Diferença entre bombas de infusão enteral e parenteral: qual usar em cada caso? 

imagem próxima de câmara de gotejamento

A escolha correta entre bomba de infusão enteral e parenteral influencia diretamente a segurança do paciente e a eficácia do suporte nutricional. 

Nos hospitais, a terapia nutricional é um dos pilares para recuperação clínica, cicatrização, estabilidade hemodinâmica e manutenção do estado metabólico. Mas oferecer nutrição adequada não é só escolher a fórmula ou a taxa de infusão. É usar o dispositivo certo para o tipo de terapia, garantindo precisão, segurança e estabilidade do tratamento. 

É aqui que muitos profissionais ainda têm dúvida: quando usar bomba de infusão enteral e quando usar bomba parenteral. Apesar de ambas terem o objetivo de administrar nutrientes de forma contínua, elas funcionam de maneiras completamente diferentes e não são intercambiáveis. 

Vamos explicar ponto a ponto. 

O que é infusão enteral e quando é indicada 

nutrição enteral é administrada diretamente no trato gastrointestinal, geralmente por sonda nasogástrica, nasoenteral ou gastrostomia. É indicada quando o paciente não consegue ingerir alimentos oralmente, mas o trato digestivo está funcional

Exemplos clássicos: 

  • pós-operatório gastrointestinal 
  • doenças neurológicas com incapacidade de deglutição 
  • pacientes críticos que precisam de aporte contínuo 
  • idosos fragilizados com ingestão insuficiente 

A grande vantagem da nutrição enteral é manter o intestino ativo, o que reduz risco de infecção, melhora absorção e favorece imunidade. 

Leia mais: Como evitar erros de administração de dieta enteral com a bomba de infusão? 

O que é infusão parenteral e quando é indicada 

nutrição parenteral bypassa totalmente o sistema digestivo e é administrada direto na corrente sanguínea por acesso venoso periférico ou central. É indicada quando o trato gastrointestinal não funciona ou não pode ser utilizado. 

Situações comuns: 

  • síndrome do intestino curto 
  • isquemia mesentérica 
  • vômitos incoercíveis 
  • obstrução intestinal 
  • fístulas de alto débito 
  • pós-operatórios complexos 

É uma terapia mais delicada, com riscos metabólicos e infecciosos maiores, por isso exige bombas de infusão próprias, alta precisão e controle rigoroso. 

Leia mais: Bomba de infusão: o que é e quais os cuidados essenciais? 

Bomba de infusão enteral vs parenteral: diferenças essenciais 

Aqui está o comparativo direto que realmente importa: 

1. Finalidade clínica 

  • Enteral: administra fórmulas nutricionais pelo sistema digestivo. 
  • Parenteral: infunde soluções diretamente no sangue. 

2. Tipo de solução 

  • Enteral: fórmulas com viscosidade variável, nutrientes completos, fibras. 
  • Parenteral: soluções cristalinas, aminoácidos, lipídios, glicose, eletrólitos e micronutrientes. 

3. Sistema de administração 

  • Enteral: usa equipos específicos para dieta enteral (padrão ENFit), que evitam conexão cruzada com vias intravenosas. 
  • Parenteral: utiliza equipos IV com precisão milimétrica de fluxo. 

4. Segurança 

  • Enteral: impede conexão acidental com acesso venoso. 
  • Parenteral: sistemas de controle de pressão, alarmes mais complexos e precisão absoluta, porque qualquer erro impacta diretamente o sistema circulatório. 

5. Risco clínico 

  • Enteral: baixo risco sistêmico. 
  • Parenteral: alto risco metabólico e infeccioso. 

6. Precisão da infusão 

  • Enteral: precisão moderada, suficiente para dieta contínua. 
  • Parenteral: precisão elevada, com controle fino de mL/h. 

Resumo rápido: 
A bomba enteral cuida do intestino. A bomba parenteral cuida da corrente sanguínea. Misturar as funções é inseguro. 

Bomba de infusão enteral em destaque: EP90 Medcaptain 

Bomba de Infusão Enteral EP90 Medcaptain é uma das opções mais modernas para terapia enteral contínua. 

Ela foi desenvolvida para administrar dietas com segurança, estabilidade de fluxo e proteção total contra conexões incorretas. Entre seus principais recursos: 

  • compatibilidade com equipos enterais padrão ENFit 
  • taxa precisa de infusão com controle simplificado 
  • alarmes intuitivos para obstrução, bolha e oclusão 
  • design portátil para mobilidade do paciente 
  • ideal para UTIs, enfermarias, home care e cuidados prolongados 

O dispositivo reforça a importância de usar a bomba correta para cada tipo de nutrição, principalmente em ambientes onde erros de conexão são risco clínico real. Lembrando que ela é exclusiva para infusão enteral! 

Por que não se deve usar bomba enteral para infusão parenteral? 

Simples: o risco é alto demais. 

  • equipos enterais não são estéreis para uso intravenoso 
  • viscosidade e fluxo da dieta não correspondem às características das soluções parenterais 
  • ausência de controle fino pode causar hipoglicemia, sobrecarga hídrica ou acidose 
  • risco de infecção sanguínea grave 
  • incompatibilidade total de conexões (ENFit não conecta em via IV por segurança) 

Além disso, bombas enterais não possuem os sensores e alarmes necessários para infusões intravenosas críticas. 

Como escolher a bomba certa 

A escolha deve considerar: 

  • indicação clínica 
  • viscosidade da solução 
  • via de administração 
  • risco metabólico 
  • tempo previsto de terapia 
  • complexidade do monitoramento 
  • necessidade de rastreamento e alarmes avançados 

Se o objetivo é oferta nutricional via trato gastrointestinal, escolha bomba enteral. Se a nutrição é intravenosa, não há alternativa: é bomba parenteral. 

Saiba mais: como escolher a melhor bomba de infusão? 

Conclusão 

A diferença entre bombas de infusão enteral e parenteral não é só técnica, é clínica e de segurança. Cada terapia exige um dispositivo projetado para suas características, riscos e objetivos. Usar o equipamento certo evita erros graves, garante estabilidade do tratamento e melhora desfechos. 

MA Hospitalar oferece a gestores e equipes clínicas a tecnologia ideal para dieta enteral, ajudando instituições a reduzir riscos, otimizar processos e elevar o padrão de cuidado. 

Entre em contato conosco e saiba mais! 

Fontes científicas e referências 

  1. Elke G, van Zanten AR, Lemieux M, McCall M, Jeejeebhoy K, Kress JP et al. Enteral Nutrition Versus a Combination of Enteral and Parenteral Nutrition in Critically Ill Adult Patients in the Intensive Care Unit: An Overview of Systematic Reviews and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials. Journal of Clinical Medicine. 2023. Disponível em: https://www.mdpi.com/2077-0383/14/3/991 MDPI 
  1. Bischoff SC; Pichard C; Van den Berghe G. Enteral versus parenteral nutrition after gastrointestinal surgery: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials in the English literature. Clinical Nutrition. 2023. Disponível em: link do periódico ScienceDirect+1 
  1. Sociedade Brasileira de Terapia Nutricional e Metabolismo (BRASPEN) / diretrizes sobre nutrição enteral — artigo de revisão sobre adequação energético-proteica em terapia nutricional enteral. Revista ESCS de Saúde coletiva e nutrição. 2025. Disponível em: link completo do periódico 

Sumário

Newsletter

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

Newsletter
Aceite