (FiO²), o fluxo de gás fresco e as concentrações do vaporizador para garantir a aplicação ideal da anestesia, minimizando o desperdício de anestésico e possibilitando maior segurança para o paciente.
No entanto, existe uma alternativa de realizar essa técnica de maneira mais eficaz e segura que é através da automação, ou seja, o anestesista irá definir o alvo da fração expirada de oxigênio (EtO²) e os valores da fração expirada de agente anestésico (EtAA) e a máquina ajustará automaticamente a administração do agente e o FGF total para atingir e/ou manter os valores estabelecidos, otimizando o fluxo de trabalho do anestesista.
ANESTESIA DE BAIXO FLUXO
A anestesia com baixo fluxo é uma técnica que usa um sistema de reinalação para retornar pelo menos 50% do valor exalado de gases para o pulmão do paciente após a eliminação de dióxido de carbono (CO²). Sua popularidade e uso estão aumentando em todo o mundo devido à crescente importância do controle de custos, maior consciência ambiental e a disponibilidade de equipamentos avançados de anestesia.
Devido ao seu baixo custo, a anestesia de baixo fluxo está se tornando cada vez mais difundida. Body et al. relataram que a taxa de fluxo de gás fresco usada em seu hospital foi de 1,8 L/min. Tohmo et al. relataram que a frequência de uso do sistema de reinalação para a prática de anestesia na Finlândia aumentou de 62% em 1995 para 83% em 2002, enquanto a taxa de fluxo de gás fresco diminuiu de 3L/min para 1-2L/min no mesmo tempo.
Kennedy et al. avaliaram as mudanças no fluxo de gás fresco em um hospital de treinamento na Nova Zelândia em 2001 e 2006, e relataram que a taxa média de fluxo de gás fresco foi de 1,5 L / min em 2001 e diminuiu para 1,27 L / min em 2006, representando uma redução de 35% no fluxo de gás fresco em 4 anos.
REQUISITOS BÁSICOS PARA ANESTESIA DE BAIXO FLUXO
A anestesia de baixo fluxo pode ser definida como uma técnica em que o FGF é adaptado para atender a necessidade do oxigênio do paciente (cerca de 200mL/min) e de anestésicos voláteis. Além disso, existe a cal sodada (absorvedor de CO²) que faz a remoção do CO² do circuito respiratório.
Para a realização da técnica de anestesia de baixo fluxo, existem alguns requisitos técnicos que são importantes para sua execução segura. Dentre eles, podemos citar:
- Sistema de respiração circular com absorção de CO²;
- Medidores de fluxo precisos para ajuste de fluxos de gás fresco abaixo de 1,0L/min;
- Vaporizadores precisos, capazes de fornecer de maneira confiável concentrações de agentes anestésicos voláteis com FGF abaixo de 1,0L/min;
- Deve haver um sistema respiratório estanque aos gases. O teste de vazamento recomendado deve ser abaixo de 150mL/min no teste de pressão de 30cmH²O. Normalmente, o fole ascendente que não sobe até o topo da câmara do fole pode indicar vazamento no sistema respiratório. Outra indicação de vazamento no circuito pode ser que o ALARME BAIXO da pressão de pico das vias aéreas se tornaria ativo. Além disso, se os loops de espirometria exibidos na tela do monitor não fecharem corretamente, isso também pode indicar um vazamento;
- O sistema respiratório deve ter volume interno mínimo e um número mínimo de componentes e conexões.
- O monitoramento contínuo de gás deve ser empregado. As concentrações de gás inspiratório e expiratório devem ser medidas a cada ciclo respiratório.
Além dos requisitos acima, o monitoramento da ventilação deve sempre ser empregado. A medição do CO² expirado fornecerá essa informação e ajudará a controlar a ventilação alveolar do paciente. Para controlar os volumes do sistema respiratório e a mecânica pulmonar do paciente, informações adicionais podem ser obtidas monitorando as pressões das vias aéreas, os volumes respiratórios e os loops de espirometria.
SISTEMA CIRCULAR E SEUS COMPONENTES
O uso de agentes anestésicos inalatórios em circuito fechado ou semifechado leva à reinalação dos agentes anestésicos voláteis. Isso leva à diferença na concentração fornecida e inspirada de agentes anestésicos voláteis, dependendo do fluxo de gás fresco (FGF).
E, dependendo do FGF entregue, o sistema circular pode funcionar em diferentes formas.
- A anestesia de alto fluxo usa um FGF, que está próximo do volume-minuto do paciente (em média 3 a 6L/min em um adulto normal);
- A anestesia com baixo fluxo usa um FGF de menos da metade do volume-minuto do paciente, o que é mais frequentemente inferior a 3,0L/min em média em um adulto normal;
- Na anestesia com fluxo mínimo, o FGF é reduzido para 0,5L/min.
- Na anestesia de sistema fechado, o FGF é adaptado para igualar a necessidade do oxigênio do paciente e agentes anestésicos.
A lista de componentes de um sistema circular seguirá:
- Entrada de FGF
- Ramo inspiratório com válvula unidirecional
- Ramo expiratório com válvula unidirecional
- Absorvente para remoção de CO²
- O volume do reservatório para ventilação com pressão positiva, tanto com bolsa manual quanto com fole do ventilador, pode ser conectado aqui.
- Válvula de exaustão para eliminação de gases residuais
- Peça em Y do paciente, sensor de fluxo de espirometria e mostrador de gás
- Filtro bacteriano pode ser adicionado aqui
QUAIS AS VANTAGENS DO SISTEMA CIRCULAR?
A vantagem dos sistemas circulares é que eles permitem o uso de FGF baixo ou mínimo. São, no entanto, sistemas estruturalmente complexos e quando baixo FGF é usado, as concentrações de gás inspirado não se relacionam intimamente com as concentrações de FGF administradas pela máquina anestésica. Monitores de gás sofisticados, integrados em máquinas anestésicas modernas, são, portanto, essenciais.
Em resumo, podemos destacar as seguintes vantagens:
- Baixos custos;
- Diminui a contaminação;
- Maior precisão na medida dos volumes;
- Monitoração direta do consumo de O²;
- Melhor umidificação.
QUANTO TEMPO POSSO USAR A CAL SODADA (ABSORVEDOR DE CO²) SEM SUBSTITUIÇÃO?
A cal sodada faz parte da prática clínica diária do anestesiologista. É ela que permite o uso de baixo fluxo de gases frescos a fim de reduzir o consumo de anestésico, manter a temperatura corporal do paciente, conservar a umidade das vias aéreas e evitar poluição na sala de cirurgia.
Devido ao menor consumo de gases e de anestésicos, torna-se um aliado econômico da unidade hospitalar. Além de manter a umidade do ar inalado, evitando os efeitos deletérios de gases secos, tais como ressecamento, inflamação e perda dos movimentos ciliares, leva à redução do fluxo, causando diminuição da complacência pulmonar. A absorção do CO² é uma reação química exotérmica. No sistema em circuito fechado, a água e o calor da reação contribuem para a umidificação e o aquecimento da mistura.
A capacidade de absorção de CO² é baseada no volume-minuto do paciente, o volume da cal sodada e a taxa de FGF selecionada. Quanto menor o FGF, mais o gás é reciclado no circuito, maior a remoção de CO² pelo absorvedor. Contudo, o baixo FGF, levará a necessidade de troca da cal sodada mais vezes ao dia.
ENTÃO, QUANDO A CAL SODADA DEVE SER TROCADA?
A troca da cal sodada deve ocorrer quando houver um aumento considerável nos valores medidos da fração inspirada de CO² (FiCO²) e sem alterações significativas nas configurações da ventilação do paciente.
Outro ponto visível que indica a troca da cal sodada é a mudança da coloração para roxa. Quando a cor da cal sodada muda permanentemente isso sinaliza a hora de trocar o absorvedor. Porém, é importante se atentar que depois de algum tempo, essa mudança de cor pode desaparecer. Portanto, é melhor trocar o absorvedor por conta própria em vez de deixá-lo durante a noite, pois as pessoas no dia seguinte podem não estar cientes das informações sobre a capacidade do absorvedor.
VOCÊ SABIA?
O potencial de superfornecimento ou subfornecimento tanto do agente quanto da concentração final de oxigênio é o grande desafio da atualidade na anestesia, mas a automação pode ajudar você a superá-lo. A otimização do fornecimento de agente anestésico e de oxigênio pode ajudar você a aumentar a qualidade do atendimento de seus pacientes, incluindo os que precisam de cuidados extras.
AFINAL, O QUE É ANESTESIA DE BAIXO FLUXO AUTOMÁTICA?
A anestesia inalatória controlada pelo alvo da EtO2, também chamada de controle expirado, é um sistema de realização de anestesia disponível nas máquinas mais recentes. Nessa modalidade a máquina ajusta automaticamente o fluxo de gás fresco total e a concentração do agente anestésico para atingir os níveis desejados definidos pelo anestesista.
Automatizar o processo de monitoramento e ajuste das concentrações de gás encurta a indução anestésica e resulta em concentrações anestésicas arteriais e cerebrais mais estáveis, estabilizando o nível de anestesia. Também minimiza a quantidade de gás fresco e anestésico desperdiçado, reduzindo os custos de saúde e a carga ambiental.
O consumo de agentes inalatórios não depende apenas do FGF, mas também da solubilidade relativa do gás. Assim, o monitoramento das pressões parciais dos agentes inalados dentro do sistema respiratório é desejável.
O uso de agentes anestésicos inalatórios em circuito fechado ou semifechado leva à reinalação dos agentes anestésicos voláteis. Isso leva à diferença na concentração fornecida e inspirada de agentes anestésicos voláteis, dependendo do FGF.
COMO FUNCIONA?
O circuito respiratório interno da anestesia consiste em um misturador de gás que controla a quantidade de oxigênio e ar ou óxido nitroso fornecido ao paciente, dependendo das configurações.
As válvulas seletoras abrem de acordo com o modo de seleção. Os sensores monitoram continuamente o misturador de gás. O gás misturado sai do misturador e flui para o vaporizador eletrônico, onde a vaporização do agente ocorre usando um fluxo de desvio convencional e o princípio de vaporização livre. Então, o gás comum com o agente flui através das válvulas de entrada e saída.
No entanto, a entrega real do agente é controlada pelo “vaporizador eletrônico” interno. Este dispositivo regula o fluxo de desvio e controla as válvulas de entrada e saída para atingir a saída desejada no gás fresco. Vários sensores no caminho do gás monitoram constantemente o fluxo e a pressão para garantir a concentração de vapor desejada no FGF, mesmo em taxas mínimas. O consumo dos vários gases inalados é calculado automaticamente pelo software computadorizado embutido na máquina.
E QUAIS AS VANTAGENS DA AUTOMAÇÃO?
Dentre as vantagens da anestesia de baixo fluxo automática, podemos destacar:
- Com a facilidade da automação, a carga de trabalho é reduzida para o anestesista, possibilitando que ele se preocupe com outros pontos;
- Efetividade na entrega de agentes, otimizando a entrega do FGF;
- Guarda hipóxica inteligente (mínimo 25%) com a manutenção de fluxos baixos;
- Economia de gases e AA, impactando nos custos e poluição ambiental;
Sabemos que o consumo de medicamentos anestésicos está excessivo devido ao problema mundial de saúde que estamos enfrentando desde 2020 por conta da Covid-19. E, com isso, a técnica de anestesia de baixo fluxo automática é uma alternativa eficaz e segura para racionalizar o uso desses medicamentos, além de contribuir na redução dos custos hospitalares e poluição ambiental, bem como oferecer uma maior segurança no atendimento do paciente.
Leia também nossa outra publicação sobre a anestesia de baixo fluxo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAI, L. A. C; AZEVEDO, R. B. Contaminação do Aparelho de Anestesia por Agentes Patógenos. Rev Bras Anestesiol. Vol. 61, nº 1, 2011: 50-59.
BODY, S. C; FANIKOS, J; DePEIRO, D. et al. Individualized feedback of volatilee agent use reduces fresh gas flow rate, but fails to favorably affect agent choice. Anesthesiology 1999;90:1171–5.
Tohmo H, Antila H. Increase in the use of rebreathing gas flow systems and in the utilization of low fresh gas flows in Finnish anaesthetic practice from 1995 to 2002. Acta Anaesthesiol Scand. 2005 Mar;49(3):328-30.
Kennedy RR, French RA. Changing patterns in anesthetic fresh gas flow rates over 5 years in a teaching hospital. Anesth Analg. 2008;106:1487–90.
POTDAR, M. P; KAMAT, L. L; SAVE, M. P. Cost efficiency of target-controlled inhalational anesthesia. Journal of Anaesthesiology Clinical Pharmacology. April-June, 2014. Vol 30.
HERBERT, L; MAGEE, P. Circle systems and low-flow anaesthesia. BJA Education. Volume 17, Number 9, 2017.
NICE. End-tidal Control software for use with Aisys closed circuit anaesthesia systems for automated gas control during general anaesthesia. Medtech innovation briefing. 2014.
KALLI, I. Clinical performance of electronic control for Aisys™, to automatically adjust fresh gas, agent and oxygen. Helsinki University Central Hospital, Helsinki, Finland.
A evolução na área de Anestesiologia é marcada pelo avanço de tecnologias cada vez mais inovadoras que auxiliam no melhor cuidado do nosso principal cliente: o paciente. E você acha possível evitar o consumo excessivo de agentes anestésicos inalatórios, além de preservar e impactar na segurança do paciente?
Para compreendermos melhor o benefício da ferramenta Ecoflow, é importante entender a correlação do impacto do consumo de agentes anestésicos inalatórios versus custos hospitalares e o conhecimento das possíveis complicações pulmonares pós-operatórias.
Entramos no segundo ano consecutivo de enfrentamento da Covid-19, que em comparação ao ano de 2020, os casos atuais de contaminação por esse vírus fatal estão mais graves, prolongados e com alta taxa de mortalidade.
Por consequência, com o elevado número de casos graves, houve um aumento significativo no consumo de medicamentos sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares. Porém, atualmente, existe um outro grande problema: a falta de fármacos para sedar e anestesiar os pacientes.
Considerando que os fármacos essenciais para as técnicas anestésicas estão em falta ou em ameaça de falta em diversas regiões do país, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) recomenda o uso racional de fármacos em anestesia e sedação, principalmente, nos procedimentos cirúrgicos eletivos. Os principais fármacos envolvidos são os de uso comum pela anestesia e pela terapia intensiva: agentes indutores, tranquilizantes, bloqueadores neuromusculares, opioides, analgésicos, anestésicos locais, anestésicos inalatórios e agonistas dos receptores alfa, entre outros.
O objetivo dessa recomendação da SBA é alertar os anestesiologistas e demais médicos, principalmente neste momento de pandemia, a encontrarem medidas que possam minimizar ou contornar a escassez desses fármacos, devido ao consumo excessivo pela necessidade de tratamento prolongado dos pacientes portadores da Covid-19.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a segurança anestésica é definida como o “conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa a redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia”.
AGENTES ANESTÉSICOS INALATÓRIOS E SUAS PROPRIEDADES
Os anestésicos inalatórios, também denominados de halogenados, são administrados via pulmonar, difundem-se para o sangue e, uma vez diluídos, alcançam as suas zonas de atuação a nível do Sistema Nervoso Central (SNC) através da circulação sanguínea, sendo eliminados posteriormente, na sua maior parte, outra vez por via pulmonar.
A potência anestésica dos gases é dada pela Concentração Alveolar Mínima (CAM). Esta pode ser definida como a concentração mínima de anestésicos nos alvéolos que produz imobilidade em 50% dos doentes expostos a estímulos dolorosos (por exemplo à incisão cirúrgica). A CAM é, portanto, usada para comparar os diferentes anestésicos voláteis bem como suas respectivas eficácias. A duração da anestesia geral, o tamanho e peso do paciente não influenciam o valor da CAM, mas a idade e a temperatura corporal podem influenciar.
Esses anestésicos também têm importância nos parâmetros provenientes do sistema cardiorrespiratório (concentração e ventilação alveolar, débito cardíaco e perfusão cerebral) pois estes influenciam a absorção, distribuição e eliminação dos anestésicos inalatórios.
Existem vários anestésicos voláteis que podem ser usados para a indução e manutenção da anestesia geral. Os mais utilizados são o Isoflurano e o Sevoflurano.
ISOFLURANO
Indicação: Manutenção da anestesia geral (reduz o nível de consciência).
Formas de apresentação: Líquido volátil claro, incolor em temperatura ambiente, deve ser armazenado em frasco vedado. Não é inflamável e não é explosivo em misturas de ar e oxigênio. Isoflurano é fornecido em embalagens contendo 1 frasco de 100 ml ou 250 ml de líquido volátil (não contém excipientes).
Diluição para infusão: Administração via vaporizador preferencialmente do tipo calibrado, agente específico para Isoflurano ou vaporizador do tipo não calibrado para uso com múltiplos agentes (universal).
Pontos importantes: É um anestésico largamente utilizado. Doses: Usualmente, é mantida entre 0,5 e 1 CAM (0,6% – 1,2% – concentração expirada), dependendo dos outros anestésicos utilizados.
SEVOFLURANO
Indicação: Indução e manutenção de anestesia geral em pacientes pediátricos ou adultos, em procedimentos cirúrgicos hospitalares ou ambulatoriais.
Formas de apresentação: Líquido volátil claro, incolor em temperatura ambiente, deve ser armazenado em frasco vedado. Não é inflamável e não é explosivo em misturas de ar e oxigênio. Sevoflurano é fornecido em embalagens contendo 1 frasco de 100 ml ou 250 ml.
Diluição para infusão: Administração via vaporizador preferencialmente do tipo calibrado, agente específico para Sevoflurano ou vaporizador do tipo não calibrado para uso com múltiplos agentes (universal).
Pontos importantes: É um anestésico largamente utilizado e idealmente conveniente para indução de pacientes com dificuldades para abordagem das vias aéreas. Doses: Usualmente, é mantida entre 0,5 e 1 CAM (1% – 2% – concentração expirada), dependendo dos outros anestésicos utilizados.
COMO A ANESTESIA DE BAIXO FLUXO PODE AJUDAR NESSE CENÁRIO?
A introdução de novos agentes anestésicos voláteis com baixa solubilidade e baixa potência anestésica reforçou a necessidade de reduzir o consumo de agente anestésico diminuindo o fluxo de gás fresco (FGF). Além dos benefícios econômicos ou ambientais, o baixo fluxo pode ter um impacto positivo na qualidade do atendimento ao paciente.
A maior parte dos gases anestésicos, em média mais de 80%, são desperdiçados quando o FGF de 5,0 L/min é utilizado. Vários estudos também comprovam que o uso de técnicas de anestesia com baixo ou mínimo fluxos podem reduzir drasticamente os custos anuais de anestésicos voláteis. Normalmente, a redução do FGF de 3,0 L/min para 1,0 L/min resulta em uma economia de cerca de 50% do consumo total de qualquer agente anestésico volátil.
Foi realizado um estudo para identificar o perfil e o impacto econômico do consumo dos anestésicos inalatórios no Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória (SAMPE) no período de 2002 a 2012 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Podemos verificar nos gráficos abaixo que o estudo demonstrou um aumento substancial no consumo do anestésico Sevoflurano, refletindo em gastos progressivamente mais elevados com esse fármaco. E, estratégias para minimizar o custo dos novos anestésicos inalatórios como o uso de técnicas de fluxo basal e redução efetiva do tempo da sala de recuperação são exemplos das medidas sugeridas pelo estudo para reduzir esse índice.
Outro ponto a ser considerado, também, é que nas técnicas anestésicas com fluxos mais altos, geralmente, os gases são secos e úmidos. Já nas de fluxos mais baixos ou mínimos, os gases fornecidos que recirculam no circuito fechado tornam-se mais quentes e úmidos. E, respirar gases quentes e úmidos durante a anestesia é benéfico para o paciente por vários motivos.
• Melhora a preservação da temperatura corporal do paciente durante a cirurgia;
• Prevenção da perda de calor central para a periferia por causa da vasodilatação durante a anestesia;
• Evita tremores pós-operatórios;
• Possibilita manter a humidade ideal do paciente;
• Evita o ressecamento das vias aéreas superiores e inferiores durante a intubação.
A maioria das máquinas de anestesia modernas são equipadas com o sistema circular de reinalação, o que permite uma redução considerável do FGF. Os benefícios disso tornam-se mais evidentes quando o FGF é reduzido para menos da metade do volume-minuto do paciente, geralmente, para menos de 3,0 L/min.
E, as técnicas de FGF baixo afetam a cinética do gás no sistema, especialmente, quando o FGF é inferior a 1,0 L/min. Para tanto, torna-se necessário o monitoramento das concentrações de gases inspirados e expirados. Esse monitoramento não garante apenas a segurança do paciente, mas também facilita a administração precisa de gás para o paciente.
QUAIS AS COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS-OPERATÓRIAS DO USO EXCESSIVO DE ANESTÉSICOS E VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA?
Os procedimentos cirúrgicos costumam estar associados a mudanças circunstanciais dos componentes fisiológicos e metabólicos que garantem a homeostasia. Elas variam de acordo com o biótipo do paciente e do tipo de cirurgia e, em situações de trauma, dependem ainda da gravidade e extensão das lesões.
A iatrogenia em procedimentos cirúrgicos abrange uma gama de complicações e sendo de responsabilidade tanto dos cirurgiões quanto dos anestesistas fazerem o que estiver aos seus alcances para evitar uma complicação, buscando sempre o aperfeiçoamento de suas técnicas bem como a utilização de ferramentas que possam auxiliar nesse processo.
Por exemplo, uma anestesia com alto fluxo de gases e muito profunda pode provocar uma série de complicações pulmonares ao paciente.
Dentre essas complicações, podemos destacar:
• Insuficiência respiratória;
• Exacerbação das condições respiratórias pré-existentes;
• Tromboembolismo pulmonar;
• Atelectasia pulmonar (colabamento alveolar);
• Pneumonia;
• Edema pulmonar;
O QUE É ECOFLOW?
É uma ferramenta que auxilia o anestesista a monitorar o “alvo” pré-ajustado de O2 e, no decorrer da cirurgia ou o baixo fluxo de gases, a máquina sugere a FiO2 alvo, permitindo que o médico ajuste ou não esse alvo conforme a necessidade. Com ela é possível verificar o custo do agente anestésico consumido em tempo real.
A sua utilização monitora a fração inspirada de O2 (FiO2) possibilitando mais segurança ao anestesista e paciente durante a técnica de baixo fluxo para evitar a entrega de mistura hipóxica. Essa solução está presente nos aparelhos de anestesia da GE Healthcare: Carestation 650, Carestation 750, Avance S2 e Aisys.
No exemplo 1, para um FGF total de 6 L/min e 4,8 L/min de O2 no circuito, a máquina sugere como alvo 1,6 L/min de O2 para manter uma guarda hipóxica de FiO2 25%. Já no exemplo 2, para um FGF total de 2 L/min e 1,6 L/min de O2 no circuito, é sugerido como alvo 0,7 L/min para manter uma guarda hipóxica de FiO2 25%. E, no exemplo 3, para um FGF total de 0,8 L/min e 0,56 L/min de O2, sugere-se como alvo 0,36 L/min para manter uma guarda hipóxica de FiO2 25%.
VOCÊ SABIA?
A quantidade de gás que entra no sistema de evacuação de gases é determinada pelo fluxo total de gases frescos (FGF). Quando o FGF excede o necessário para o paciente, os gases excedentes entram no sistema de evacuação, contaminando o meio ambiente. Por esse motivo, com a utilização de fluxos mais baixos é possível minimizar o impacto ambiental, além de economizar o uso do agente anestésico.
ECOFLOW VERSUS FIO2 SEGURA
Com o EcoFlow, é possível ajustar o O2 necessário ao metabolismo do paciente de acordo com a “FiO2 segura”, sendo monitorado o circuito do paciente e o sistema circular para determinar a precisão de O2 no FGF para atingir o valor ideal para o metabolismo.
Essa ferramenta considera a mistura atual de gases no circuito, incluindo agentes anestésicos e define um sinalizador no FGF total para mostrar o quanto de O2 precisa ser entregue.
A FiO2 segura pode ser ajustada entre 25% e 50%.
SAIBA COMO ESSA SOLUÇÃO PODE OTIMIZAR OS CUSTOS COM SEGURANÇA AO PACIENTE
• Possibilita o ajuste da concentração apropriada de O2 para evitar a entrega de mistura hipóxica ou excessiva para o paciente;
• Possibilita a redução do fluxo de gases sem comprometer a qualidade da entrega de agentes inalatórios para uma economia potencial e proteção ambiental;
• Possibilita que equilibre o FGF com a FiO2 para estarem de acordo com os indicadores de segurança;
• Ajuda os médicos anestesistas a amenizar os riscos de complicação pulmonar pós-operatória e reduzir os riscos de complicações causadas por falhas na entrega dos gases;
• Cuidados sob medida para os pacientes em anestesia;
• Ajuda a reduzir o gasto com agentes anestésicos;
• Ajuda a proteger os investimentos;
• Ajuda na economia dos gases.
Mediante o cenário atual que estamos vivendo, onde o consumo com medicamento anestésico está elevado e, a SBA recomenda o seu uso racional, o Ecoflow é uma solução que pode contribuir muito para amenizar essa situação, evitando o consumo excessivo desnecessário. E, como já visto, a redução no uso de agentes anestésicos, irá impactar tanto na economia hospitalar e poluição ambiental quanto na preservação da segurança do paciente.
Outro ponto importante, com a utilização da anestesia de baixo fluxo, é a redução da poluição do meio ambiente.
Para saber mais sobre essa solução, clique aqui.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- MARQUES, F. P. Análise do perfil dos consumos de gases frescos e anestésicos, durante a anestesia geral, em circuito fechado. Projeto de Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Coimbra, 2008.
- BRENNER, C. Q. Q; FELIX, E. A. Perfil de consumo e impacto econômico dos anestésicos inalatórios na última década no Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória (SAMPE) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- FUTIER et al. Perioperative Positive Pressure Ventilation: An Integrated Approach To Pulmonary Care. Anesthesiology. 2014. 121:400-8
- HUANG, J. Enhanced Recovery After Surgery (ERAS) Protocols and Perioperative Lung Protection. J Anesth and Perioper Med. 2014. 1: 50-56
LINKS
Uso racional de fármacos em anestesia
A busca pela implementação de fluxos mais eficientes, seguros e rápidos é uma demanda crescente por parte das instituições hospitalares. Neste sentido, o uso da tecnologia é essencial e parte integrante do processo de transformação. Mas como podemos medir o grau de uso de ferramentas de IT nas instituições? Para isso foi criado pela HIMSS Analytics, um consultor global de saúde na área de IT, o Modelo de Adoção de Prontuário Médico Eletrônico (Electronic Medical Record, EMR), uma metodologia para a avaliação do progresso e do impacto dos sistemas de prontuários médicos eletrônicos para hospitais.hi
Acompanhando o progresso na realização de oito níveis (0 – 7), os hospitais podem rever a implementação e utilização de aplicações de tecnologia da informação com a intenção de chegar ao Nível 7, o que representa um ambiente avançado de prontuário eletrônico do paciente.
Para chegar ao último patamar, o nível 7, é preciso ser um hospital totalmente digital, ou seja, sem papel (paperless). Até o nível 5, o procedimento pode ser feito online por meio de questionário, mas a partir do sexto, o hospital passa a receber visitas de auditores.
Atualmente, os hospitais brasileiros têm buscado participar dessa elite digital mundial. Na América Latina, até o final de 2020, 15 instituições alcançaram o nível seis, sendo oito deles brasileiros. No Brasil só três hospitais chegaram no nível 7.
INVESTIMENTO NA FORMAÇÃO E NA TECNOLOGIA
Para conseguir implementar as mudanças, muitas vezes é preciso rever processos e investir em formação de uma nova cultura entre os colaboradores. Por exemplo, para o estágio 6, o prontuário deve ser uma ferramenta completa, capaz de apoiar o médico em diferentes esferas de decisão. Também é necessário um circuito fechado de medicamentos e um sistema de suporte à decisão clínica, bem como acompanhamento e registro de todo esse processo.
Já para conquistar o estágio 7, as exigências são muito mais específicas, como o uso de um circuito fechado de medicamentos. Da mesma forma, a instituição precisa ter uma política de recuperação de desastres, possuir um data center alojado em diferentes lugares, não utilizar papel em nenhuma esfera assistencial, ter um eficiente sistema de apoio à decisão clínica, além de integrar praticamente todos os sistemas do hospital.
MAIS SOBRE A HIMSS
A Health Information and Management Systems Society (HIMSS) é uma associação internacional de enorme prestígio na área da saúde. Criada em Chicago na década de 1960, ela já atua em todos os países do mundo. Entre suas atividades, destaca-se o congresso anual realizado nos Estados Unidos e intitulado de HIMSS Conference.
A HIMSS oferece ainda o programa de desenvolvimento e a certificação profissional para TI na saúde (CPHIMS), além do Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) ou modelo de adoção do registro médico eletrônico. Ele é um modelo elaborado pela HIMSS para ser seguido pelas instituições de saúde, a fim de que se creditem para receber a chancela de excelência em desenvolvimento tecnológico hospitalar.
A certificação oferece oportunidades de educação e networking para toda a organização. Ele é um programa para toda a empresa da área de saúde, projetado para beneficiar a equipe de maneira geral, ajudando sua organização a ter acesso a melhor educação possível em TI de assistência médica.
A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO PARA A CERTIFICAÇÃO
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), é considerado um marco histórico no atendimento ao paciente e no gerenciamento hospitalar. Como resultado, o uso dessa tecnologia trouxe diferentes benefícios para todas as partes envolvidas no processo. Ele permite que até mesmo os pacientes possam se tornar mais engajados no que está acontecendo em seus procedimentos e passem a ter uma consciência maior da própria saúde e da segurança dos dados fornecidos para a instituição.
Por exemplo, em instituições da área da saúde, é comum existirem diferentes especialidades envolvidas em um mesmo atendimento e diagnóstico, como cardiologia, oncologia, entre outros. Em outras palavras, há dados por todos os lados e que são essenciais para garantir a precisão do resultado final. A questão é como reunir e organizar as informações que parecem tão espalhadas.
Com o uso de um prontuário eletrônico do paciente, cada procedimento cria subsídios para os próximos atendimentos. Ao longo do tempo, isso vai gerando um acúmulo de dados e, quando bem organizados, podem ser um dos grandes influenciadores de decisão para os médicos.
Na rotina de um hospital o PEP substitui o que antes era o prontuário de papel. A circulação das fichas de papel é eliminada e não há mais risco de atrasos por conta do processo logístico interno de documentos, fazendo com que as informações fiquem muito mais seguras sendo armazenadas em um único local.
ESTÁGIOS DE CERTIFICAÇÕES
A certificação é dividida em 8 estágios que medem o grau de tecnologia aplicado nos serviços de saúde para garantir rapidez no atendimento, eficiência operacional, qualidade assistencial e segurança do paciente.
Para medir esse grau, a HIMSS desenvolveu, em 2005, o EMRAM (Electronic Medical Record Adoption Model ou Modelo Eletrônico de Adoção de Registros Médicos), que avalia a maturidade de adoção da TI clínica através de oito etapas evolutivas (de 0 a 7). Por exemplo, o nível zero significa que não há efetivamente um suporte informatizado, e o sete atesta o uso completo e intenso da TI nas práticas assistenciais.
- Estágio 0: LIS (Sistema de Informação Laboratorial – Laboratory Information System), RIS (Sistema de Informação em Radiologia – Radiology Information System) e PHIS (Sistema de Informação Farmacêutica – Pharmacy Information System) não instalados.
- Estágio 1: Utilização de LIS, RIS e PHIS ou resultados de exames disponíveis na web a partir de prestadores de serviços externos.
- Estágio 2: Existência de repositório de dados clínicos (CDR) instalado e centralizado. Adoção, mesmo que de forma inicial, de Vocabulário Médico Controlado (CMV), sistema de apoio à decisão clínica voltado à conferência básica de interações e intercâmbio de informação clínica-assistencial.
- Estágio 3: Existência de documentação de enfermagem no Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Sistema de suporte à decisão clínica (CDSS) para verificação de erros durante a prescrição e pedidos de exames. Resultados de PACS disponíveis fora da radiologia.
- Estágio 4: Adoção de prescrição e pedidos de exames informatizados em ao menos uma área assistencial. Sistema de apoio à tomada de decisão baseado em protocolos clínicos.
- Estágio 5: Utilização de PACS completo com a substituição dos filmes radiográficos em favor da flexibilidade e extrema qualidade das imagens digitais.
- Estágio 6: Implantação de sistema completo de suporte à decisão clínica e circuito fechado de gerenciamento hospitalar de medicação. Tecnologia preparada para o tratamento de dados clínicos por meio de análises estatísticas.
- Estágio 7: PEP completo e integração máxima em todos os departamentos do hospital. Data Warehousing abastece relatórios complexos, contendo resultados clínico-assistenciais trabalhados por soluções em Business Intelligence (BI).
COMO É FEITA A AVALIAÇÃO?
Até o estágio 5 da Certificação HIMSS, as instituições de saúde realizam uma auto avaliação pela internet. A partir do estágio 6, as avaliações passam a ser feitas presencialmente por auditores da HIMSS. Portanto, nessas avaliações presenciais, são analisados os sistemas utilizados pelo hospital para confirmar se cumprem todos os pré-requisitos da certificação.
Ao mesmo tempo, além de validar a maturidade digital no gerenciamento hospitalar da organização e o uso da tecnologia para oferecer atendimento de alta qualidade, a obtenção do reconhecimento HIMSS pode trazer uma série de benefícios adicionais.
Como resultado, parte do processo de preparação permite que a equipe clínica possa se tornar mais consciente das ferramentas digitais disponíveis na organização e das diferentes maneiras em que elas podem ser usadas para fazer a diferença para seus pacientes.
O processo de certificação ainda aumenta automaticamente o nível de adoção de tecnologia entre a equipe clínica e não clínica, levando a organização um passo mais perto de atingir as metas e os resultados desejados por trás dos seus diferentes programas digitais.
INTEGRAÇÃO DE DISPOSITIVOS AO PEP
Como parte essencial do processo de transformação para um Hospital Paperless está a integração de dispositivos médicos ao Prontuário Eletrônico do Paciente. É através dessa conectividade que os dados hemodinâmicos e ventilatórios do paciente, por exemplo, são automaticamente enviados para o HIS conforme periodicidade previamente programada. Este processo automatiza a rotina de atualização do prontuário, tornando esta etapa mais rápida e segura e fazendo com que a equipe assistencial possa estar exclusivamente dedicada aos cuidados com o paciente.
Neste sentido a GE Healthcare possui a solução do Carescape Gateway. Este dispositivo oferece uma transferência de dados fácil e bidirecional entre um Sistema de Informações do Hospital (HIS) e/ou Sistema de Informações Clínicas (CIS) usando o padrão de protocolo HL7™. O Gateway CARESCAPE envia automaticamente dados de tendência de sinais vitais para quase todos os gráficos ou sistemas de terceiros, ajudando a economizar tempo e a melhorar a produtividade dos enfermeiros.
Além disso, os dados de internação, alta e transferência (ADT) capturados por um HIS/CIS podem ser enviados para a Rede CARESCAPE e seus dispositivos de monitoramento de pacientes residentes pelo Gateway CARESCAPE, eliminando o tempo e os erros associados à inserção manual de dados:
- Plataforma segura: Utiliza um sistema operacional Linux** reforçado para reduzir a ameaça de vírus e outros malwares transmitidos para a rede do hospital.
- Ampla capacidade do dispositivo: Permite a conectividade a até 512 dispositivos de monitoramento de pacientes.
- Mecanismo de interface Cloverleaf: Mecanismo integrado de interface Lawson Cloverleaf** que permite flexibilidade de HL7.
- Sinais vitais de saída em HL7: Sinais vitais de saída com definição de tendências para os dispositivos de monitoramento de pacientes residentes na rede CARESCAPE no HL7. Oferece suporte nativamente a HL7 2.3 e 2.4 e às transações IHE PCD-01 (HL7 2.6, nomenclatura IEEE1073 e perfil de conteúdo de mapeamento de terminologia IHE PCD Rosetta.)
- Internação, alta e transferência (ADT): Aceita alimentação de entrada de ADT no HL7 para a criação de um cache de informações sobre ADT do paciente, com serviço de consultas habilitado para valores coringa para a rede CARESCAPE.
- Sincronização de horário: Permite a sincronização do horário da rede com a fonte NTP de horário da rede de um hospital, para apresentar um horário sincronizado em todos os dispositivos de monitoramento de pacientes residentes na rede CARESCAPE.
- Interface de dados de alta velocidade: Interface que oferece acesso quase em tempo real a formas de onda e dados numéricos, em um formato binário descrito em XML.
- Integridade dos dados: A integridade dos dados é suportada tanto por uma coleta retroativa de dados quanto por funções de armazenamento e encaminhamento, em caso de desconexão ou interrupção da rede.
- Interface de teste: Teste o feed de dados da interface separadamente do servidor de produção “em tempo real” para testes de versão do CIS.
- Serviço remoto assistido: Ferramentas avançadas de diagnóstico e serviço remotos por meio da tecnologia Webmin e/ou InSite** ExC.
- Redundância integrada: Interfaces de rede com redundância automática. Fontes de alimentação redundantes e trocadas a quente.
Indo além da integração de dados do HL7, o Gateway CARESCAPE permite que os usuários acessem um fluxo de dados quase em tempo real de formas de onda e dados numéricos de cada paciente monitorado na Rede CARESCAPE. Esses dados são fornecidos em um formato binário descrito em XML, que ajuda a dar a hospitais, médicos, enfermeiros, pesquisadores clínicos e outros indivíduos a oportunidade de melhorar o cuidado do paciente.
Para conhecer um pouco mais das soluções integradas de suporte à vida da GE Healthcare, acesse nosso site e entre em contato!
REFERÊNCIAS
Em anestesiologia, a busca pela segurança e qualidade do controle tanto do adormecer quanto do despertar do paciente, bem como no alívio da dor durante o procedimento cirúrgico, se tornam possíveis devido ao aprimoramento das técnicas, dos medicamentos e das inovações de monitoramento.
A evolução da anestesia e o desenvolvimento de novos medicamentos e aparelhos deram condições para que as novas técnicas cirúrgicas, que provavelmente seriam letais no passado, hoje sejam realizadas com segurança.
Embora sejam comprovadas e amplamente difundidas, as vantagens oferecidas pela técnica do fluxo basal de gases, a propagação do método como rotina entre as técnicas anestésicas, encontra obstáculos diversos, primeiramente pela divergência no conceito de fluxo baixo de gases ou mínimo fluxo de gases e por ser considerada por muitos como complexa na execução.
Vamos entender mais sobre esse assunto e mudar de opinião?
VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA ANESTESIA?
1) Consiste em um “estado não natural, em que a capacidade de reter memória, bem como de discernir e reagir a estímulos lesivos é controlada de forma reversível por meio de uma variedade de medicações e técnicas.” 2) É o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma cirurgia, exame diagnóstico ou curativo. Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial, também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada.
COMO SURGIU A ANESTESIA COM BAIXO FLUXO?
O nascimento da anestesia cirúrgica moderna foi marcado pelo médico inglês John Snow. Dr. Snow ficou muito conhecido por seu trabalho epidemiológico a respeito da cólera e pela introdução da medicina higiênica — mas também poderia ser indicado como o primeiro anestesiologista de verdade.
No final do século XIX, John Snow iniciou a anestesia inalatória com baixo fluxo de gases com a intenção de reduzir o consumo e evitar a poluição dos anestésicos, conseguindo diminuir bastante o odor do clorofórmio e do éter nas salas de cirurgias. Ele criou um aparelho experimental de circuito fechado, no qual o paciente respirava oxigênio enquanto o dióxido de carbono exalado era absorvido por hidróxido de potássio.
Como era seu estilo, aprofundou-se no estudo e na compreensão dos anestésicos voláteis. Ao contrário de outros médicos anestesistas, Dr. Snow não estava preocupado com o seu papel e seu possível legado para a medicina, mas com a segurança e a administração correta da anestesia. Sua atitude calma e atenta na sala de cirurgia — e o foco no bem-estar do paciente, e não no seu orgulho — é um modelo a ser imitado.
O QUE É ANESTESIA COM BAIXO FLUXO?
A técnica de anestesia inalatória com baixo fluxo consiste na redução do uso de gases e agentes anestésicos durante um procedimento cirúrgico, ou seja, utilizar apenas o necessário para que o paciente seja anestesiado. Sua utilização ajuda na previsão do volume anestésico usado durante o ato anestésico, além da economia dos agentes. As anestesias de baixo fluxo e de fluxo mínimo se caracterizam pela vazão de pequenos volumes no fluxo de gás fresco em litros por minuto alimentando o circuito de gases do equipamento de anestesia. O fator diferencial é que o fluxo de gás fresco é claramente menor que o volume-minuto respiratório do paciente.
Em 1954, Foldes estabeleceu o conceito de baixos fluxos como sendo o fluxo de admissão de gases (FAG) de 1 L.min-1. Já, Virtue, em 1974, estabeleceu outro importante conceito de fluxos mínimos em que o FAG era de 0,5 l.min-1.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que a redução do fluxo de gás fresco abaixo de 1L/min em circuito fechado está associada a vários benefícios durante a fase de indução anestésica inalatória? Dentre eles, se torna possível administrar volumes adequados para o paciente ser anestesiado, com a otimização de todo o vapor anestésico gerado pelo sistema de vaporização e sem o desperdício para um sistema de exaustão ou eliminado na própria sala. O sistema circular fechado durante a manutenção anestésica permite a reinalação quase total de todos os gases e vapores expirados, com exceção do CO2, que é absorvido pela cal sodada.
POR QUE UTILIZAR?
Dentre os benefícios do uso da prática de anestesia com fluxo basal de gases frescos, podemos destacar:
- Conserva a umidade e temperatura das vias aéreas
- Conserva o calor corporal do paciente
- Promove a redução na poluição do ambiente
- Permite uma melhor previsão do volume anestésico utilizado
- Otimiza o consumo de agentes anestésicos inalatórios
- Segurança para o paciente
- Reduz o risco das complicações pulmonares no pós operatório
- Melhor recuperação do paciente
- Possibilita uma melhor monitorização dos parâmetros fisiológicos do paciente
- Reduz o custo anual com gases e agentes anestésicos para a instituição.
No estudo de BILGI et al. podemos verificar que a função respiratória na técnica anestésica de baixo fluxo é melhor quando comparada à de alto fluxo. E, também, de acordo com FONSECA et al. nota-se que variações no consumo de oxigênio podem indicar alterações diretas no débito cardíaco. Desta forma, com a técnica de fluxo basal de gases, o anestesiologista mantém a fisiologia corporal e controla com facilidade a função pulmonar e cardiovascular.
Alguns estudos comprovam que há uma redução significativa nos custos anuais de agentes anestésicos com o uso de baixo fluxo. Por exemplo, uma redução de 3L/min para 1L/min resulta em uma economia de aproximadamente 50% no consumo de agentes anestésicos inalatórios. Segundo o estudo de BORGES e SARAIVA, os principais agentes anestésicos inalatórios foram testados na técnica de baixo fluxo e, excluindo as particularidades voláteis de cada um, foi possível verificar um menor consumo dos gases durante a indução anestésica.
Dessa forma, podemos concluir que a técnica de anestesia com baixo fluxo de gases durante a indução anestésica traz muitos benefícios tanto para o paciente quanto para a instituição hospitalar. Em destaque, a possibilidade de maior segurança e melhor recuperação para o paciente no pós operatório bem como uma economia significativa no custo anual com os agentes anestésicos.
A MA Hospitalar representa a GE Healthcare — empresa líder global em tecnologia médica, oferecendo um amplo portfólio de soluções completas para o melhor atendimento ao paciente. Dentre elas, destacam-se os aparelhos de anestesia que permitem realizar a técnica de baixo fluxo durante um procedimento cirúrgico. Os modelos: Carestation 650, Carestation 750, Avance e Aisys são soluções completas em anestesia que possuem uma ferramenta para a realização dessa técnica com qualidade e segurança tanto para o médico anestesista quanto para o paciente.
Gostaria de saber mais sobre o assunto? Assista ao nosso vídeo sobre o ECOFlow!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BORGES, M. M. J. SARAIVA, R. A. Sequência de Fluxo de Gás Fresco para Início da Anestesia com Baixo Fluxo: Aplicação Clínica do Estudo Teórico de Mapleson. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol. 52, Nº 2, Março – Abril, 2002
- FONSECA, N. M. LEÃO, D. G. FÉLIX, D. G. FONSECA, G. G. MANDIM, B. L. S. RUZZI, R. A. MARTINS, N. A. COSTA, P. R. R. M. Anestesia com fluxo basal de gases (Quantitativa). Revista Med Minas Gerais. Vol. 21(4 Supl 4): S15-S26. 2011.
- BRATTWALL, M; MD, PhD. STOMBERG, M. W; PhD. HESSELVIK, F; MD, PhD. JAKOBSSON, J; MD, PhD. Brief review: Theory and practice of minimal fresh gas flow anesthesia. Can J Anesth/J Can Anesth. Vol. 59:785–797. 2012.
- BILGI, M; GOKSU, S; MIZRAK, A; et al. Comparison of the effects of low-flow and high-flow inhalational anaesthesia with nitrous oxide and desflurane on mucociliary activity and pulmonary function tests. Eur J Anaesthesiol. Vol. 28: 279-83. 2011.
- BENGTSON, J. P. SONANDER, H. STENQVIST, O. Comparison of costs diferente anaesthethic techniques. Acta Anaesth. Vol. 32:33-2. Scand, 1988.
- COTTER, S. M. PETROS, A. J. et al. Low flow anaesthesia. Practice, cost implications and acceptability. Anaesthesia. Vol. 46: 1009-1012, 1991.
- FEISS, P. DEMONTOUX, M. H. COLIN, D. Anaesthetic gas and vapor saving with minimal flow anaesthesia. Acta Anaesthesiol. Belg. Vol. 41: 249-251, 1990.
- Ortega RA, Mai C. History of anesthesia. In: Vacanti CA, Sikka PK, Urman RD, et al., eds. Essential Clinical Anesthesia. Cambridge: Cambridge University Press; 2011:1–6